Seu cliente não quer comprar esforço, ele quer a solução
para um problema. Nesta relação, aliás, é o cliente quem assume todo o risco do
negócio
Alguns serviços têm substitutos semelhantes no mercado
e, ao menos, é possível ter algum padrão de comparação, por mais distante que
um esteja do outro. Outras atividades, no entanto, são altamente personalizadas
e, portanto, difíceis de serem comparadas. Precificar tais ofertas torna-se,
assim, um maravilhoso exercício de criatividade.
Muita gente gosta de cobrar bem caro para depois ir
reduzindo o preço até finalmente chegar naquilo que realmente deseja - infame
prática conhecida como "queimar gordurinhas".
inicialmente, fica claro que você não entende nada do
assunto que pretende ensinar.
Uma das soluções (sempre sugeridas) é cobrar por
hora. A impressão que fica é de que esta
é a melhor maneira de destruir valor, de subavaliar aquilo que você faz e
prender-se a um padrão de custo do qual dificilmente você conseguirá se livrar
depois.
Ao ler o texto Declaration of
Independence, do Verasage
Insitute. Então, fez-se a luz! E o que era uma impressão,
tornou-se uma convicção.
O texto citado é um verdadeiro manifesto contra
cobrar serviços por hora - especialmente em se tratanto de trabalho
essencialmente intelectual. Vejamos alguns dos argumentos dos seus autores:
ü A ideia da cobrança por hora baseia-se nas teorias
de Karl Marx, que pregam que o valor de um produto (bem ou serviço) é
função direta da quantidade de horas empregadas na sua elaboração. Basta
lembrar que, em tarefas intelectuais, quantidade guarda pouca ou nenhuma
relação com qualidade;
ü A
prática concentra a atenção no Tempo e não na Criação de Valor, que deveria ser
o compromisso primário de um fornecedor com seu Cliente, empurrando o prestador
para a mediocridade, relegando a busca pela excelência a um segundo plano. O
que importa é ficar lá no Cliente e não fazer algo realmente significativo;
ü Cobrar
por hora penaliza os avanços tecnológicos, já que quanto mais você melhorar sua
produtividade, menos receberá do seu Cliente;
ü Ao cobrar
por horas trabalhadas, o fornecedor passa todo o risco da relação para o
Cliente (que coisa mais óbvia!), numa afronta direta aos interesses deste
último;
ü Cobrar
por hora faz com que o Cliente pague pela Curva de Aprendizado do Fornecedor,
tornando o custo dos serviços posteriores arbitrários e injustos;
ü Cobrar
por hora é um estímulo à desonestidade, uma vez que os controles são
improváveis em qualquer esfera.
ü Cobrar
por hora não diferencia uma empresa da outra, mas compara uma com a outra. O
hábito coloca tudo no mesmo saco, transformando o Capital Intelectual -
exatamente o que diferencia uma empresa da outra - em commodity.
“ Me vê aí meia hora de inovação!"
“ Me vê aí meia hora de inovação!"
ü O
pagamento por horas impõe um teto ao seu rendimento. Para ganhar mais, ou você
cobra mais ou trabalha mais. Não adianta ser mais criativo e inovador nem mais
produtivo.
A "consultora" ao fundo, do lado esquerdo, cobra seu trabalho por hora.
Não à toa Daniel Pink, um dos mais inovadores
escritores da atualidade, identifica a hora bilhetável (billable hour)
como um dos maiores vilões da Motivação. Segundo ele, a prática tira do
trabalhador boa parte da sua autonomia - um componente
essencial à motivação, juntamente com a possibilidade de
aprimoramento e o propósito daquilo que se faz.
Revendo estes conceitos, a impressão que tenho é que
adotar o pagamento por hora implica em renunciar aos valores fundamentais. Significa
voltar a uma realidade onde o empregador parece não valorizar aquilo que você
realmente tem a oferecer - além da sua pontualidade.
Autor do texto: Rodolfo Araújo.
Autor do texto: Rodolfo Araújo.
Caro Alírio, faltou você indicar o autor do texto - que, neste caso, sou eu.
ResponderExcluirhttp://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-comoditizacao-do-talento/62226/
Agradeceria se você corrigisse este engano.
Atenciosamente, Rodolfo.
Você não viu seu nome no final do texto Rodolfo Araújo? Que blá...
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