terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Frio em Copenhague


A Reunião sobre Mudanças Climáticas de Copenhague que aconteceu de 07 a 18 de dezembro, marcou mais uma tentativa fracassada, em termos mundiais, de discutir sobre as mudanças climáticas.
Dirigentes e representantes de 192 países discutiram novos objetivos e metas para serem traçados e cumpridos a partir de 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, acordado no ano de 1997.
Desde o primeiro encontro, realizado em Estocolmo no ano de 1972, as questões ambientais estão cada vez mais presentes nas pautas de governabilidade das nações. Isto se faz necessário porque se chega a um entendimento unânime de que o planeta Terra é nossa casa em comum e tudo que a afeta possui um efeito direto ou indireto no mundo todo. Uma destas questões são as mudanças climáticas.
Em toda parte do mundo o ano de 2009 foi marcado por episódios catastróficos para as populações humanas, indo de enchentes no Sudeste Asiático, ondas de calor na Europa a chuvas intensas acompanhadas de tufões no Brasil. Sem falar, é claro que as mudanças climáticas tem afetado o equilíbrio ecológico dos sistemas, criando condições de desertificação em certas localidades, mudado o regime de floração de determinadas plantas, mudado o hábito de certas espécies de animais como o regime de hibernação e tem ajudado a contribuir com a extinção de espécies, o que resulta na perda de biodiversidade.
Como grande parte destas mudanças tem sua causa nas ações antrópicas, cabe a nós seres humanos nos responsabilizarmos propondo soluções plausíveis para diminuir a principal causa: a emissão de gases poluentes para a atmosfera, em especial o CO2 .
É por isto que a ONU – Organização das Nações Unidas, promoveu em Copenhague, capital da Dinamarca, esse novo encontro, denominado Cop 15.
Apesar dos resultados tímidos da cúpula, jogando um balde de água fria no combate aos estragos ambientais, certamente não foi decretada a sentença de morte do nosso planeta.
A sustentabilidade, todos concordam, é a próxima fronteira de inovação e o principal motor dos negócios. Todo esse novo mundo empresarial começa em 2010, que pode muito bem ser o primeiro de uma série de anos inspiradores e excitantes na reinvenção do capitalismo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bota pra gelar

A carne já está na churrasqueira.

Aí, a galera chega com latas e mais latas de cerveja ESTUPIDAMENTE quentes.
O que fazer?

Basta recorrermos à Física, pois não foi isso que o professor te ensinou nas aulas de Termofísica, na 2ªsérie do Ensino Médio?
Então, vamos lá:
Gelo na caixa de isopor

Para cada saco de gelo, coloque 2 litros de água

1/2 kg de sal

1/2 garrafa de álcool

Explico melhor:
A água aumenta a superfície de contato, o sal reduz a temperatura de fusão do gelo (ele demora mais para derreter) e por uma reação química o álcool retira calor.

Os físico-químicos denominam o líquido de "mistura frigorífica": GELO, ÁLCOOL, SAL E ÁGUA.
A mistura frigorífica é barata e a cerveja fica no ponto de bala em 3 minutos. E esperar três minutos não é nenhum sacrifício, né?

Lembre-se de lavar a latinha ao retirá-la do isopor de forma a eliminar o gosto meio salgado que fica na tampa da lata.

Para mulheres, crianças e os não muito chegados, vale lembrar que a técnica funciona também para garrafas pet e latinhas de refrigerantes.

Então, bom churrasco!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ser feliz ou ter razão?


Participei nessa quinta (10/12/2009), de uma palestra: As novas tedências para 2010, dentro do projeto Empreender, com o consultor Marco Aurélio Ferreira Vianna que é membro eleito e diretor da Academia Brasileira de Ciências da Administração(ABCA). Escolhido em pesquisa da Revista Exame como um dos dez mais importantes pensadores da Administração no Brasil. Já publicou 43 livros, sendo o último, pela Editora Saraiva: Lider Diamante - A essência do pensamento de grandes líderes brasileiros.
Abaixo o artigo: Ser feliz ou ter razão, escrito por Marco Aurélio Ferreira Vianna.

Eu tenho muito orgulho de um fato em minha vida. A grande líder, minha amiga Luiza Helena, sempre fala em suas conferências que aprendeu comigo na minhas palestras um importante conceito baseado na pergunta: “Você prefere ser feliz ou ter razão?”.
Há uma grande dicotomia (o termo mais claro esquizofrenia) no comportamento da maioria absoluta dos atores do mundo corporativo brasileiro. Em minhas palestras, quando pergunto se os ouvintes preferem ser felizes ou ter razão, todos afirmam em alto e bom som: “Quero ser feliz”. Quando faço a segunda pergunta – “As ações de sua vida são para você ser feliz ou ter razão?” – a turma literalmente estremece e se cala.
Aí eu conto uma história tragicômica de uma pessoa que dirigindo uma motocicleta foi atropelada por um caminhão que avançou o sinal (farol). Cinco segundos antes de morrer ela virou-se para um amigo, nos braços do qual estava deitada, e disse: “O caminhoneiro estava errado, eu tinha razão”.
A vida empresarial nos leva a inúmeros momentos como este. Neste instante, eu sou cruel. Se eu encontrar com um empresário que depois de sempre reclamar e colocar a culpa no outro, quebrou, eu lhe digo: “Parabéns, você tem razão! O custo Brasil, os juros escorchantes, os fiscais, a concorrência estrangeira, realmente lhe dão motivo de sobra para explicar racionalmente (com razão) a sua falência.
O paradigma, entretanto é outro. Os que querem sobreviver e crescer, e portanto serem feliz, consideram fatos negativos como “dados do problema”, e buscam as janelas de oportunidade. Claramente, optam por ser feliz, ao invés de ter razão. É sempre importante lembrar a reflexão de Levis Minzer, quando afirmou que “Quando você aponta o dedo acusando alguém, três dedos se voltam na sua direção”. Eu costumo afirmar que aqueles que ficam explicando por que não fazem, devem dar lugar aqueles que efetivamente fazem. Colocar a culpa no outro gera a passividade e o derrotismo. Nos Campos de Concentração e na Guerra do Vietnã, os primeiros a morrer eram os pessimistas. Os últimos, aqueles que procuravam as possibilidades dentro da tragédia. E você prefere ser feliz ou ter razão? Você vai agir para ser feliz ou para ter razão Esta uma boa pergunta, um pouco indigesta talvez para começarmos 2010 com os neurônios alertas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A vigança do Cliente


Toca o telefone da casa...
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha?
- Pois não, pode ser comigo mesmo.
- Quem fala, por favor?
- Edson.
- Sr. Edson, aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção da Telefônica uma linha adicional, onde o Sr. tem direito...
- Desculpe interromper, mas quem está falando?
- Aqui é Rosicleide Judite, da Telefônica, e estamos ligando....
- Rosicleide, me desculpe, mas para nossa segurança, gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser?
- Bem, pode.
- De que telefone você fala? Meu bina não identificou.
- 10331.
- Você trabalha em que área, na Telefônica?
- Telemarketing Pro Ativo.
- Você tem número de matrí cula na Telefônica?
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não posso ter segurança que falo com uma funcionária da Telefônica. São normas de nossa casa.
- Mas posso garantir...
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes sempre que tento falar com a Telefônica.
- Ok.... Minha matrícula é 34591212.
- Só um momento enquanto verifico.
(Dois minutos depois)
- Só mais um momento.
(Cinco minutos depois)
- Senhor?
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje.
- Mas senhor...
- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção, onde o Sr. tem direito a uma linha adicional. O senhor está interessado, Sr. Edson?
- Rosicleide, vou ter que transferir você para a minha esposa, porque é ela que decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones.
- Por favor, não desligue, pois essa ligação é muito importante para mim.
(coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê do Latino tocando no Repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?), depois de tocar a porcaria toda da música, minha mulher atende:
- Obrigado por ter aguardado.... pode me dizer seu telefone pois meu bina não identificou..
- 10331.
- Com quem estou falando, por favor.
- Rosicleide
- Rosicleide de que?
- Rosicleide Judite (já demonstrando certa irritação na voz).
- Qual sua identificação na empresa?
- 34591212 (mais irritada agora!)..
- Obrigada pelas suas informações, em que posso ajudá-la?
- Aqui é da Telefônica, estamos ligando para oferecer a promoção, onde a Sra tem direito a uma linha adicional. A senhora está interessada?
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer, pode anotar o protocolo por favor.....alô, alô!

TUTUTUTUTU...
Desligou.... nossa que moça impaciente!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Explosão de beleza


Floração de palmeiras plantadas por Burle Marx vira atração
no Rio de Janeiro. É um espetáculo raro da natureza, que leva cinquenta anos para acontecer.


