quinta-feira, 29 de abril de 2021

Qual a diferença entre os cursos na área de computação?


    Ciências de Computação, Engenharia de Computação ou Sistemas de Informação? Essa dúvida costuma atormentar os estudantes que querem ingressar em um curso na área de computação.

    Nos três cursos, os alunos conhecerão um pouco sobre todas as áreas da computação e terão uma sólida base matemática. Vão estudar programação, banco de dados, eletrônica, redes de computadores, inteligência artificial, etc. A diferença é que, depois desse núcleo de disciplinas em comum, cada curso direciona o aluno para um caminho diferente.

    Nas Ciências de Computação, a trilha é software. Caso escolha esse curso, você conhecerá a fundo os fundamentos e as teorias de computação, terá mais disciplinas voltadas para programação avançada, bancos de dados, internet, desenvolvimento de software. É uma opção indicada para quem pretende desenvolver jogos, entender como funcionam os aplicativos e criar suas próprias soluções.

Já a estrada da Engenharia de Computação é hardware: estuda-se mais a fundo a parte de elétrica e eletrônica, de placas e circuitos. Há mais química e mais física que nos outros cursos. É indicado para quem deseja atuar no campo da robótica, dos carros inteligentes e da internet das coisas.

    Por outro lado, na jornada pelos Sistemas de Informação, o enfoque é a gestão de processos, projetos e pessoas. O objetivo é formar um profissional capaz de projetar e desenvolver os sistemas que controlam os negócios de uma empresa. A indicação vai para quem pretende desenvolver aplicativos ou iniciar o próprio negócio.

    Tomemos como exemplo um smartphone para explicar as diferenças: “Se você gosta de instalar aplicativos no aparelho e adoraria desenvolver seus próprios aplicativos, há indícios de que Ciências de Computação é o seu caminho. Mas se a sua vontade é desmontar o aparelho, entender e pesquisar o que tem lá dentro, então, considere Engenharia de Computação. Agora, se você gosta de lidar com pessoas, de gerenciar grupos de conversa e processos, Sistemas de Informação pode ser uma boa opção”.

 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Resenha do livro: Por que os alunos não gostam da escola?


       Crianças podem se lembrar de detalhes do cenário de um jogo de videogame que conheceram no fim de semana, mas não saber do que tratava a aula a que acabaram de assistir no colégio. No livro “Por que os alunos não gostam da escola?” (Editora Campus), o cientista cognitivo americano Daniel T. Willingham dá a resposta: o aprendizado tem de ser uma experiência mais envolvente.  Willingham, que é professor de Psicologia na Universidade de Virgínia, ressalta que o processo de aprendizado precisa de mais significado. Na prática, contexto, historinhas, brincadeiras, emoção.

No livro: “Por que os alunos não gostam da escola?”, o autor Daniel T. Willingham, descreve nove princípios da ciência cognitiva que podem ser colocados em prática na  sala de aula para um melhor ensino e aprendizagem, incluindo maneiras de envolver os alunos no processo de aprendizagem. Embora o livro seja escrito principalmente para professores do ensino fundamental, seus princípios e implicações para a sala de aula são relevantes e úteis para instrutores no ensino superior.

O autor estrutura o livro em torno de questões-chave, usa uma linguagem coloquial e explica o que ele descreve como teses de senso comum, como “É praticamente impossível tornar-se proficiente em uma tarefa mental sem prática prolongada”, o que os alunos pensam é que eles são mais propensos a lembrar, e “Nós entendemos coisas novas no contexto de coisas que já conhecemos, e a maioria do que sabemos é concreto”.

Um grande número dos princípios que Willingham explica, no entanto, só parecem sensíveis ao leitor por causa de sua grande habilidade em empregar seus próprios princípios para ajudar o leitor a aprendê-los. Estes incluem as afirmações menos óbvias de que, embora os seres humanos sejam naturalmente curiosos, eles não são projetados para pensar, que o conhecimento factual deve preceder o pensamento qualificado e até mesmo que “a conquista no início do treinamento é fundamentalmente diferente da cognição tardia no treinamento”. 

Em 165 páginas, que são polvilhadas com fotos de figuras e objetos contemporâneos, gráficos e caixas de texto, Willingham explica nove teorias experimentadas e verdadeiras da ciência cognitiva de maneiras acessíveis e divertidas.

No final de cada capítulo, o autor explora as implicações das aulas dos princípios em consideração. Por exemplo, o correlato prático com o princípio de que os seres humanos não são projetados para pensar é que os professores podem ter melhor sucesso em ajudar seus alunos a participar da aprendizagem se enquadrar questões-chave para seus alunos no nível certo de dificuldade. Willingham observa, por exemplo, que ele próprio não “gostaria de trabalhar nas palavras cruzadas do New York Times por várias horas por dia”. No entanto, a solução não é facilitar o trabalho, ou, neste exemplo, evitar completamente as palavras cruzadas, mas facilitar o pensamento envolvido no trabalho.

Um professor pode fazê-lo através da compreensão do processo de pensamento e, em seguida, fornecer aos alunos com auxílios para ajudá-los nesse pensamento, de acordo com sua situação cognitiva atual. Considere outro exemplo: como o conhecimento factual precede o pensamento qualificado, os professores podem querer explicar aos alunos o que os autores que estão lendo para a classe supõem que seus leitores já sabem. Ao fornecer essa informação de base, um professor pode tornar difícil de leitura mais acessível. Willingham dedica espaço considerável ao longo do livro para as implicações de descobertas de ciência cognitiva para a sala de aula. Ao fazê-lo, ele não só explica como a mente de aprendizagem funciona, mas também sugere como usar esse conhecimento para melhorar as práticas de ensino de forma que os alunos estarão mais envolvidos na sala de aula.

