quinta-feira, 30 de outubro de 2014

História da Apple


            Qual a primeira coisa quem lhe vem à cabeça quando dizemos “celular”, “smartphone” ou até mesmo “telefone” o que você responde? Se você disse iPhone já estamos nos entendendo.
Mas o que fez um único modelo de celular (entre tantos outros no mercado) virar sinônimo para um produto tão amplo?          
            O que fez, da mesma forma, o iPod virar sinônimo para reprodutor de músicas, iPad virar sinônimo de tablet, etc.?
A resposta poderia ser uma soma de fatores, como gênios do marketing, funções inovadoras, pessoas certas no lugar certo e na hora certa, ideias roubadas, métodos controversos, produtos exclusivos, únicos, etc. No artigo de hoje iremos tentar ver quais (ou todos) destes fatores levaram a Apple ao patamar que ela ostenta hoje.
Mas e como uma marca se torna um mito? Uma referência cultural e objeto de desejo? O que faz um produto ser tão valioso apenas por ter o logo de uma maçã mordida em seus equipamentos? O que fez a Apple ser a empresa mais valiosa do mundo com a incrível marca de cerca de 464 bilhões de dólares? A tarefa é difícl, e talvez impossível, mas iremos tentar analisando a história da marca. Abordando seus lançamentos, produtos, líderes, etc. desde o começo. O caminho é longo, por isso dividiremos o artigo em partes.Bom, comecemos então:
           Assim como a maioria das gigantes da tecnologia, a Apple foi fundada em 1976 por dois estudantes, um no colegial e outro na universidade da Califórnia, estamos falando dos sócios "Steve’s": o gênio, para alguns e uma fraude para outros, Steve Jobs e Steve Wozniak, respectivamente. O encontro dos dois foi inesperado, segundo o próprio Wozniak: “Nós nos encontramos pela primeira vez em 1971, durante meus anos de faculdade, enquanto ele, Steve Jobs estava no colégio. Um amigo disse, 'você deve conhecer Steve Jobs, porque ele gosta de eletrônica e também faz pegadinhas.’ Assim, ele nos apresentou”, contou ele a ABC.
Após a saída de Steve Jobs a empresa precisava se reinventar e apostar em um novo mercado, e nada melhor do que isso do que a grande novidade da época: Os computadores portáteis. O primeiro portátil da Apple chamou-se Macintosh Portable, que contava com um processador de 16 mega-hertz e memória de 1 megabyte, expansível até 9 megabytes, a bateria garantia 12h de independência. O portátil foi lançado em 1989 ao preço inicial era de US$ 6.500 (quase 12.500 dólares em valores atuais), e de portátil não tinha muita coisa, pesava 7.5 kilos...
Embora não tenha vendido tão bem quanto a Apple esperava e ter sido eleito recentemente pela revista especializada Pc World como a 17ª pior produto tecnológico de todos os tempos, essa máquina serviu de experiência para que a Apple trabalhasse em seu próximo lançamento portátil: o Powerbook em 1991, mesmo ano em que a empresa apresentou seus primeiros modelos com tela colorida, uma verdadeira revolução.
           Esse notebook tinha um processador com capacidade de 16 mhz e memória de 2 a 8 mb. Seu preço já era bem mais acessível, custando US$ 2.300 dólares (pouco mais de 4 mil dólares). O  Powerbook foi um verdadeiro sucesso, teve "apenas" 1 milhão de dólares destinados ao marketing, e, mesmo assim, geraou 1 bilhão de dólares em vendas, somente no seu primeiro ano. Ao contrário do seu antecessor que foi escolhido um dos piores produtos tecnológicos do mundo (Apple III), este foi eleito o 10º melhor pela mesma revista.
           Em grande parte por “culpa” das vendas bilionárias o Powerbook, muitos analistas dizem que nesse momento iniciava-se a era de ouro da Apple, o que ela soube aproveitar muito bem. Nos anos seguintes a empresa lançaria mais de 15 modelos diferentes de Powerbok e Powerbook Duo, os lucros foram incríveis.
          No entanto, o período de vacas gordas não durou muito, em 1993 ela resolveu descontinuar a série Apple II que se tornava muito cara para ser produzida e não conseguia fazer frente à série Macintosh, sua linha mais barata e vendável. Para ajudar, a Microsoft estava despontando como a maior empresa do mundo no ramo da computação, com seus pc’s mais baratos que o concorrente.