Um grandioso e raro espetáculo da natureza está em cena no Rio de Janeiro. Trata-se da floração de palmeiras Corypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo. Trazida do Sri Lanka por Roberto Burle Marx, autor do projeto paisagístico do parque, ela floresce uma única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantada. Em seguida, inicia um longo processo de morte. Os cachos da palma talipot contêm aproximadamente 1 milhão de microflores e ficam no topo da palmeira, formando uma copa de tonalidade castanha de até 8 metros de diâmetro e 4 metros de altura. Nos dois anos que separam essa explosão de flores de sua morte, a palmeira produz uma tonelada de sementes, a forma que a natureza encontrou para garantir a sobrevivência de uma espécie que leva tanto tempo para se reproduzir. A palma talipot faz parte do estupendo mosaico de espécies criado por Burle Marx em seu maior e mais importante projeto, que levou à frente durante o governo de Carlos Lacerda, no início dos anos 60. Em 1,2 milhão de metros quadrados, numa área que se estende do centro do Rio até o bairro de Botafogo, ele espalhou 16 000 mudas de plantas de 200 espécies, de forma a garantir um parque florido em todas as épocas do ano.
As primeiras mudas que chegaram ao Brasil floresceram nos anos 90. Em 1998, a Fundação Parques e Jardins, órgão responsável pela manutenção dos parques da cidade, usou as sementes para fazer novas mudas. Delas surgiram sete exemplares de palma talipot, que também foram plantados no Aterro e hoje medem cerca de 5 metros de altura. As palmeiras são recursos ornamentais de grande apelo não só por sua majestade e elegância, mas também por sua facilidade de adaptação a diferentes ambientes. Servem tanto para decorar interiores de shopping centers quanto para ornamentar calçadas de condomínios à beira-mar. Só no Aterro, foram utilizados quarenta tipos. A palma talipot não chega a ser tão imponente e elegante quanto a palmeira-imperial, originária das Antilhas, que teve seus primeiros exemplares plantados no Jardim Botânico do Rio de Janeiro por dom João VI (veja o quadro). Nem tão graciosa quanto a pequena palmeira-de-manila, muito usa-da em jardins por sua delicadeza. O que lhe dá destaque nos projetos paisagísticos é a exuberância. "Tudo nela é exageradamente grande", diz o botânico Ricardo Reis, especialista em palmeiras. Foram os imensos leques formados por suas folhas que colocaram as palmeiras talipot entre as espécies escolhidas por Burle Marx, que ao plantá-las já tinha mais de 50 anos e sabia que não as veria florir. "Ele comentava que para isso era preciso mais que uma vida", conta o arquiteto Haruyoshi Ono, parceiro do paisagista em seus principais projetos.
Revista Veja, edição 2142 de 09/12/2009.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Maneiras de encarar a vida

Era uma vez uma indústria de calçados que desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, enviou dois de seus consultores a pontos diferentes da Índia para fazer as primeiras observações do potencial daquele mercado.

Depois de alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda."

Sem saber deste fax, alguns dias depois, o segundo consultor enviou a sua comunicação: "Senhores, tripliquem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda."

Aprendizado:
A mesma situação, para um dos consultores era um tremendo obstáculo, e uma fantástica oportunidade para outro.
Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes.

A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase:
"As pessoas tristes acham que o vento geme; as alegres, que ele canta."
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.
A maneira como encaramos a vida faz toda a diferença.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Turma do 8º período de Administração de UNIESSA


Essa é uma galera muito especial para mim, por vários motivos:
a) ao ministrar a disciplina Tópicos Especiais de Marketing, pude constatar o comprometimento de cada um com o aprendizado;
b) muitos desses acadêmicos irão nos deixar no próximo semestre, pois falta apenas uma semana para o término do curso, devo confessar que fica com a gente um misto de alegria, pela conquista deles (conclusão do curso), ao mesmo tempo, um pouco de tristeza por não poder compartilhar com eles o dia-a-dia na Faculdade.
b) alguns continuarão conosco no próximo semestre para conclusão do Trabalho de Curso e cursar algumas disciplinas.
Mas, o mais importante é que muitos deles, os considero, amigos verdadeiros.

Desde já, quero desejar a todos muito sucesso e os agradecimentos por terem acreditado no projeto educacional da Faculdade de Marketing e Negócios - UNIESSA.

sábado, 21 de novembro de 2009

O significado, através de imagens, da palavra fair play.

Leia o texto antes de assistir o vídeo .....

Existem situações na vida que nos fazem acreditar que é sempre possível sermos melhores do que somos !
Temos aqui um bom exemplo:
Durante um jogo de futebol, na Holanda, um jogador da equipe de vermelho - o Ajax - sofreu uma falta e ficou contundido, caído no chão.
Um dos jogadores da equipe adversária - de amarelo - como é hábito, atirou a bola para fora para que o jogador fosse atendido.
Quando ele recuperou-se, o lançamento pertenceu ao Ajax (de vermelho) e, como manda o fair play, um jogador do Ajax tentou devolver a bola para o campo do adversário. Só que o fez de forma desajeitada e, sem querer, acabou por colocar a bola no gol.
Todos, incluindo o jogador que, sem querer, fez o gol, ficaram atrapalhados. Mas o árbitro considerou o gol válido! Como realmente o foi.
A bola voltou ao centro para o jogo ser retomado com aquele injusto resultado.
Foi nesse momento que os jogadores do Ajax, com grande espírito de desportividade, rapidamente tomaram uma posição: ficarem todos imóveis para permitir que os adversários - os de amarelo - fizessem também um gol para repor a justiça ao resultado. E foi isso que aconteceu!!!
É impressionante o sentido de justiça da equipe do Ajax - de vermelho - e o bom entendimento entre todos eles para que nenhum se movimentasse. Eles queriam ganhar, com certeza, mas a vitória teria que ser "limpa" e "justa"!

Aprendizado para ser exercitado por todos: na nossa casa, nas escolas, nas empresas...
Quem sabe, também (não custa sonhar) até para os nossos políticos.
Todos, sem exceção, precisamos nos espelhar nos exemplos de honestidade...
Agora assista o real significado da palavra: fair play

Promoção: Sony te leva ao Japão!

Uma viagem ao Japão de 15 dias, passagem, hotel pago com direito a acompanhante e 2500 dólares para gastar a vontade.
E ainda:
Uma TV LCD Full HD de 69 polegadas, com o decodificador digital incorporado.
Vale a pena tentar!
Para ganhar todos esses prêmios é 'muito simples':
Basta acertar as respostas das seis perguntas a respeito da foto abaixo:

1. Quem está com sono?

2. Quantas mulheres há no grupo?

3. Quem acordou agora?

4. Quais são os dois gêmeos?

5. Quem está com raiva?

6. Quem está alegre?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A fábula do porco espinho


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam maior calor.
Por isso teriam que decidir afastar-se uns dos outros correndo o risco de morrerem congelados.

Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram!!!

Aprendizado:
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.

sábado, 14 de novembro de 2009

Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing e Pessoas da FEF.


Nesse sábado, 14/novembro/2009, tive a alegria e a oportunidade de conhecer a bela Fernandópolis - S. P.
Na Fundação Educacional de Fernandópolis - FEF - ministrei a disciplina Marketing de Serviços para o Curso de Gestão de Pessoas e Marketing.
Meus agradecimentos à Coordenadora do CAP-FEF, Débora Barros pelo convite.
Aos acadêmicos, o meu reconhecimento pela dedicação com que participaram do encontro.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sendo a dos outros.... Tudo bem...


Alguns homens estão em um salão de um clube de golfe, quando o telefone toca e um homem atende, com o viva-voz ligado e começa a falar. Todos no recinto param para escutar a conversa.
Homem: Alô
Mulher: Querido, sou eu. Você está no clube?
Homem: Sim
Mulher: Estou numa loja e encontrei um lindo casaco de couro, custa apenas R$ 1.000,00, posso comprar?
Homem: Claro, se você gostou tanto dele assim, compre.
Mulher: Eu também dei uma paradinha numa concessionária da Mercedes e vi um modelo 2009 que adorei.
Homem: Quanto?
Mulher: R$ 290.000,00..
Homem: Tudo bem, mas por este preço, negocie para vir completo.
Mulher: Fantástico! Ah, só mais uma coisinha… A casa que eu queria no ano passado está à venda novamente. Estão pedindo R$ 950.000,00 por ela.
Homem: Bem, ofereça a eles R$ 900.000,00. Eles provavelmente aceitarão. Se não aceitarem, podemos pagar 50 mil a mais sem problemas. Ainda assim é um ótimo preço.
Mulher: Ok, te vejo à noite! Te amo.
Homem: Tchau, também te amo.
O homem desliga o telefone. Todos à sua volta olham para ele atônito. Ele sorri e pergunta:

- Alguém tem idéia de quem é este telefone?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Palavras parônimas

Denominamos as palavras que são muito parecidas na escrita de parônimas. Deve-se tomar muito cuidado ao escrever essas palavras para não se cometer inadequação. Veja alguns exemplos de palavras parônimas:

arrear = pôr arreios
arriar = abaixar

amoral = indiferente à moral
imoral = contra a moral, libertino, devasso

comprimento = extensão
cumprimento = saudação

conjetura = suposição, hipótese
conjuntura = situação, circunstância

deferir = conceder
diferir = adiar

descrição = representação
discrição = ato de ser discreto

despensa = compartimento
dispensa = desobrigação

despercebido = sem atenção, desatento
desapercebido = desprevenido

discente = relativo a alunos
docente = relativo a professores

discriminar = perceber diferenças, distinguir, discernir
descriminar ou descriminalizar = isentar de culpa, absolver, tornar evidente a ausência de crime ou contravenção

emergir = vir à tona
imergir = mergulhar

emigrante = o que sai
imigrante = o que entra

eminente = nobre, alto, excelente
iminente = prestes a acontecer

infligir = aplicar pena ou castigo
infringir = transgredir, violar, desrespeitar

intemerato = puro, íntegro, incorrupto
intimorato = destemido, valente, corajoso

ratificar = confirmar
retificar = corrigir

soar = produzir som
suar = transpirar

sortir = abastecer
surtir = originar

sustar = suspender
suster = sustentar

vultoso = volumoso
vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face)

Professores x Educadores

Marcas de batom no espelho do banheiro...

Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada no banheiro feminino: todos os dias, uma turma de meninas de 12 anos beijavam o espelho para remover o excesso de batom.
O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia.
Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. A palestra durou uma hora.
No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
No outro dia, o diretor juntou novamente o bando de meninas no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho.
O zelador imediatamente pegou um pano, molhou-o no vaso sanitário e o esfregou no espelho.
A partir desse dia, nunca mais apareceram marcas no espelho!

Moral da história: Há professores e há educadores...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Economia criativa e Sustentabilidade


"Espero um futuro em que a diferença seja vista como uma solução e não como um problema. Se a diferença é vista com a solução e não como problema, a gente vai poder fazer a celebração da diversidade. No meu futuro, o Brasil vai cumprir um papel mundial de ser um grande exportador de tecnologias de celebração da diversidade, mas das diferenças para que a gente passe a ter, cada vez mais consciência de que, com isso, é importante que cada ser humano é único, assim como cada coisa que existe na natureza."

Lala Deheinzelin é exemplo de cultura e desenvolvimento.
A especialista em Economia Criativa e criadora dos movimentos socioculturais Enthusiasmo Cultural e Crie Futuros, Lala Deheinzelin, foi a única brasileira a ser convidada para a exposição “Culturas e Desenvolvimentos”, da Unesco. O evento, que aconteceu em outubro, na França, exibiu exemplos de trabalhos socioculturais idealizados por artistas de vários lugares do mundo.

A crescente importância do intangível traz um novo desafio para as empresas: a avaliação e seu papel nas organizações. Vivemos um momento em que há um novo motor da economia. Passamos por fases onde este motor foi sucessivamente a matéria prima, depois o produto, em seguida os serviços e agora é a vez da “Economia da Experiência”: a experiência é o ‘bem’ que tende a ser mais desejado, especialmente se forem experiências transformadoras.

Os setores diretamente ligados à economia da experiência, como turismo e entretenimento, crescem a taxas seis vezes maiores que os outros. Vivências diferenciadas e valores simbólicos agregados aumentam a percepção de valor e fazem com que o intangível (como uma marca, ou o trabalho criativo) valha mais do que o tangível (como uma fábrica, ou o trabalho braçal).

A crescente importância do intangível traz um novo desafio para as empresas: a avaliação de intangíveis e seu papel dentro das organizações. Gestão de conhecimento, rede de relações, reputação, governança, inovação, design, parcerias tecnológicas e comerciais, criatividade. Tudo isso vale, e muito. O BNDES, por exemplo, tem se dedicado a desenvolver métodos para mensurar esse valor e que também possam embasar o financiamento às atividades criativas.

Neste momento de transição do tangível para o intangível, concreto para o simbólico, também as relações de negócios se transformam. Temos um cenário onde produtos e serviços são cada vez mais semelhantes e o diferencial que pode garantir tanto o desenvolvimento quanto a sobrevivência empresarial será cada vez mais cultural, simbólico, baseado em relações e no tipo de experiência que o produto ou serviço oferece.

Um grande desafio empresarial no momento é conseguir ser visto (num mar de informações) e escolhido (num mar de ofertas e oportunidades diversas). Hoje, o consumidor escolhe aquilo que lhe proporciona uma experiência mais interessante, desperta sua simpatia, gera um sentimento de confiança, identificação.

A escolha de uma empresa ou marca, está ligada à sua cultura e relação com a comunidade, assim como aos valores culturais agregados ao negócio ou servindo como base para inovação de produtos, serviços e processos. É o que faz com que se pague dez reais por um sabonete Natura (e existem sabonetes de R$ 0,90).

Uma Ferrari tem um preço diferenciado, mas como todos os outros carros têm apenas 4 rodas e uma direção. Qual a sua diferença? A sua marca é um ícone. Evidentemente, com muita qualidade e tecnologia dando credibilidade a toda essa magia. Nestes e em outros casos, o design é um diferencial competitivo capaz de reinventar o negócio.

Nas últimas três edições do São Paulo Fashion Week, temos realizado ‘Encontros de Economia Criativa’ com lideranças empresariais, governamentais, criativas e do setor financeiro, para discutir o potencial que ela oferece e as estratégias para concretizá-los. Setores considerados tradicionais, revitalizados pela Economia Criativa, tem nos ativos intangíveis uma nova forma de competitividade, inovando através de design, processos, materiais, tornado-se setores dinâmicos, capazes de exportar, atrair investimentos, gerar empregos, e sobretudo sobreviver à violência da atual concorrência internacional.

Outro vetor que tem grande influência no futuro do setor é a transição de uma economia de “hits” – alguns poucos produtos, massificados e que vendem muito – para o que tem sido chamado de economia do nicho (ou da “Cauda Longa”): diversos, pequenos, segmentados. Nichos que individualmente vendem pouco, mas somados representam uma fatia atraente e promissora.

Como atender todas estas tendências e saber aproveitar as oportunidades que oferecem? A Economia Criativa nos oferece instrumentos para transformar nossa criatividade (potencial) em inovação (realidade).

O grande diferencial da Economia Criativa é que ela promove desenvolvimento sustentável e humano e não mero crescimento econômico. Quando trabalhamos com criatividade e cultura, atuamos simultaneamente em quatro dimensões: econômica (em geral, a única percebida), social, simbólica e ambiental.

Eis porque a economia criativa é estratégica não apenas para os negócios criativos, mas para todos aqueles que ganham competitividade através do que chamamos “culturalização dos negócios”: valor agregado a partir de elementos intangíveis e culturais para o crescimento do negócios de forma sustentável.


Acadêmicos e professores da Faculdade de Marketing e Negócios - UNIESSA, participaram, dia 04/novembro/2009, da palestra da Lala Deheinzelin, com o atualíssimo tema: Economia criativa e Sustentabilidade, no Forum de Líderes promovido pela FIEMG - Regional Vale do Paranaíba, no Salão Ulisses Finotti, do Praia Club, em Uberlândia M.G.
Na foto abaixo, eu(Alírio Nogueira), Lala Deheinzelin e a prof. Ma. Ângela Mello.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O que você esta fazendo hoje?

Já dizia Confúcio: "Gente Grande discute idéias, Gente Medíocre discute comportamento". Confúcio foi um filósofo chinês que viveu há dois mil e quinhentos anos atrás, ele foi o primeiro cara a andar por esse planeta e dizer coisas do tipo "Trate os outros como você gostaria de ser tratado", "Ame ao próximo como a si mesmo", "Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha", "Ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia" e "Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina".

Confúcio foi um cara prático, voltado para resultados; ele queria a evolução das pessoas, do mundo, da sociedade. Ele não foi um cara político, de meias palavras, ou com desejo de agradar a todos ou passar a mão na cabeça dos medíocres. Ele veio, disse, e caiu fora; para o bom entendedor, meia palavra basta.

Perde-se um tempo incrível dentro das empresas com jogos empresariais e motivacionais para despertar a estrelinha brilhante que existe dentro de todo "colaborador" (Argh!!! quanta besteira!) , e investe-se, digamos, zero de tempo para simplesmente clarear o que cada um tem que fazer , e quem faz exatamente o quê.

A melhor coisa que você pode fazer pelas pessoas que trabalham com você, para você, por você, contra você, é perguntar a elas TODOS OS DIAS: "O que você está fazendo hoje?" Pessoas com autoridade, deveriam fazer essa pergunta TODOS OS DIAS para os seus comandados. Pessoas sem autoridade, deveriam fazer essa pergunta todos os dias para os seus comandantes. De fato, toda essa turma deveria quebrar a cabeça para pensar em criar e utilizar algum tipo de software que liga TODAS as atividades que essas pessoas desempenham. NADA que não esteja dentro de um sistema que interliga as pessoas deveria ser feito.

Hoje, toda uma nova safra de softwares para estimular a colaboração real entre as pessoas está a caminho. O GoogleWave da Google é um exemplo. As novas versões dos softwares da Microsoft é outro exemplo. O Twitter - a maior febre da internet na atualidade -, milhões de novos usuários todos os dias, é outro bom exemplo. O Twitter nasceu da simples idéia de ajudar as pessoas a compreender o que o colega ao lado está fazendo em um determinado momento.

"O que você está fazendo hoje?" é a mais importante de todas as perguntas sobre produtividade, colaboração, progresso, proatividade e afins que você poderia fazer a uma pessoa para ajudá-la a permanecer nos trilhos do progresso. "O que você está fazendo hoje?" é a mais importante de todas as perguntas.