Com um toque de estilo socrático, o livro de Willingham conclui com as injunções de “conhecer a si mesmo” e “conhecer seus alunos”. Para se tornar um melhor professor, é preciso examinar as próprias práticas de ensino e tomar medidas para melhorá-las. Além disso, para manter seus alunos envolvidos, o professor deve conhecer seus alunos bem o suficiente para antecipar suas reações a perguntas e informações que lhes são apresentados. 

No livro, argumento que é importante que os alunos realmente compreendam as perguntas para poder respondê-las. Muitas das perguntas que fazemos na escola são aplicáveis a adultos. “Por que precisamos aprender o Teorema de Pitágoras?” A importância do que é ensinado deve ser muito bem explicada aos alunos. Perguntas não são interessantes para quem não as compreende.

Apesar do título do livro, reconheço que algumas crianças gostam da escola. A verdade é que as pessoas gostam de pensar, mas desde que o pensamento seja bem-sucedido. Isto é, desde que se consiga resolver o problema em questão. É por isso que tanta gente gosta de palavras-cruzadas. Mas o jogo não pode ser fácil demais nem impossível para você. Na sala de aula, misturamos crianças com diferentes níveis de aprendizado, o que pode deixar algumas delas entediadas ou frustradas.

Ao ler o livro de Willingham, os professores podem vir a conhecer melhor a mente de seus alunos, e “o conhecimento da mente pode fazer uma melhor educação”.

 

Diferença entre cérebro e mente.


         O mundo vive o século do cérebro. Basta pesquisar o PubMed, banco de dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, para se constatar a popularidade do tema. O sistema, que faz uma busca em mais de 3 mil periódicos científicos, mostra que, nos últimos cinco anos, foram publicados 58.002 artigos contendo as palavras-chave “atividade cerebral”. Enquanto isso, o número de textos com o termo “alzheimer” não chega à metade: 20.895. O rastreio no PubMed também revela o crescimento no interesse dos pesquisadores. Em 2006, a ferramenta encontrou somente um artigo sobre atividade cerebral. Em compensação, o registro, em 2012, chegou a 12.670. O resultado parcial de 2013 mostra que, no ano passado, 11.314 textos científicos a respeito foram divulgados até novembro. 

 

Desde a época que os cientistas começaram suas pesquisas relacionadas às potencialidades do cérebro o mundo inteiro se fascina com tamanha funcionalidade que um órgão pode ter.

Responsável por diversas funções motoras involuntárias, por responder às nossas vontades e comandos em milésimos de segundos, com funções específicas para nos fazer agir em momentos de perigo e, até mesmo, com um sistema de autopreservação. Realmente, o cérebro é muito fascinante. Porém, todos os animais possuem cérebro. A diferença é que temos algo muito mais poderoso a nosso dispor. A mente!

A mente é responsável pelos pensamentos, capaz de controlar a forma como reagimos às experiências que vivenciamos, até mesmo o funcionamento do nosso corpo.

O cérebro é a parte física e a mente, a abstrata.

Enquanto o cérebro cuida do perfeito funcionamento do corpo, dos sinais elétricos e da resposta emocional quando pensamos em algo que nos gera emoção, a mente é a responsável por gerar o pensamento que motivou o cérebro a iniciar sei trabalho.

A mente cria o pensamento, o cérebro cria a imagem, que gera o sentimento, que leva à ação.

A mente cria o estímulo, o cérebro aciona.

A mente é a fonte criadora da nossa vida, pois é nela que estão gravadas nossas crenças, medos, fobias, etc. Nossas possibilidades e incapacidades residem todas juntas em nossa mente afinal, se em sua mente você acha que consegue, fará tudo que for possível e tentará o impossível a fim de alcançar aquele objetivo. Se achar que não consegue, sequer tentará.

Agora você entende porque de alguns anos para cá tanto se fala em mente, a importância dela e para que ela serve.

Quando falamos em desenvolvimento pessoal ou profissional o foco do trabalho não é o cérebro. O ponto a se trabalhar é a mente, pois de nada adiantará agregar mais conhecimento se sua mente não estiver pronta para receber mais conteúdo.

Estudar, treinar habilidades, aprofundar em conhecimentos milenares é simples. Absorver tudo isso em sua mente e aplicá-los em sua vida requer muito mais esforço e dedicação, mas se você realmente quiser essa mudança, nada disso será um problema para você.

A partir do momento que você tiver claro a diferença entre seu cérebro e sua mente, pergunte-se novamente quais ações você deve tomar agora - obter mais conhecimento ou desenvolver sua mente?

 

 

terça-feira, 27 de abril de 2021

Sabia que novos neurônios são gerados na vida adulta?

Em humanos adultos, 700 novos neurônios são adicionados por dia, correspondendo a um turnover anual de 1,75% dos neurônios da fração de renovação, com um declínio modesto com o envelhecimento. Os neurônios são gerados ao longo da idade adulta, corroborando a tese de que a neurogênese hipocampal adulta pode contribuir para a função cerebral humana. 

Referência: Spalding, K. L. et al (2013). Dynamics of hippocampal neurogenesis in adult humans. Cell, 153(6): 1219-1227. doi:10.1016/j.cell.2013.05.002.

Você consegue equilibrar RAZÃO e EMOÇÃO?