         Ao invés de a Apple utilizar os enormes lucros das vendas para “contra-atacar” com pesquisa, inovação e produtos, resolveu processar a Microsoft, alegando que o projeto gráfico de seus pc’s era uma cópia do Apple Lisa. A disputa judicial se arrastou por vários anos até ser indeferida. Ao final deste período a Microsoft já era a maior empresa de tecnologia do mundo e a Apple só piorava.
        Para tentar combater a Microsoft, a Apple se aliou a IBM e a Motorola na aliança AIM. O objetivo era criar uma nova plataforma de computação que usaria hardwares da IBM e da Motorola com os softwares da Apple. O objetivo da aliança era que a experiência em desenvolver hardwares da Motorola e IBM aliada às experiências bem suceddidas da Apple fosse deixar o PC da Microsoft muito atrás. Como resultado, a Apple lançou o Macintosh Power, o primeiro de muitos computadores da marca a usarem o processador PowerPC da Motorola.
        Porém, nada dava certo, era um desastre atrás do outro: Demissões em massa, troca de presidentes, tentativas frustradas de melhorar o Mac OS, etc. Para piorar o lado da empresa da maçã, ao mesmo tempo em que a Microsoft ganhava (muito) terreno e uma disputa judicial se arrastava por anos, uma série de grandes fracassos de produtos e prazos não cumpridos terminaram por manchar a reputação da Apple. Quer exemplos? O Macintosh especial para comemorar os 20 anos da Apple.
        A hitória é a seguinte: Com o aniversário de 20 anos da empresa que se aproximava cada vez mais, a Apple decidiu que deveria lançar algo especial para a data não passar em branco. Aproveitando a ocasião eles aproveitaram para lançar um Macintosh em edição comemorativa de 20 anos. A ideia era lançar um produto diferenciado e exclusivo para os consumidores.
         Assim surgiu o 20th Anniversary Macintosh, um computador com 250 mhz de processador, e 32 ~ 128 mb de memória ram, a tela de LCD tinha 12 polegada e alcançava uma resolução de 800x600.
        O problema era que nem mesmo a Apple sabia o que estava fazendo, tanto que a edição comemorativa aos 20 anos da empresa foi lançado quase 1 ano depois do aniversário! Para piorar, o computador foi lançado com o incrível valor de US$ 7.499 (mais de 11 mil dólares, hoje). Se você ainda não entendeu a dimensão do fracasso, veja isso: somente 12 mil unidades deste modelo foram fabricadas (imagine quantas foram vendidas) e o computador foi tirado de produção menos de um ano após seu lançamento.
          Bom, você pode até não conhecer nenhum videogame da Apple, mas certamente conhece o Mega Drive, o Nintendinho, o Super Nintendo, o Game Boy, o Playstation, etc. certo? Sabe o que eles têm em comum? Todos eles são sucessos de venda nos anos 90, a era de ouro dos consoles, quando empresas como Nintendo, Sega e Sony tiveram ganhos astronômicos. Pensando justamente nisso, querendo uma fatia desse mercado, a Apple teve a brilhante ideia de entrar no mundo dos games. Seu trunfo? o Apple Bandai Pippin.
         Diferente dos consoles da Nintendo e de outros nomes de sucesso, cujos lucros vinham principalmente do licenciamento dos jogos, a Apple resolveu inovar novamente e apostar no licenciamento de uma plataforma baseada no Mac OS para lançar seu videogame. Para utilizá-la o desenvolvedor teria de pagar uma licença para receber as especificações de arquitetura e kits de desenvolvimento e, posteriormente, receberia royalties por cada unidade fabricada e vendida. A única produtora grande por trás dos games do Pippin era a própria Bandai, parceira no desenvolvimento do console. No final das contas, em seu pouco tempo de vida (1 ano) o veideogame somou menos de 80 games disponíveis.
         Das 100 mil unidades do Pippin que foram produzidas pela parceria Apple/Bandai, somente 42 mil delas foram comercializadas a US$ 599 cada, mais um motivo crucial no fracasso da plataforma. Por este motivo o Pippin galgou a posição de número 22 na mesma lista citada anteriormente, que escolher os piores dispositivos eletrônicos do mundo.
        No entanto, um ponto positivo pode ser tirado de toda essa série de fracassos: a Apple viu que precisavam de algo a mais se quisessem sair do buraco, e essa cartada na manga tinha nome: Steve Jobs. Após a compra da empresa criada por ele quando saiu da Apple em 1985, a Next Computer, Steve Jobs retomou à Apple ocupando agora a função de conselheiro, em 1997.
Fontes: PC World

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BUSCA PERSONALIZADA

Busca personalizada