E infelizmente, a menos utilizada. A grande maioria das pessoas tem medo de questionar o trabalho do colega ao lado. Tem medo de colocar o dedo na ferida, tem medo de descobrir que o cara ao lado não passa de um grande enrolão, e desmascarar o preguiçoso.

Na época dos nossos pais, os seus colegas sabiam o que eles estavam fazendo porque havia pouca coisa para fazer. As atividades não eram especializadas, o cara que apertava porca e parafuso na indústria A poderia muito bem apertar porca e parafuso na indústria B. Os métodos eram poucos, simplórios, e utilizados igualmente em todos os lugares. O conhecimento para plantar Aipim na Bahia era o mesmo utilizado em São Paulo para plantar Mandioca. E a vida caminhava de Sol a Sol.

Hoje, as coisas são completamente diferentes. Se um grupo de cinco pessoas que trabalham juntas não tiver um plano de execução absolutamente cristalino sobre as atividades que cada um tem que fazer nos próximos dias para chegar em algum lugar, a coisa simplesmente não caminha para lugar algum, e no final do dia não é tão produtiva quanto poderia ser. Individualmente, os caras batem cabeça, batem pino, não conseguem se organizar, planejar, chegar em algum lugar realmente bacana. Ou, na pior das hipóteses, cada um se organiza de um jeito, a sua maneira, sem qualquer ligação com o resto da turma. Funcionar não basta, realmente não basta, você, eu e todos nós precisamos levar muito a sério a idéia da colaboração.

Mas a questão é: colaborar com o quê?

Bom, em primeiro lugar alguém precisa aterrissar o avião!

Hoje podemos observar, milhares de pessoas trabalhando diariamente na construção de sofisticados condomínios. Piscinas, bosques, quadras de tênis, lan houses, salões de festa e tudo do bom e do melhor está sendo construído por pessoas que não tem o segundo grau completo. Toda sexta-feira, há alguns meses, mil e novecentas pessoas terminam um pavimento inteiro em todos os edifícios, rumo a um objetivo comum, sem, imagino, a necessidade de criar programas de incentivo, motivação, realizar reuniões de staff para fazer a turma trabalhar, discutir comportamentos sobre o que tem que ser feito.

Por que, em nome de todos os deuses, nós precisamos utilizar toda uma panacéa motivacional para fazer milhões de trabalhadores com nível superior ou acima, muito bem acomodados em seus escritórios almofadados, protegidos do sol, da chuva e do vento, a atingir um determinado resultado enquanto uma galera com uma formação infinitamente menor faz e acontece?

Por quê?

Porque o resultado que os caras têm que atingir não é claro. Porque a maneira de construir o prédio não é claro. Porque a maneira de manusear as ferramentas para a construção do prédio não é clara. Porque um grupo X de pedreiros não sabe o que o grupo Y de gesseiros está fazendo na sala fechada do outro lado do escritório. Porque pessoas são contratadas pelo seu comportamento, aparência, escola que estudou, amigos que tem, ao invés de contratar as pessoas pelo conhecimento que possuem nesse exato momento para realizar uma tarefa necessária para o grupo evoluir. Porque quem já está no barco não tem vontade ou boa vontade para sentar durante algumas horas e discutir com profundidade o que cada um deve fazer, ou deixar de fazer, para juntos, como um grupo, chegar a algum lugar concreto. Porque, uma vez iniciada a construção, ninguém tem energia o suficiente para perguntar: "O que você está fazendo hoje?".

Um novo mundo do trabalho vai se abrir se você cutucar as feridas e questionar o trabalho que supostamente está sendo feito pelas pessoas. Você vai descobrir que não precisamos de todos, todos os dias, sentados nos mesmos lugares, tomando conta dos seus territórios. Você vai descobrir que os territórios se governam sozinhos, e a grande maioria dos problemas se resolvem sozinhos.

Já dizia Peter Drucker, o Confúcio dos tempos modernos, "Uma organização já não se constrói na base da força, mas da confiança. A existência de confiança entre as pessoas não significa necessariamente que uma goste da outra. Significa apenas que uma entenda a outra. Assumir a responsabilidade por relacionamentos é, portanto, uma necessidade absoluta. É um dever. Seja a pessoa um membro da organização, um consultor, um fornecedor ou um distribuidor, ela deve tal responsabilidade a todos os colegas de trabalho"

As empresas, do mesmo jeito que os projetos de construção civil com seus milhares de pedreiros e gesseiros, deveriam ser construidas para se desmantelar assim que um objetivo fosse atingido. A grande verdade é: as pessoas e as qualificações necessárias para lançar um produto são diferentes das pessoas e qualificações necessárias para manter o produto no mercado, e são diferentes das pessoas e qualificações necessárias para tirar o produto do mercado.

Por mais aterrorizante que um cenário de desconstrução de equipes, mexida de cadeiras, e questionamento diário sobre "O que você está fazendo hoje?" possa parecer para você, é exatamente esse tipo de cenário que o mundo precisa para criar trabalho e oportunidades para milhões de pessoas que estão a mercê de uma sociedade comandada por pessoas que não tem a mínima idéia de onde querem chegar.

Vamos parar com a enrolação. Vamos discutir exatamente o que cada um tem que fazer. O quê eu faço, o quê você faz, o quê ele faz, o quê nós fazemos, e ponto. A empresa começa aí, e termina quando a tarefa estiver terminada; e você, termina junto.

Ricardo Jordão Magalhães
www.bizrevolution.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Resiliência: O Comportamento dos Vencedores!


O iatista Lars Grael, o modelo Ranimiro Lotufo, o músico Ray Charles, o jogador Ronaldo “o fenômeno”, e tantos outros exemplos, relacionam situações diferentes de vida; mas, entretanto, unificam uma capacidade imprescindível para aqueles que, acima de tudo, buscam, na mudança, um processo de desenvolvimento e renovação.
Sabiamente, Carlos Drumond de Andrade, escreveu: “A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”. Pois, sua lucidez poética já reverenciava uma das maiores capacidades humanas, atualmente muito discutida e valorizada, tanto na esfera pessoal quanto na corporativa: a Resiliência. Este termo provém das Ciências Exatas, especificamente, da Física; onde se define que Resiliência é a capacidade que um elemento tem em retornar ao seu estado inicial, após sofrer uma influência externa. Por mais que ele seja pressionado, o mesmo retorna ao seu estado original sem deformação. Segundo dicionário Aurélio, “é a propriedade de pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal de formação elástica”.
“ È A ARTE DE TRANSFORMAR TODA ENERGIA DE UM PROBLEMA EM UMA SOLUÇÃO CRIATIVA” GRAPEIA/2004.
Saímos da Ciência Lógica e entramos na humana definição de Resiliência. Dentro da Neuropsiquiatria, estudos têm demonstrado que nosso cérebro tem a capacidade de se moldar diante dos acontecimentos vivenciados em nosso dia-a-dia, sendo que o ambiente em que estamos inseridos tem grande papel transformador. Nesse sentido, nossa capacidade de renovação é completa. E não podia ser diferente com nossos pensamentos, atitudes e formas de assimilação para determinados acontecimentos. Na verdade, a maior certeza que temos é que o ser humano é único e diferente. Logo, há diferenças comportamentais em cada indivíduo. Certas pessoas tornam-se resignadas e acabam aceitando, passivamente, os dissabores da vida. Essa resignação compromete a ação de lutar contra o que ocorre, e a renúncia gera a acomodação frente a cada situação diferente e nova. Costuma-se dizer que tais pessoas sofrem da "Síndrome da Gabriela": "eu nasci assim, eu cresci assim, sempre fui assim. Gabriela... Sempre Gabriela...".
Outras são, totalmente, reativas. O ambiente é que comanda sua satisfação pela vida. Suas reações são reclamar e praguejar, sendo que nem ao menos tomam alguma atitude efetiva para a mudança. A revolta é uma das principais características de comportamento. Mas, há aquelas que além de confrontarem as situações, enfrentam as tensões com desenvoltura, fazendo de cada experiência um aprendizado positivo. Ao invés de focarem no problema, focam na solução. Ou seja, desenvolveram ao longo da vida, um comportamento resiliente.
Não é por casualidade que a palavra "desenvolveram" foi adicionada na frase acima. Todos nós podemos ser resilientes. A Resiliência não é um traço de caráter hereditário que possuímos ou deixamos de possuir. Trata-se de uma conquista pessoal. Não é à toa que a superação e o crescimento humano são potencializados em momentos de dificuldade! O ser humano precisa enfrentar desafios para testar seus próprios limites. Quantos de nós já não vivenciamos situações de total dificuldade e quando pensávamos que não haveria mais saída, tempo ou solução, acabamos reabastecendo-nos de mais energia ainda?
Para responder tal questionamento, destaco duas variáveis fundamentais para o fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança. A primeira vem através do tempo. Esta nos ensina que nosso processo evolutivo é construído diariamente; pois, o problema não está em nossa realidade, mas na forma como a interpretamos. Sabemos que não somos senhores do tempo, nem podemos evitar todas as situações desagradáveis; mas, a maneira como reagimos a elas é que definirá o nosso sucesso. Quanto à autoconfiança, essa é a maior característica do comportamento resiliente. A superação só acontece porque, antes de tudo, acreditamos em nosso potencial regenerativo, em nossa capacidade de crer e agir em prol do positivo.
Outra análise que pode ser feita, é que a baixa Resiliência tem legitimado a não permanência de muitos profissionais no mercado corporativo, pois nunca, em momento algum, fomos tão cobrados pela nossa capacidade de flexibilização diante das dificuldades. O indivíduo que não consegue gerenciar e reverter uma situação adversa, precisa mudar o foco, ajustar as velas, "resignificar" o seu modo de vida, para que tais obstáculos e acontecimentos diários sirvam como promoção de seu desenvolvimento pessoal e profissional.
A música ‘Volta por cima’, de Paulo Vanzolini, tem muito a nos ensinar sobre Resiliência. O seu refrão diz: "...Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". E esse foi o comportamento de um dos nossos maiores atletas brasileiros... Em setembro de 1998, o bicampeão em iatismo, Lars Schmidt Grael, teve sua perna direita amputada, devido a um acidente que interrompeu sua vitoriosa carreira esportista. Ao ser entrevistado e questionado sobre qual seria sido a lição aprendida desse episódio, Lars Grael concluiu: " O erro das pessoas, em geral, é se voltar para trás. Comparar o presente com o que tinham antes. Se eu fosse comparar minha vida anterior com a vida que levo hoje, com certeza teria entrado em depressão. Mas não adianta ficar olhando para trás. Temos que lidar com o "aqui e agora". Poderia ter sido pior, e tenho a obrigação de me sentir no lucro".