Viver bem requer um bom equilíbrio entre emoção e razão. Você consegue gerenciar bem suas emoções? É racional na medida certa? Segundo evidências neurocientíficas, tal feito é possível graças à atuação de uma região específica do cérebro denominada área 32 de Brodmann, no córtex cingulado anterior. A área mantém o equilíbrio emocional ao transmitir informações entre as regiões cognitivas e emocionais do cérebro, de acordo com uma pesquisa publicada no The Journal of Neuroscience.

Referência: 
Mary Kate P. Joyce, Miguel Ángel García-Cabezas, Yohan J. John, Helen Barbas. Serial prefrontal pathways are positioned to balance cognition and emotion in primates. The Journal of Neuroscience, 2020; JN-RM-0860-20 doi:10.1523/JNEUROSCI.0860-20.2020 

A prática de esportes estimula a neuroplasticidade.


 Praticar esportes é bom para o corpo e também parece ser bom para o cérebro. Ao avaliar o desempenho da memória após uma sessão de esporte, neurocientistas da Universidade de Genebra demonstraram que uma sessão intensiva de exercícios físicos de apenas 15 minutos melhora a memória, incluindo a aquisição de novas habilidades motoras. Como? Isso se daria por meio da ação dos endocanabinoides, moléculas conhecidas por incrementar a plasticidade sináptica. Os programas e estratégias que visam reduzir os efeitos da neurodegeneração e do declínio da memória podem se beneficiar disso.

Referência: Marin Bosch, B., Bringard, A., Logrieco, M. G., Lauer, E., Imobersteg, N., Thomas, A., … Igloi, K. (2020). Effect of acute physical exercise on motor sequence memory. Scientific Reports, 10(1). doi:10.1038/s41598-020-72108-1 

O consumo diário de vegetais estimula a regeneração cerebral.

O consumo de aproximadamente uma porção por dia de vegetais de folhas verdes e alimentos ricos em filoquinona, luteína, nitrato, folato, α-tocoferol e kaempferol pode ajudar a retardar o declínio cognitivo com o envelhecimento e preservar a memória. Além disso, evidências descobertas a partir de estudos com animais e pessoas demonstraram que um composto derivado e presente em grande quantidade no broto de brócolis pode ajudar a equilibrar a neuroquímica cerebral.

Referências: 
[1] Morris, M. C., Wang, Y., Barnes, L. L., Bennett, D. A., Dawson-Hughes, B., & Booth, S. L. (2018). Nutrients and bioactives in green leafy vegetables and cognitive decline: Prospective study. Neurology, 90(3), e214-e222. doi:10.1212/WNL.0000000000004815 e 
[2] Sedlak, T. W., Nucifora, L. G., Koga, M., Shaffer, L. S., Higgs, C., Tanaka, T., ... & Sawa, A. (2017). Sulforaphane augments glutathione and influences brain metabolites in human subjects: A clinical pilot study. Molecular neuropsychiatry, 3(4), 214-222. doi:10.1159/000487639

Eixo Intestino-Cérebro-Pele.


 Desde 2010, cientistas têm proposto uma visão mais integrativa do funcionamento conjunto entre intestino, cérebro e pele. O eixo intestino-cérebro-pele, como é então chamado, propõe por exemplo que a modulação adequada da microbiota intestinal pode reduzir significativamente a inflamação neurogênica da pele induzida pelo estresse. Tais observações levantam uma perspectiva fascinante de que a alimentação com tipos específicos de microrganismos pode exercer um profundo benefício para a homeostase da pele, coibindo a inflamação cutânea, favorecendo até mesmo o crescimento do cabelo.

Referência: Arck, P., Handjiski, B., Hagen, E., Pincus, M., Bruenahl, C., Bienenstock, J., & Paus, R. (2010). Is there a 'gut-brain-skin axis'?. Experimental dermatology, 19(5), 401-405. doi:10.1111/j.1600-0625.2009.01060.x 

Ser inteligente é ter neurônios mais ágeis no cérebro.

A inteligência humana depende do processamento eficiente dos neurônios cerebrais. Embora a espessura da substância cinzenta e a atividade das áreas corticais temporais e frontais estejam correlacionadas com os escores de QI, não existiam evidências diretas que vinculassem as propriedades estruturais e fisiológicas dos neurônios à inteligência humana. O estudo da referência descobriu que altos escores de QI e grande espessura cortical temporal se associam a dendritos maiores e mais complexos nos neurônios piramidais humanos. Árvores dendríticas maiores permitem que os neurônios piramidais rastreiem a atividade das entradas sinápticas com maior precisão. Essas descobertas fornecem a primeira evidência de que a inteligência humana está associada à complexidade neuronal, à cinética do potencial de ação e à transferência ágil e mais eficiente de informações de entrada e saída nos neurônios corticais.

Referência: Goriounova et al. (2018). Large and fast human pyramidal neurons associate with intelligence. eLife; 7:e41714. doi:10.7554/eLife.41714
 

Dopamina - molécula da MOTIVAÇÃO!


 A dopamina é uma molécula neurotransmissora que influencia as vias cerebrais envolvidas na motivação, movimento, cognição e aprendizagem orientada para a recompensa. A dopamina é produzida por neurônios localizados no mesencéfalo, especificamente nas regiões conhecidas como área tegmentar ventral e pars compacta da substância negra. Os longos axônios desses neurônios se estendem a outras partes do cérebro, incluindo o núcleo accumbens, o estriado dorsal e o córtex pré-frontal, modulando vários aspectos do comportamento humano.

Referência: Rice, M. E. (2019). Closing in on what motivates motivation. Nature 570, 40-42. doi:10.1038/d41586-019-01589-6

Nosso cérebro ama ouvir música!

A capacidade da música de induzir sensações de prazer tem sido objeto de intensas pesquisas neurocientíficas. A comunicação entre os circuitos auditivos e de recompensa do cérebro, envolvendo o córtex temporal superior e o núcleo accumbens, é a razão pela qual os humanos consideram a música gratificante, de acordo com uma nova pesquisa publicada no Journal of Neuroscience.

Referência: Mas-Herrero, E., Dagher, A., Farrés-Franch, M., & Zatorre, R. J. (2021). Unraveling the temporal dynamics of reward signals in music-induced pleasure with TMS. Journal of Neuroscience.
 

Açúcar prejudica a memória.


 Uma nova pesquisa realizada pela Universidade da Geórgia em colaboração com a Universidade do Sul da Califórnia mostrou que o consumo diário de bebidas adoçadas com açúcar durante a adolescência é capaz de prejudicar o desempenho em tarefas de aprendizagem e memória posteriormente, na idade adulta. Considerando o papel que o hipocampo desempenha em uma variedade de funções cognitivas e o fato dessa importante região cerebral ainda estar se desenvolvendo na adolescência, um dos alvos principais do experimento foi justamente entender mais sobre a vulnerabilidade dessa área em relação ao tipo de dieta em questão. Os pesquisadores concluíram que alterações na microbiota intestinal podem ser a chave para entender o comprometimento da memória induzido pela ingestão frequente de açúcar.

Referência: Noble, E.E., Olson, C.A., Davis, E. et al. Gut microbial taxa elevated by dietary sugar disrupt memory function. Transl Psychiatry 11, 194 (2021)

Áreas especializadas do cérebro.


 O cérebro é um órgão que funciona de forma integrada. A base do seu funcionamento é a conexão adequada entre suas partes e de cada uma delas, direta ou indiretamente, com o restante do organismo. Apesar de constituir esse grande "conectoma", o cérebro possui regiões evolutivamente mais especializadas em determinadas tarefas. Confira na figura as principais áreas encefálicas e algumas de suas respectivas funções gerais aproximadas. 

Referência: 

Queensland Brain Institute (QBI), The University of Queensland, Australia. 

Site: http://qbi.uq.edu.au/brain/brain-anatomy/lobes-brain

Benefícios para o cérebro proporcionado pelo contato com a natureza.

Um passeio pelo parque da cidade, um final de semana no campo ou um dia de caminhada no deserto. Não importa. A exposição à natureza tem sido associada a uma série de benefícios para a mente e para o cérebro. Confira:

1️⃣ REDUÇÃO DO ESTRESSE. Ao menos vinte minutos diários reservados para passear ou sentar em um lugar mais arborizado, como um parque, já são suficientes para reduzir os níveis do hormônio do estresse (cortisol).
2️⃣ MELHORA DO SONO. Dormir bem é fundamental para restaurar as funções cerebrais. O contato com a natureza é capaz de estimular o sono reparador.
3️⃣ BENEFÍCIOS COGNITIVOS. Interagir com a natureza melhora o desempenho cognitivo. Estamos falando de benefícios para a memória, atenção, aprendizagem e criatividade. A exposição ao mundo natural aumenta a flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de pensar "fora da caixa".
4️⃣ PROMOÇÃO DO AUTOCONTROLE. Estudos associaram interações com a natureza com inibição de impulsos e maior capacidade de gerenciamento das tarefas diárias. Espaços verdes bem projetados teriam também o potencial de reduzir o comportamento violento.
5️⃣ DIMINUIÇÃO DO RISCO DE TRANSTORNOS MENTAIS. Espaços verdes se associaram a um menor risco de transtornos neuropsiquiátricos, como TDAH, depressão e transtorno de ansiedade.
6️⃣ EMPATIA E COOPERAÇÃO. Mais tempo na natureza foi associado a um aumento na quantidade de interações sociais positivas.
7️⃣ SENSO DE PROPÓSITO. O contato com a natureza proporciona ou reforça um senso de significado e propósito na vida.
8️⃣ FELICIDADE. A conexão com a natureza está associada a um aumento do índice de felicidade, bem-estar subjetivo e afeto positivo, independentemente do tempo.
Mas, e em tempos de pandemia? Há indícios de que a conexão com a natureza pode contribuir com a felicidade, mesmo que você não esteja fisicamente imerso nela, como nas experiências de realidade virtual.

Referência: American Psychological Association. (2020, April). Nurtured by nature. Monitor on Psychology, 51(3). 

A insulina regula a neuroplasticidade.

A insulina é um hormônio produzido por algumas células do pâncreas. A sua principal função é promover a entrada da glicose nas células.

Desde que foi descoberta, em 1922, pesquisas já mostravam que a insulina atuava no músculo esquelético, no tecido adiposo e no fígado.
Nas últimas décadas surgiram evidências de que o cérebro também seria um órgão sensível à insulina, com os primeiros estudos mostrando que ela agia no hipotálamo para regular a homeostase energética do organismo. Posteriormente, receptores de insulina também foram densamente encontrados em outras regiões do cérebro.
O hipocampo, região cerebral chave para a memória e aprendizagem, apresenta níveis particularmente altos de receptores de insulina, o que sugere que ela poderia ajudar a regular os mecanismos de plasticidade sináptica e memória.
Um dos focos atuais tem sido estudar a conexão direta entre diabetes, obesidade e demência. Altas taxas de insulina periférica, tipicamente presentes no pré-diabetes, neurodegeneração relacionada à idade e declínio cognitivo são associações relativamente comuns.
Cérebros resistentes à atuação da insulina estariam mais propensos a condições neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.