Karine Bighelini
Palestrante, Gestora de Treinamentos e Consultora em Comunicação e Gestão Empresarial. Autora de artigos em periódicos e sites especializados de Gestão e Comunicação. Vasta experiência na metodologia de Aprendizagem Vivencial. Sócia-diretora da Sharing Consultores Associados , sendo idealizadora e responsável pelo PARE – Projeto de Acessibilidade e Responsabilidade Empresarial.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Worklovers X Workaholics


Manter uma relação sadia com o trabalho é essencial para se viver feliz.
Bastante dedicados ao trabalho. Essa característica é apresentada tanto por worklovers quanto por workaholics. Há, no entanto, diferenças profundas entre esses dois perfis de funcionários.
O primeiro gosta do que faz e se envolve com aquilo que está fazendo. "Essa dedicação de horas ao trabalho não se traduz em vício nem traz prejuízos à sua vida pessoal", explica o psicólogo Wanderley Codo, do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília. O worklover tem vida própria, ou seja, namora, pratica esportes, convive com a família, viaja, faz programas sociais nos fins de semana etc.
Já o workaholic mantém uma relação negativa com o trabalho. "É o indivíduo que foge da realidade de sua vida por meio do trabalho. E isso acontece em qualquer tipo de vício, como o da bebida", explica Codo. Em geral, esse indivíduo não se desliga do trabalho fora da empresa, vive estressado, tem problemas de saúde, não encontra satisfação na sua vida social, afetiva e familiar.
Ao invés de tentar resolver essas questões, ele "mergulha" no trabalho, um território conhecido, onde não encontra tais dificuldades. Para explicar essa relação, Codo faz uma analogia com a comida: "Comer dá muito prazer se a pessoa tiver uma bela refeição, mas há outros indivíduos que não param de comer".
Trabalhar com o que se gosta, num ambiente agradável, e equilibrar vida pessoal e profissional são fatores decisivos para termos uma relação sadia com o trabalho, e por que não, nos tornarmos worklovers.
Algumas diferenças:
Worklover
É apaixonado pelo trabalho.
Está geralmente satisfeito com o trabalho e sabe lidar melhor com as dificuldades que aparecem.
Se o trabalho vai mal, busca ajuda e soluções para os problemas.
Trabalha muitas horas por dia sem perceber o tempo passar, mas a satisfação se estende à vida pessoal. Tem equilíbrio.
Se está sobrecarregado, encontra maneiras de priorizar tarefas e abrir espaço na agenda para a vida pessoal.
Sofre menos de stress, garantindo saúde mental e física por mais tempo.

Workaholic
É viciado em trabalho.
É motivado por natureza, mas não necessariamente está satisfeito com o trabalho.
Se a vida profissional vai mal, sofre e descuida da saúde.
Trabalha muitas horas por dia e abandona a vida pessoal. Piora a situação porque foge dos problemas privados “internando-se” mais horas na empresa.
Se está sobrecarregado, tem dificuldades em priorizar tarefas e em abrir espaço na agenda para a vida pessoal.
Apresenta mais stress e tem mais chances de sofrer doenças cardiovasculares.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Leitura de livros do Kindle no PC


A Amazon.com anunciou nessa quinta (22/10/2009) o lançamento do “Kindle for PC”,aplicativo gratuito que permitirá a leitura em computadores pessoais, dos livros digitais. A Kindle Store tem hoje mais de 360 mil títulos disponíveis por preços em torno de 10 dólares cada.
A primeira demonstração do Kindle PC foi feita hoje durante o evento de lançamento do Windows 7, em Nova York. O software da Amazon utiliza algumas das novas funções do recém-lançado sistema operacional Microsoft, como o “Windows Touch”, que permite o uso de telas sensíveis ao toque. Além disso a tecnologia Whipersync faz com que o software saiba o ponto em que você parou de ler o livro, mesmo que mude do PC para o Kindle ou o iPhone.

Absolutamente espetacular

Assistam!!!

Isto é que é ter uma mentalidade profundamente jovem.
Essa "senhorinha", exímia dançarina, tem apenas 84 anos.
Que sirva de inspiração para todos nós.
Você estava reclamando de quê?
Por favor, vá aprender dançar salsa!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Planeta Terra - Com apenas 100 habitantes

Se pudéssemos reduzir a população da Terra a uma pequena aldeia de exatamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, seria algo assim:

Haveria: 57 asiáticos, 21 europeus, 14 pessoas do hemisfério oeste (tanto norte como sul) e 8 africanos.
52 seriam mulheres, 48 homens.
70 não seriam brancos, 30 seriam brancos.
70 não cristãos, 30 cristãos.
89 heterossexuais, 11 homossexuais confessos.
6 pessoas possuiriam 59% da riqueza de toda a aldeia e os 6 (sim, 6 de 6) seriam norte americanos.
Das 100 pessoas, 80 viveriam em condições subumanas.
70 não saberiam ler, 50 sofreriam de desnutrição, 1 pessoa estaria a ponto de morrer, 1 bebê estaria prestes a nascer. Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária.
Nessa aldeia haveria 1 só pessoa que possuiria um computador, uma pessoa ganhadora do Prêmio Nobel, que seria judeu.

Ao analisar o nosso mundo desta perspectiva tão reduzida, é quando se faz mais premente a necessidade de aceitação, entendimento e educação.

Agora pense... Se você se levantou esta manhã gozando de boa saúde, então tem mais sorte que os milhões de pessoas que não sobreviverão esta semana.
Se nunca experimentou os perigos da guerra, a solidão de estar preso, a agonia de ser torturado, ou a aflição da fome, então está melhor do que 500 milhões de pessoas. Se pode ir à sua igreja sem medo de ser humilhado, preso, torturado ou morto. Então é mais afortunado que 3 milhões de pessoas no mundo.

Se tens comida, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça e um lugar onde dormir, então é mais afortunado que 75% da população mundial. Se guardas dinheiro no banco, na carteira e tem algumas moedas num cofrezinho, já está entre os 8% mais ricos deste mundo. Se os seus pais ainda estão vivos e juntos. Então é uma pessoa MUITO rara.

Se por acaso leu essa mensagem, tem mais sorte que mais de 2 bilhões de pessoas neste mundo que não sabem, sequer, ler.

Dia do EDUCADOR

imagens para octopop




"A educação não é uma mero direito ou obrigação. Acredito que num sentido mais amplo, a educação é a missão de cada pessoa.
Despertar essa consciência em toda sociedade deve ser a prioridade máxima em todos os nossos empreendimentos".
Daisaku Ikeda (Proposta educacional: algumas considerações sobre a educação no século XXI, p.45).

Temos nas mãos uma tarefa importante: transformar pessoas em verdadeiros cidadãos.

Temos nas mãos um chamado, um dom: amar, ensinar, aprender.

Temos nas mãos um presente de Deus: sermos EDUCADORES!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Responda se for capaz!

1. Como se escreve zero em algarismos romanos?

2. Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?

3. Por que os filmes de batalhas espaciais têm explosões tão barulhentas, se o som não se propaga no vácuo?

4. Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha?

5. Como é que a gente sabe que a carne de chester é de chester se nunca ninguém viu um chester? (você já viu um?).

6. Por que quando aparece no computador a frase 'teclado não instalado', o fabricante pede para apertar qualquer tecla?

7. Por que a palavra 'grande' é menor do que a palavra ‘pequeno'?

8. Por que 'separado' se escreve tudo junto e 'tudo junto' se escreve separado?

9. Se o vinho é líquido, como pode existir vinho seco?

10. Por que quando a gente liga para um número errado nunca dá ocupado?

11. Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca?

12. O Instituto que emite os certificados de qualidade ISO 9002, tem qualidade certificada por quem?

13. Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas eram, para poder acertá-lo?

14. Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola?

15. Como foi que a placa 'É proibido pisar na grama' foi colocada lá?

16. Por que quando alguém nos pede que ajudemos a procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: 'Onde foi que você perdeu?'

17. Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?


Obs.: Caso você tenha a resposta para qualquer uma dessas questões envie para:
einsteinquesecuide@soudemais.com.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Resenha do livro: A Cauda Longa


Resumindo em um parágrafo a sacada que teve o autor Chris Anderson ao criar o conceito/artigo/livro: A Cauda Longa (The Long Tail), Editora Campus (240 páginas): com a popularização das ferramentas de produção e consumo advindas do avanço tecnológico, o mercado de nichos (ou seja, a soma da venda de todos os produtos que não são os mais procurados) tornou-se maior do que o mercado de massa (os produtos que frequentemente ocupam as listas dos 10 mais e preenchem os espaços nas prateleiras dos varejistas).
Sabe aquele livro obscuro, ausente de todas as bibliotecas, que você finalmente encontrou em livrarias virtuais? E aquela música de um disco em vinil que nunca foi lançado no formato de CD, que você achou em sites de download? O filme raro que você não viu em nenhum festival, que nunca caberia na prateleira da sua locadora, mas que um fã da Suécia colocou na rede?
Bem-vindo à Economia da Cauda Longa!
Como é editor da revista Wired, Chris Anderson foca muito no mercado de cultura para dar seus exemplos. Ele repete ad infinitum como lojas virtuais conseguem manter um estoque imenso de músicas enquanto um supermercado possui um espaço limitado e tem que disponibilizar somente os CDs que possuem alta vendagem.
De fato, o insight da criação do conceito da Cauda Longa veio quando o autor descobriu que, em determinada loja virtual de música, com um estoque de milhares de arquivos, o índice de vendas de pelo menos uma delas a cada trimestre era de impressionantes 98%. Ou seja, 98% das músicas foram vendidas ao menos uma vez em cada três meses.

As três forças da Cauda Longa:
1ª Democratização das ferramentas de produção
“O poder do PC significa que as fileiras de produtores – indivíduos que hoje são capazes de fazer o que poucos anos atrás era feito apenas por profissionais – aumentaram em milhares de vezes”. Os amadores e profissionais estão competindo de igual para igual. Maior oferta de bens, o que alonga a cauda.
2ª Redução dos custos de consumo pela democratização da distribuição.
A Internet torna mais barato alcançar mais pessoas, aumentando efetivamente a liquidez do mercado na cauda, o que, por sua vez, se traduz em mais consumo, elevando efetivamente o nível da linha de vendas e ampliando a área sobre a curva. Maior acesso aos nichos, o que torna a cauda cada vez mais horizontal.
3ª Ligação entre a oferta e demanda (filtros).
Ela apresenta os consumidores a estes novos bens. Entre as principais recomendações podemos citar o Google, os blogs e a Rhapsody. O resultado de tudo isso para os clientes é reduzir os “custos de busca” para encontrar o conteúdo dos nichos. Deslocamento dos negócios dos hits para os nichos.

A Cauda Longa do E-Commerce
A Amazon.com começou através de uma simples livraria e na última década ampliou para outras áreas e para as vendas de terceiros (alguns estimam que aproximadamente 25% da receita provenham de terceiros). Tanto os varejistas quanto os vendedores individuais utilizam a Amazon.com para vender seus produtos (grandes varejistas como Nordstrom, Land's End e Target usam a Amazon.com para vender seus produtos além de vendê-los em seus próprios sites). A Amazon basicamente aluga o espaço para estes varejistas, que usam a Amazon.com como um ponto de venda adicional na Internet. Faturamento: US$ 10.7 bilhões (2006) • Lucro: US$ 190 milhões (2006) • Valor de mercado: US$ 16.1 bilhões (2007) • Valor da marca: US$ 5.41 bilhões (2007) • Presença global: + 160 países • Sites internacionais: 7 • Funcionários: 13.900 • Clientes: 50 milhões • Acessos: 32º site mais visitado da Internet.

A Cauda Longa da Indústria de Notícias
Atualmente, a circulação dos jornais e a audiência de rádio e TV vêm caindo. E o crescimento e popularidade dos Blogs vêm aumentando em proporção ainda mais alta.
No ranking dos 90 sites de notícias mais acessados da Internet americana, os Blogs já contam com 11 representantes.
O blog Engadget tem mais audiência na Internet que a CBS News. Isto reflete a imensa força deste novo veículo de comunicação de nicho.

Os dez maiores Blogs do Brasil
1. Interney 2. Blog do Noblat 3. Br-Linux 4. BlueBus 5. Kibe Loco 6. Jacaré Banguela 7. Josias de Sousa 8. Sedentário & Hiperativo 9. Contraditorium 10.Cocadaboa.
“Os Blogs são consequência da democratização das ferramentas: o advento de softwares e de serviços simples e baratos que facilitam a tal ponto a editoração online que ela se torna acessível para todos”.

A Cauda Longa da Informação
A Wikipédia é uma enciclopédia multilíngue online livre, colaborativa, ou seja, escrita internacionalmente por várias pessoas comuns de diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias. A Wikipedia oferece mais 860 mil artigos em inglês em comparação com 80 mil da Britannica e com os 4.500 da Encarta, elaborados por mais de 16 mil colaboradores. Total de artigos da Wikipedia: mais de 3,5 milhões.

A Cauda Longa da Publicidade
O maior representante da Cauda Longa da publicidade. Passou a atender uma grande quantidade de nichos que não eram atendidos pelas formas tradicionais de venda de propaganda, baseadas em grandes anunciantes, grandes veículos e grandes agências. Pequenas e até micro-empresas sem verba alguma para a mídia, podem comprar palavras por meio de leilão no Google e atingir milhões de pessoas que nunca os encontraria de outra maneira. As receitas do Google já ultrapassaram US$ 5 bi/ano.

Regras para o sucesso no mundo da Cauda Longa
Pontos importantes: Disponibilizar tudo! Ajudar-me a encontrá-lo!
Regra 1. Movimente os estoques para dentro...ou para fora.
Regra 2. Deixe os clientes fazerem o seu trabalho.
Regra 3. Um método de distribuição não é adequado a todas as situações.
Regra 4. Um produto não atende a todas as necessidades.
Regra 5. Um preço não serve para todos.
Regra 6. Compartilhe informações – Transparência.
Regra 7. Pense “e”, não “ou”.
Regra 8. Ao fazer o seu trabalho, confie no mercado.
Regra 9. Compreenda o poder da gratuidade.

Origem do nome
Para quem ficou curioso, o nome do livro não foi de modo algum, inspirado nos dotes da atriz Juliana Paes.
Cauda longa é um termo usado em estatística para identificar distribuições de dados onde o volume de dados decresce ao longo do tempo, durante um período longo. É desse gráfico que surgiu o nome.
Maiores explicações podem ser encontradas no artigo que originou o livro, na revista Wired. O artigo é bem completo e o livro serve como complemento a ele, esmiuçando melhor e mostrando a grande oportunidade de negócios que a Internet proporciona a todos nós.

Saiba mais
http://www.wired.com/ • http://thelongtail.com/
http://www.wired.com/wired/archive/12.10/tail.html
http://www.youtube.com/watch?v=JMRF_ZXms9E

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Origem do dia do Professor


Foto de Salomão Becker
Em 15 de outubro de 1827 (no dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial no sentido de que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Surgiu apenas em 1947, exatamente 120 anos após o referido decreto, a primeira comemoração de um dia todo dedicado ao Professor. Foi em São Paulo, em uma pequena escola, no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de se organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também para análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro - data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Era na Escola Normal Oficial de Piracicaba (atual Instituto de Educação Sud Menucci), onde tinha ele estudado e por onde se formavam professores para o Ensino Básico. O diretor, Onofre Penteado, gostou da iniciativa. A festa foi um sucesso. No ano seguinte, o jornal “A Gazeta” fez a cobertura do acontecimento, que já contava com a adesão de um colégio vizinho: o Pais Leme, que ficava na esquina da Rua Augusta com a Av. Paulista. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