Referências: 
[1] Lee, S. H., Zabolotny, J. M., Huang, H., Lee, H., & Kim, Y. B. (2016). Insulin in the nervous system and the mind: functions in metabolism, memory, and mood. Molecular metabolism, 5( 589-601, 
[2] De Felice, F. G., & Benedict, C. (2015). A Key Role of Insulin Receptors in Memory: Figure 1. Diabetes, 64(11), 3653–3655. doi:10.2337/dbi15-0011, 
[3] Ferreira, L. S., Fernandes, C. S., Vieira, M. N., & De Felice, F. G. (2018). Insulin resistance in Alzheimer's disease. Frontiers in neuroscience, 12, 830. e 
[4] Chow, H. M., Shi, M., Cheng, A., Gao, Y., Chen, G., Song, X., ... & Herrup, K. (2019). Age-related hyperinsulinemia leads to insulin resistance in neurons and cell-cycle-induced senescence. Nature neuroscience, 22(11), 1806-1819.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Deve-se ouvir música quando estamos estudando?


 A reposta é SIM, mas desde que seja MÚSICA!!!

Explico melhor.

Sabe-se que a música não tem um centro neurológico específico, ou seja, ouvir música envolve todas as nossas funções cognitivas, sendo assim “a música interfere na plasticidade cerebral, favorece conexões entre neurônios na área frontal do cérebro, que é relacionada a processos de memorização e atenção, além de estimular a comunicação entre os dois lados do cérebro, o que pode explicar sua relação com raciocínio e matemática. 

E segundo estudos patrocinados pelo Spotify e pela Universidade de Caen, na França, ouvir música instrumental (sem letra nenhuma) enquanto se estuda pode até aumentar a concentração. No primeiro estudo por exemplo, os alunos que estudaram matemática escutando música clássica tiveram uma concentração 12% melhor em suas provas. No segundo estudo, alunos de 249 universidades foram dividido em dois grupos, que iriam assistir à uma palestra e depois realizar uma prova. O grupo que assistiu à palestra ouvindo música demonstrou mais atenção na prova e resultados mais satisfatórios. 

O estudo também mostrou que ouvir música ao estudar pode diminuir os transtornos de quem sofre de TDAH. 

O que vem a ser Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)? 

É o nome dado, segundo a última classificação, ao que se popularizou por Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). Na verdade, é uma maneira de ser que acaba trazendo transtornos para a vida do indivíduo que tem esse tipo de funcionamento.

Qualquer detalhe pode fazer uma grande diferença na preparação para concursos e, por esse motivo, muitos estudantes buscam maneiras para melhorar a concentração e o aprendizado enquanto estão debruçados sobre os livros.

 

CUIDADOS

 

O especialista em técnicas de memorização, Paulo Henrique Lyma, explica que ouvir músicas durante a leitura é relaxante, o que automaticamente melhora o foco, desde que a música seja instrumental

“Muitas pesquisas já comprovam que ouvir música ao estudar pode aumentar o estímulo do cérebro e do raciocínio. Mas é preciso ter cuidado na escolha das músicas. As mais agitadas podem provocar excitação e ansiedade, o que é perigoso para o rendimento”, explica Lyma.

 

ESCOLHENDO O ESTILO DA MÚSICA

 

Além de ser uma maneira de aliviar a tensão, escutar música durante o tempo de estudo também ajuda o estudante a melhorar a capacidade de absorção do conteúdo. Porém, para atingir um resultado eficaz no que se pretende é preciso selecionar o seu estilo.

 

• Sons da natureza

 

Os estudos dizem que músicas que trazem elementos naturais, como cantos de pássaros, sons de florestas ou de chuva, por exemplo, melhoram o foco dos estudantes e os deixam menos tensos. Além disso, sons naturais aumentam o funcionamento cognitivo, otimizam a capacidade de concentração e aumentam a satisfação geral.

 

• Música Clássica

 

Já as músicas clássicas ajudam a manter o ritmo de estudos por mais tempo, a reter e a categorizar melhor as informações. Então, se você estiver ouvindo uma música clássica ao fundo, preferencialmente a barroca, que possui como principais compositores Bach, Handel, Vivaldi, Mozart e Beethoven, seus estudos serão mais produtivos e durarão mais tempo.

 

SUGESTÕES DE PLAYLIST

 

Se você gostou das dicas, mas não sabe por onde começar, veja abaixo algumas sugestões de playlists disponíveis gratuitamente no Youtube:

 

SONS DA NATUREZA PARA ESTUDAR

 

MÚSICA INSTRUMENTAL PARA ESTUDOS E CONCENTRAÇÃO

 

MÚSICA CLÁSSICA PARA ESTUDAR

 

MÚSICA CLÁSSICA PARA CONCENTRAÇÃO

 

Faça uma avaliação, descubra o estilo que mais lhe agrada e bons estudos!

 

O que são os padrões de cores RGB e CMYK?


 Padrão RGB

Corresponde às iniciais das cores “Red” (vermelho), “Green” (verde) e “Blue” (azul).

As telas exibem imagens com centenas de pixels. Cada um desses possui três subpixels: luz vermelha, luz verde e luz azul, que acendem em diferentes intensidades, com base na cor que o pixel exibe para produzir um resultado em um monitor preto.

Os valores RGB são exibidos em um intervalo entre 0 e 255. O que significa que existem 256 níveis de cada uma das três cores, que podem ser combinadas para criar uma cor no espectro entre preto e branco. 

Por exemplo, o valor RGB para a cor preta é: 0,0,0 – o significa que há 0% de luz vermelha, 0% de luz verde e 0% de luz azul. Em outras palavras, há uma completa ausência de luz, logo, preto.

Para criar branco, seria o oposto: 255, 255, 255 – o valor mais alto possível de cada cor, o que significa que as luzes vermelha, verde e azul são 100% brilhantes, resultando na presença máxima de luz, logo, branca.

Outra maneira de pensar sobre o modo de cores RGB é referir-se ao vermelho, verde e azul como cores aditivas. Isso significa que o RGB cria outras cores adicionando quantidades de vermelho, verde e azul.

 

Padrão CMYK

Corresponde às iniciais das cores “Cian” (ciano), “Magenta” (magenta), “Yellow” (amarelo) e “Black” (preto). 

É um padrão de cores primárias que, quando combinadas, formam cores ilimitadas. É o padrão usado pelas impressoras domésticas e que utilizam a técnica de offset.

Já neste sistema de cores, o preto é usado porque mesmo a combinação mais pura de ciano, magenta e amarelo (todas as cores mais claras) não pode criar uma cor totalmente preta.

O CMYK usa cores subtrativas, não aditivas. A adição de cores no modo CMYK tem o efeito oposto do resultado RGB; quanto mais cor adicionada, mais escuros os resultados. Portanto, as cores são removidas ou subtraídas para criar um resultado claro.


Qual é a diferença entre RGB e CMYK? 

Por que cores na tela ficam diferentes de cores impressas?

Exatamente pela diferença de padrão, é difícil reproduzir fielmente as cores da tela no mundo impresso. Alguns programas gráficos utilizam filtros e perfis de cores a fim de mostrar no monitor a imagem exatamente como será impressa.

 

Resumindo:

RGB

CMYK

É o modo de cor destinado a telas.

É o modo de cores destinado à impressão com tinta.

Quanto mais cores forem adicionadas ao RGB, mais claro será o resultado.

Quanto mais cores forem adicionadas no modo CMYK, mais escuro será o resultado.

Tem um intervalo numérico de 3 x 256.

Tem um intervalo numérico de 4 x 100.

As cores energéticas que o RGB pode produzir são difíceis de reproduzir no CMYK.

Intervalo menor, menor variedade de cores.

 

As células do cérebro


 O cérebro é um mosaico composto por diferentes tipos de células, cada um com suas próprias propriedades. 

As células cerebrais mais comuns são neurônios e células não neuronais chamadas glia

O cérebro humano adulto médio contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios e a mesma quantidade – se não mais – de glia. Embora os neurônios sejam as células cerebrais mais famosas, são necessários neurônios e células da glia para o bom funcionamento do cérebro.


Neurônio

Quando você pensa no cérebro, provavelmente pensa em neurônios. Os neurônios são as células do cérebro que enviam e recebem sinais elétricos e químicos. Eles são blocos de construção do seu cérebro e transmitem informações a outros neurônios, músculos e tecidos por todo o corpo. Eles permitem que você pense, sinta, se mova e compreenda o mundo ao seu redor.

Um neurônio é composto de três partes básicas: 

       corpo celular, ou soma; 

       dendritos ramificados que recebem sinais de outros neurônios; 

       e o axônio, que envia sinais para os neurônios circundantes através do terminal axonal. 

Quando um neurônio dispara um potencial de ação, os sinais elétricos e químicos se espalham do axônio de um neurônio para os dendritos de outro neurônio através de um pequeno espaço chamado sinapse.



Glia 

Como os neurônios, a glia é uma célula importante do sistema nervoso. Os cientistas pensavam que a glia era como cola, apenas para manter os neurônios no lugar. O nome “glia” é latino para “cola”.  No entanto, agora sabemos que as células da glia não são apenas cola cerebral. De fato, a glia participa ativamente da sinalização cerebral e é necessária para o funcionamento saudável dos neurônios.

Ao contrário dos neurônios, as células da glia não podem disparar potenciais de ação para comunicar mensagens, mas isso não significa que elas sejam inativas. A glia se comunica entre si e com os neurônios usando sinais químicos e pode até responder a muitos dos mesmos produtos químicos que os neurônios, como íons e neurotransmissores. Isso significa que a glia pode espionar os neurônios, para ajudar a fortalecer as mensagens que são passadas entre eles.

Existem muitos tipos de células gliais no cérebro. Aqui estão três tipos importantes de células gliais:

Oligodendrócitos: Um tipo especial de célula glial conhecida como oligodendrócito envolve os axônios dos neurônios, formando o que é conhecido como bainha de mielina. Como o isolamento ao redor de um fio elétrico, os oligodendrócitos isolam o axônio e ajudam os neurônios a transmitir sinais elétricos a uma velocidade incrível e a longas distâncias

Microglia: Microglia são as células imunológicas do sistema nervoso central. Eles se movem dentro do cérebro e se comunicam constantemente com outras glias. Em um cérebro adulto saudável, a microglia está constantemente testando o ambiente quanto a sinais de problemas. Por exemplo, se uma infecção ou doença faz com que os neurônios morram ou sejam danificados, esses neurônios liberam “sinais de perigo” químicos. Microglia reconhece esses sinais e alerta outras micróglias próximas sobre possíveis perigos. Isso faz com que a micróglia circundante encha a área perigosa, onde eles começam a limpar a bagunça. Isso evita a propagação de acúmulos ou detritos no cérebro e protege o cérebro contra inflamações a longo prazo. Depois que o perigo passa, as micróglias voltam ao estado de repouso, continuando a pesquisar o cérebro.