Resenha do Livro: Cirque du Soleil: A Reinvenção do Espetáculo


Lyn Heward é ex-presidente de conteúdo do Cirque du Soleil, que encanta platéias de todo o mundo há mais de vinte anos. No livro: Cirque du Soleil: A Reinvenção do Espetáculo, de Lyn Heward e Jonh U. Bancon,Editora Campus / Elsevier - 2006 ( 132 páginas), ele mergulha nesse universo repleto de magia, criatividade e inovação do Cirque para contar a história de Frank Castle, um agente esportivo que, cansado da monotonia de seu trabalho e buscando novos desafios em sua vida, descobre no Cirque um lugar mágico, onde ele pode exercitar toda a sua criatividade.
Através dessa viagem, Lyn e o escritor Jonh U. Bancon mostram o processo de criação e os bastidores do Cirque du Soleil, além de contar histórias de alguns dos profissionais que fazem parte deste império de entretenimento.
O livro, porém, vai mais longe ao provar que todos podemos ser criativos e que não existe receita certa para isso. No desenrolar da história, os personagens enumeram a diversidade de fatores que despertam a criatividade de cada um. Cirque du Soleil -A Reinvenção do Espetáculo, nos mostra como o processo criativo pode estar presente em tudo o que fizermos.
O Cirque du Soleil revolucionou a arte dos picadeiros, por isso é hoje um dos estudos de caso mais interessantes e discutidos no mundo, foco de pesquisas inclusive da Harvard Business School, por principalmente surpreender o espectador em todo o processo de seus espetáculos exuberantes. Na tenda principal não há serragens, mas piso de madeira; não há arquibancada de ripas, mas cadeiras de plástico; não há picadeiro, mas tablado que lembra uma semi-arena de teatro; não há trailer, mas contêiners.
Abandonou a estrutura convencional dos circos, tirando os animais de cena (eliminando assim uma das maiores despesas de um circo e também a mais controversa), mudou o foco para o público adulto (o que antes era uma diversão para crianças, se tornou uma paixão para os adultos) e baseou seus espetáculos na linguagem corporal, na sofisticação intelectual do teatro e do balé e na utilização de tecnologia. Ao fazer isso, o Cirque reinventou o modelo de preços das entradas, trabalhando o valor das mesmas.
Além disso, possui uma estrutura profissional e empresarial muito eficiente (um negócio que se transformou em uma grande corporação). Para se ter uma idéia, conta com engenheiros e calculistas que chegam ao exagero de conseguir uma inclinação de 1% no asfalto para melhorar a visão do palco. Trabalha com plano de carreira para artistas recrutados em dezenas de países. E estabelece parcerias com mega-empresas como a MGM Hotels e a Disney, para o financiamento de seus grandes espetáculos.
Com Cirque de Soleil o que mais se aprende é saber trabalhar bem em equipe, principalmente em um ambiente onde se lida com variáveis aparentemente antagônicas como: arte, estratégia, criatividade, disciplina e diversidade. Mesmo com a grande diversidade de pessoas mostra que é possível, através de uma perfeita sincronia, atingir seus objetivos e superar os desafios do dia-a-dia. Lá todos os artistas são atores principais em seus números, mas atuam como coadjuvantes importantes nos números dos colegas.
E duas grandes lições sobre a empregabilidade que se pode tirar da performance dos artistas deste grande circo são que: todo profissional deve encontrar uma razão do seu trabalho existir, pois só assim sentirá orgulho do que faz... e é preciso sempre ter comprometimento em reinventar a si mesmo sem ter medo de quebrar o pescoço, pois a inovação é o que mais encanta o seu público.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Game da Reforma Ortográfica

O game é muito interessante, vale a pena conferir!

Tenho certeza que vocês irão "tirar de letra".

Basta acessar o endereço abaixo:

http://www.fmu.br/game/home.asp

Sucesso na carreira

Complexo, veloz e imprevisível. Essas são somente algumas das características do mundo dos negócios, que exige cada vez mais dos colaboradores equilíbrio físico e mental, de acordo com Gutemberg B. de Macedo, presidente da Gutemberg Consultores.

Por isso, o profissional deve ser responsável, ter atitude, não deixar a própria carreira depender de outros profissionais, estar sempre atento aos acontecimentos à sua volta e traçar o próprio destino... Assim, será um profissional classe A.

"Antigamente, eram as empresas que decidiam quais as atividades seriam destinadas para cada tipo de profissional. Hoje, é o profissional que cria seu próprio destino, ele é responsável por si só", disse Macedo.

As 14 dicas para se tornar um profissional de sucesso
Para conseguir guiar seu destino com sucesso, o profissional deve seguir as dicas abaixo, de acordo com o consultor:
1. Criar seu próprio destino
2. Ser singular;
3. Não desistir de suas ideias;
4. Não deixar para amanhã o que pode fazer hoje;
5. Não sacrificar a vida pessoal pela profissional;
6. Fazer avaliações periódicas no âmbito pessoal, familiar e profissional;
7. Ser intolerante diante da complacência e de um trabalho inferior;
8. Buscar e formar alianças estratégicas;
9. Prestar atenção aos detalhes, mas se manter atento ao todo;
10. Demandar a excelência em tudo o que empreender;
11. Focar nos pontos fortes das pessoas e não em suas vulnerabilidades;
12. Ouvir mais do que falar;
13. Trabalhar duro e disciplinadamente;
14. Colocar-se como cliente e atender a todos da maneira como gostaria de ser atendido.

domingo, 4 de outubro de 2009

Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing e Pessoas - turma B - da F. T. M./ F. E. F. - Ituiutaba M.G.


No sábado, 03 de outubro de 2009, tive imensa alegria de retornar à Faculdade do Triângulo Mineiro de Ituiutaba, onde ministrei a disciplina Marketing de Serviços, para a turma B, da pós em Gestão Estratégica de Marketing e Pessoas.
Fica registrado meu agradecimento a todos os acadêmicos destacando a galera de Capinópolis e o meu muito obrigado ao José Nilson, coordenador da pós-graduação da F.T.M.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016 - A Olimpíada será aqui!


Vídeo institucional dirigido por Fernado Meireles, da cidade do Rio de Janeiro como cidade candidata e agora (02/10/2009) definitivamente escolhida como sede das Olimpíadas 2016.
Fica aqui a torcida para que possamos bem representar o espírito olímpico, principalmente no que diz respeito à gestão dos recursos públicos.
O meu desejo que não se repita o superfaturamento das obras do Pan de 2007.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quando a criatividade e o talento se unem, o coração pulsa num tic tac de genuína felicidade!


Não tenho dúvidas que esse vídeo se tornará mais um exemplo de Marketing Viral.
Quanta criatividade e talento associados numa brilhante ação de merchandising.
Vai um tic tac aí?

domingo, 20 de setembro de 2009

Turma da pós-graduação da SESPA de Patos de Minas


A foto acima é da turma da pós-graduação da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da SESPA - Sociedade de Ensino Superior de Patos de Minas.
Nos dias 19 e 20 de setembro de 2009, ministrei a disciplina: Gestão da Qualidade, para as turmas de Gestão Estratégia de Negócios e Gestão de Pessoas.
Quero registrar aqui meus agradecimentos à coordenadora da pós, prof. Iris Barcelos pela confiança no meu trabalho e principamente, parabenizar os acadêmicos pelo comprometimento demonstrado na realização da atividade prática: "Construindo uma ponte". Confira nas fotos abaixo, o belo trabalho realizado por cada equipe:



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Marque a ÚNICA resposta correta

Você com certeza, deve conhecer aquele provérbio que diz "não devemos dar o peixe para as pessoas, mas ensiná-las a pescar". Eu acredito verdadeiramente em uma terceira vertente para esse provérbio. Eu acredito sim, que não devemos dar o peixe e muito menos ensinar as pessoas a pescar. Entendo que a nossa missão é explicar para elas o que é um peixe, o que é um rio e o que é uma vara; e deixá-las decidir o que têm que ser feito. Se fizermos isso, elas irão descobrir melhores e mais criativas maneiras de pegar um peixe. Alguns vão pular no rio e pegá-lo a unha, outros vão dar as costas para o rio e comer um frango, e outros vão usar a vara para fazer outra coisa que não seja pescar o peixe.
O nosso trabalho deve ser no sentido de ampliar as opções das pessoas, e não apenas educá-las ou como alguns ainda fazem nos dias de hoje, adestrá-las.
Você deve estar se perguntando, o por quê desse asunto?
Apenas para me referir à mediocridade, pois entendo que, o que distingue um verdadeiro vencedor de um cara medíocre é sem dúvidas, o seu repertório. O vencedor tem um vasto repertório de jogadas, lances, alternativas, opções, técnicas e habilidades.
O medíocre tem convicção que só existe uma única opção para resolver cada problema.
Desde pequeno, lá no maternal até a faculdade ele foi, o tempo todo, adestrado assim.
Lembram-se do: marque a única resposta correta!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Resenha do livro: A máquina que mudou o mundo.