Astrócitos: Astrócitos são células em forma de estrela que circundam os neurônios e suportam a função dos neurônios. Os astrócitos ajudam principalmente a regular o ambiente do cérebro. Os astrócitos também ajudam os neurônios a sinalizar para outros neurônios, passando substâncias químicas de um neurônio para outro. Embora as micróglias sejam as células imunes primárias do cérebro, os astrócitos também podem ajudar a micróglia quando o cérebro está com problemas.



Recentemente, os cientistas estão descobrindo novos papéis para as células da glia em doenças. Normalmente, a glia protege e ajuda os neurônios, mas quando elas funcionam mal, podem causar sérios danos.

Estudos em animais mostraram que a inflamação causada pela glia está associada a muitas doenças, como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla. Esse tipo de pesquisa é importante porque permite que os cientistas examinem doenças humanas em modelos animais. À medida que continuamos a aprender mais sobre a glia, poderemos usar essas informações para tratar essas doenças.

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Resenha: O erro de Descarte


 Ficha técnica:

O Erro de Descartes – Emoção, Razão e o Cérebro Humano.

Autor: Antônio R. Damásio

Tradução: Dora Vicente e Georgina Segurado
Edição Econômica, 264 pp. 

Companhia das Letras, 2012.

 

Ultimamente, vários estudos têm abordado o “velho” tema das emoções e a sua importância no controle do comportamento, incluindo as chamadas funções mentais superiores como a percepção, aprendizagem, memória e inteligência. Para aqueles, como nós, que trabalham com emoção e cognição é gratificante constatar que o debate sobre o tema atravessou a barreira dos laboratórios e da academia e passou a fazer parte do cotidiano de um público mais geral. 

“O Erro de Descartes” de António Damásio é um livro elegante, de uma leitura arrebatedora, que ilustra o fato de que as emoções são indispensáveis para a nossa vida racional. São as emoções que nos fazem únicos, é o nosso comportamento emocional que nos diferencia uns dos outros. A natureza e a extensão do nosso repertório de respostas emocionais não depende exclusivamente do nosso cérebro, mas da sua interação com o corpo, e das nossas próprias percepções do corpo. Como diz Damásio, o corpo representado no cérebro constitui-se num quadro de referência indispensável para os processos neurais que nós experienciamos como sendo a mente.
Neste ponto, o autor aponta alguns “erros” de Descartes - a separação entre a mente e o corpo. O que se passa no cérebro são operações mentais; isto influencia o corpo e vice-versa. Entende-se, portanto, o título do livro. A mente é fruto do cérebro contrapondo o dualismo cartesiano no qual a alma (razão pura) é independente do corpo e das emoções, e não ocupa lugar no espaço. Além disso, o método de estudo mecanicista proposto por Descartes é questionado. Damásio defende uma fusão do estudo neurobiológico com a investigação psicológica numa abordagem integrativa das emoções e da razão. Pesquisas subdividindo o fenômeno nas menores partes possíveis a fim de se compreender cada uma em separado, como propôs Descartes no seu livro “Discurso do Método”, não nos levariam a um entendimento completo e amplo da tomada de decisões ou de qualquer outro fenômeno. 

Descartes quando fala da razão a separa completamente dos sentimentos. Ele é o responsável pela popularização do conceito que temos hoje em dia que razão e emoção são coisas completamente distintas e que “misturá-las” é receita para a confusão e o fracasso. Quantas vezes já não ouvimos que devemos tomar nossas decisões de forma racional, e que devemos manter nossos sentimentos afastados de nossos processos decisórios?

Neste livro, Antônio R. Damásio propõe que, na realidade, a falta de emoção é prejudicial ao processo de decisão e, mais importante, a emoção é peça fundamental nesse processo. 

Para isso ele parte de casos de pessoas com lesões em áreas do cérebro responsáveis por emoções para mostrar que apesar de essas pessoas serem normais no que diz respeito à suas capacidades intelectuais e cognitivas, o fato de não “sentirem emoção” prejudica sua capacidade de tomar decisões de forma racional. 

É uma teoria que pode mudar radicalmente como vemos e lidamos com comportamentos violentos, por exemplo, e abre todo um campo de pesquisa para neurobiólogos do mundo todo. 

É um livro lento de ser ler. Na Parte Um ele narra os casos clínicos de pessoas que após acidentes que prejudicaram partes do cérebro parecem não conseguir tomar decisões racionais no dia a dia, e faz uma detalhada descrição de como funciona essas partes do cérebro.  

Na Parte Dois ele explana a teoria de como os organismos interagem consigo mesmo e com o ambiente ao redor. E mostra como a captação de imagens torna possível o processo de pensamento e dá uma breve explicação de como ocorre o desenvolvimento neural. No fim dessa parte, ele explica sua teoria do marcador-somático, que é o mecanismo (digamos assim) que explica como as emoções estão intimamente ligadas aos processos racionais e a tomada de decisão. 

É  a partir daí que o livro realmente fica interessante.  Não que a Parte Um e os capítulos da Parte Dois não são interessantes e importantes, é só que ele explica tão detalhadamente tudo e demora demais para chegar ao cerne do livro: a relação entre emoção e razão e porque Descartes estava errado. 

Eu, como leitora de divulgação científica, prefiro os livros que vão direto ao ponto, que me passem as informações que eu preciso para entender do que se trata o livro, mas que não pretenda que eu me torne expert nesse assunto. Acho que esse tipo de livro é para pessoas interessadas em ciência, mas que não queiram/podem/tiveram a chance de serem cientistas. Ficar detalhando muito os pré-requisitos torna (novamente, na minha modestíssima opinião) a leitura um pouco maçante.  Tanto que a Parte Três é a parte mais gostosa de ler e a que você lê mais rápido, porque é lá que finalmente você entende o que é que ele queria dizer com aquilo tudo lá atrás. É nessa parte que você entende porque Descartes estava errado. Acredito que uma “introdução” mais sucinta e curta, tornaria o livro todo mais divertido de ler. 