Um dos livros importantes de ser lido para se ter a melhor descrição de todo o sistema de negócios da Toyota,desde o desenvolvimento de produtos, gerenciamento de suprimentos, relações com os consumidores, atendimento dos pedidos da matéria prima até a produção e o gerenciamento de toda a empresa, é: “A Máquina que mudou o mundo” de James P. Womack, Daniel T. Jones & Daniel Roods (1992).
Esse livro baseia-se no maior e mais detalhado estudo já empreendido em qualquer indústria, a saber, o International Motor Vehicle Program (Programa Internacional de Veículos Automotores), estudo da indústria automobilística mundial do Massachusetts Institute of Technology, orçado em cinco milhões de dólares, com a duração de cinco anos e abrangendo 14 países. Duas vezes no século XX a indústria automobilística modificou as idéias fundamentais sobre como produzir. E eis que agora ela o faz novamente. Assim como a produção em massa eliminou a produção artesanal, a nova e revolucionária "produção enxuta" rapidamente está tornando a produção em massa obsoleta.
James Womack e Daniel Jones, dois dos maiores analistas industriais do mundo, explicam como as empresas podem melhorar radicalmente seu desempenho através da "produção enxuta".
Nesse livro eles ampliam essas idéias. O pensamento enxuto é necessário para ajudar as empresas a alinhar todas as atividades que criam valor para um produto específico ao longo de uma cadeia de valor e fazer com que o valor flua uniformemente de acordo com as necessidades do cliente. Essas idéias podem dar vida nova a qualquer empresa, de qualquer setor, duplicando tanto a produtividade quanto as vendas e, ao mesmo tempo, estabilizando os empregos.
No entanto, a maioria dos gerentes precisará de orientação sobre como dar esse salto em suas empresas. Até os leitores que acreditam ter adotado o pensamento enxuto descobrirão que é possível dar outro salto radical criando-se uma iniciativa enxuta para cada uma de suas famílias de produtos, reunindo de forma coerente todas as atividades que criam valor, da concepção ao lançamento, do pedido à entrega e da matéria-prima às mãos do cliente.
Detalhes importantes e lições que podem ser retiradas: O pensamento enxuto é uma forma de especificar valor, alinhar na melhor seqüência as ações que criam valor, realizar essas atividades sem interrupção toda vez que alguém as solicita e realizá-las de forma cada vez mais eficaz.
O pensamento enxuto também é uma forma de tornar o trabalho mais satisfatório, oferecendo feedback imediato sobre os esforços para transformar desperdício em valor. Como aplicar o pensamento enxuto para transformar inteiramente, em poucos anos, empresas estagnadas.
Como criar organizações enxutas em diversos setores industriais e em empresas de diferentes tamanhos.
Revela de que maneira os japoneses passaram a frente do resto do mundo na guerra da indústria automobilística. Mostra que medidas protecionistas não seriam a solução para enfrentar a ameaça japonesa e delineia os grandes desafios enfrentados pelas companhias ocidentais nos anos 90.
A manufatura "enxuta" surgiu na Toyota no Japão pós-Segunda Guerra Mundial. Seu criador foi Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota e seus colaboradores. Inicialmente muitas empresas enxergavam apenas a área de produção. Preferimos falar em Lean Enterprise, ou seja, a filosofia Toyota aplicada a todas as dimensões dos negócios de uma organização. Ele não é um programa.
O Pensamento Enxuto é uma filosofia operacional ou um sistema de negócios, uma forma de especificar valor, alinhar na melhor sequência as ações que criam valor, realizar essas atividades sem interrupção toda vez que alguém solicita e realizá-las de forma cada vez mais eficaz, ou seja, fazer cada vez mais com cada vez menos - menos esforço humano, menos equipamento, menos tempo e menos espaço - e, ao mesmo tempo, aproximar-se cada vez mais de oferecer aos clientes exatamente o que eles desejam no tempo certo. Também é uma forma de tornar o trabalho mais satisfatório, oferecendo feedback imediato sobre os esforços para transformar desperdício em valor.
É uma forma de criar novos trabalhos em vez de simplesmente destruir empregos em nome da eficiência, mas trabalho que efetivamente agregam valor. Eliminam-se desperdícios e não empregos.
O conceito deve necessariamente ser aplicado em todas as áreas da empresa, de vendas a compras, de finanças a recursos humanos. Sempre priorizando onde existe maior desperdício e oferecendo maiores oportunidades de melhoria com impactos substanciais sobre a equação do negócio, mas sempre enxergando o todo.
Cada empresa tem uma história e uma cultura próprias. E adotam os valores e a filosofia que a sua liderança define. Algumas ferramentas desenvolvidas pela Toyota têm sido universalmente aplicadas como por exemplo o Just in Time, a produção puxada, lotes menores, células, nivelamento da produção, os dispositivos poka-yoke etc. Mas muitas vezes não são integrados em um sistema e, mais problemático ainda, muitas empresas não compreendem claramente a filosofia que está por trás das ferramentas. A filosofia lean surgiu a partir de uma necessidade concreta da Toyota pós-guerra, ou seja, como competir com as empresas americanas, muito maiores e muito mais eficientes do que eles.
Atualmente, o mundo industrial assiste a mais revolucionária mudança desde a linha de montagem de Henry Ford, alterando para sempre a maneira de fazer as coisas. Empresas japonesas estão se espalhando por todo o mundo, ao mesmo tempo em que outras empresas e governos ocidentais esforçam-se por igualar-se a elas. “A Máquina que Mudou o Mundo”, aponta uma saída positiva para o dilema, mostrando que o derrotismo ante a ameaça japonesa, bem como o acirramento do protecionismo não constitui as respostas.
A produção enxuta é a arma secreta japonesa nas guerras industriais que está se espalhando pelo mundo e aglutinando as atividades de todos, da alta gerência, passando pelos operários de linha, aos fornecedores, num todo intimamente integrado, capaz de dar resposta quase instantânea à demanda do mercado. Ela consegue também dobrar a produção e a qualidade, ao mesmo tempo em que mantém os baixos custos.

Resenha do livro: Zen e a arte da manutenção de motocicletas


O livro “O zen e a arte da manutenção de motocicletas”, de Robert Pirsig - é genial. Mas se prepare para virar seus pensamentos pelo avesso. No livro, um homem e seu filho de 9 anos saem em uma longa viagem de motocicleta, que se transforma na maior ‘viagem’ cerebral. É discussão filosófica da pesada, escrita com uma pegada meio ‘born to be wild’. Nesses tempos em que a tecnologia comanda, é uma leitura que vem a calhar - pois leva a ‘revisões gerais’ de vida e reposicionamentos ante uma série de coisas. Para quem gosta de metafísica, melhor ainda.
A viagem pelas estradas a perder a vista dos Estados Unidos da América tornou-se um arquétipo, pelo menos a partir de On the Road, de Jack Kerouac e do filme Easy Rider. Nesse romance, ela é empreendida por um pai e o seu filho -, motards que preferem as estradas secundárias às auto-estradas, completamente expostos ao ambiente -, e transforma-se numa odisséia pessoal e filosófica e num mergulhar até às raízes da arte de viver. Ao introduzir questões filosóficas elaboradas, de uma forma que se torna deveras acessível e apelativa para o leitor comum, Pirsig cria uma filosofia prática, assentada no bom senso e na intuição tanto como na racionalidade, baseada num novo valor a que chamou "qualidade". Ambiciona igualmente, por essa via, constituir uma ponte possível entre pensamento Ocidental e Oriental. O cuidar atento e empenhado dispensado por este aventureiro à sua motocicleta é a metáfora para uma tentativa de valorizar a tecnologia no nosso mundo, onde Buda existe tão perfeitamente nos circuitos digitais de um computador como nas pétalas de uma flor. O segredo reside na atitude. Uma obra polêmica que desde a sua primeira edição não deixou de inspirar milhões de pessoas em todo o mundo até hoje.
Mais do que escrever um simples e banal romance, o autor preocupa-se, sobretudo, em dar à sua obra um caráter existencialista.
Assim, por meio de um percurso pessoal, de âmbito filosófico e espiritual, tenta levar o leitor a meditar sobre o valor real da vida, nas suas facetas racionais, humanistas e transcendentes.
Escrito num estilo muito acessível, onde o humor se mistura com as contingências vivenciais do dia a dia, esta obra apelativa e agradável, tornou-se num clássico da literatura contemporânea, graças à contemporaneidade do seu assunto: a constatação dos antagonismos da existência.
A obra descreve a travessia da América, por estrada, numa motocicleta, em cujos principais personagens são pai e filho. Durante a travessia, as necessidades de manutenção e reparação mecânicas, da motocicleta, servem de referências metafóricas a uma bonita e desprendida aventura, que acaba na reconciliação do homem com a sua natureza e a sua condição.
Reconciliação que passa pela tentativa da construção de uma forma de ser e estar, onde se conjugam valores ocidentais e valores orientais (tal como o título assim sugere).
Este modelo de escrita quer na temática, quer no tipo de prosa, tratava-se, para a época da primeira edição, de algo diferente do habitual. Diferente não nos valores em questão, mas acima de tudo, pela fusão dos mesmos de forma tão arcaica e tão pouco teosófica. Na altura, em 1975, o pensamento ocidental estava saturado de estética "hippie", na qual figuravam, em grande, as filosofias e as formas de pensar religiosas de gênese oriental, contudo, a clivagem entre essas duas grandes culturas mantinha-se. A inovação trazida pelo autor, através dos seus textos, a princípio muito enjeitados (consta no Guinness como a obra que mais vezes foi rejeitada pelas potenciais editoras, 121 vezes no total) e depois adorados, tanto pelos leitores como pelos críticos, com cerca de 5 milhões de exemplares vendidos, consiste essa inovação, como dizíamos, numa conjugação rara que potencia a interpenetração de culturas.Tratando-se de um fato notável, na época, isso faz desta obra um livro pertinente ainda nos dias de hoje.
Apesar de marcada pela controvérsia desde o seu nascimento, os antagonismos interpretativos do momento da edição foram aos poucos e poucos, diluídos no tempo, convertendo o livro numa referência da literatura, imprescindível para figurar em qualquer biblioteca. Não sendo assim uma obra consensual, ela baseia nisso o seu êxito, tanto mais que continua a pôr em confronto o ideário ocidental e oriental. Enfim, um livro fascinante e atual, que ainda inspira milhões de pessoas.

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