No geral é um bom livro. Te faz pensar fora do lugar comum, fora da ideia de que sentimentos podem te prejudicar vida afora, se você insistir em decidir levar em consideração (de forma consciente) seus sentimentos. Numa leitura mais ampla ajuda a desfazer o preconceito que mulheres são piores agentes porque decidem com a emoção, por exemplo. 

Essa é a função da ciência: fazer-nos pensar além dos nossos horizontes, além do que estamos acostumados, além do que consideramos “correto”. Livros como esse são ferramentas fundamentais para iniciar esse processo de “pensar além”.  E isso, por si só, já é motivo suficiente para lê-lo.

Vc sabe a diferença entre cross selling e up selling?

Atendente do Mc Donald’s oferecendo mais batata por um preço menor.

Os vendedores escutam isso em cursos de vendas, em livros, e ficam querendo saber como poderiam criar uma estratégia para que seus clientes pagassem um pouco mais para levar um produto melhor.

Afinal, o que é upsell se não exatamente o que dissemos acima?

Aliás, quem não quer tirar um pedido maior em vez de um pedido menor? Esse é o sonho de todo vendedor.

E quanto ao cross selling, por que não aproveitar e vender produtos ou serviços relacionados aos que o cliente já compra, aumenta ainda mais as vendas?

 

Mas então, o que é cross selling e up selling?

Upselling é uma estratégia de venda na qual um vendedor ou um site sugere um adicional para o produto ou serviço que está sendo comprado. Já no Crosselling, que tem uma sensível diferença, são sugeridos produtos complementares.

Vamos ver um pequeno exemplo que vai ajudar você a entender melhor o que é cross selling e up selling. Você chega ao McDonald’s e faz o seu pedido de lanche.

Ao finalizar o pedido, o atendente pergunta se você quer trocar suas batatas por batatas grandes por mais 50 centavos. Esse é um exemplo do que é upselling.

Por outro lado, depois que você faz o pedido e o atendente anota, ele pergunta ainda se você quer acompanhar sundae ou milk-shake ao pedido. Um verdadeiro exemplo do que é cross selling.

Isso não vale apenas para o McDonald’s. Em uma loja de TI, um vendedor nos pergunta se queremos levar o dobro de memória ou espaço em disco pela metade do preço, por exemplo.

Em uma concessionária, perguntam se não queremos trio elétrico, direção hidráulica e ar condicionado por um preço promocional, e assim por diante.

Para se ter uma ideia de grande funcionalidade dessas ferramentas nas vendas, estima-se que 35% das vendas da Amazon.com veem de cross sellingupselling e recomendações. Este é o significado do up selling e do cross selling: gerar mais vendas.

O up selling ajuda o vendedor a incrementar a venda, mostrando aos seus clientes oportunidades de adquirir produtos que são úteis para a rotina dele.

Com isso, os vendedores não apenas vendem mais, mas também conseguem servir melhor o cliente e gerar a confiança necessária para que ele seja fidelizado pelo vendedor.

Além de aumentar as vendas em alguns reais a mais e oferecer ao cliente uma oportunidade de levar mais por um preço acessível, você também mostrará que está querendo ajudar o cliente a comprar o melhor produto por um preço aceitável.

Bons vendedores estão sempre atentos às novas oportunidades de oferecer mais para seus clientes. Isso é não apenas uma oportunidade comercial, mas também uma forma de aproveitar todas as oportunidades dentro da sua oferta.


O que significa cross selling?

Cross selling, originado do inglês, significa “venda cruzada” e se refere à venda de produtos ou serviços relacionados ou complementares que podem ser comprados juntos para melhorar a experiência do cliente. Por exemplo, ao comprar uma câmera profissional em uma loja online, podem ser oferecidos outros produtos, como lentes, porta câmeras, tripés, etc.

 

Como fazer um cross selling?

Analise o perfil e as necessidades de seus clientes;

Planeje a relação entre os produtos ofertados;

Apresente ofertas que se complementem;

Ofereça descontos para produtos comprados juntos;

Envie descontos e promoções para clientes voltarem a comprar;

Mostre prova social, o famoso “frequentemente comprados juntos”;

Faça testes, veja o que funciona e o que não.

 

O que é upsell?

O upsell é uma estratégia de vendas com o objetivo de incentivar o cliente a comprar uma versão mais completa, melhorada e de maior valor de um produto ou serviço. A ideia é aumentar as vendas e o faturamento ao mesmo tempo em que se propõe a melhorar a experiência do comprador com o seu negócio.

 

Como fazer upsell?

Ofereça um upsell que seja realmente relevante

Mostre como pode melhorar os resultados do cliente;

Indique a necessidade do upsell;

Apresente soluções para problemas reais;

Deixe claro as diferenças e ganhos;

Exiba sugestões simples, evite a indecisão;

Foque na satisfação e no sucesso do cliente;

Não seja insistente.

 

Qual a diferença entre upsell e cross sell?

Embora tenham conceitos e objetivos semelhantes, a principal diferença entre upsell e cross sell está na finalidade dos produtos ofertados. O up selling trabalha para que os clientes comprem um produto ou serviço mais completo, com mais funcionalidades e mais caro. Já o cross selling foca na adição de produtor complementares ao “carrinho”.

 

 

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