sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Conheça a história de quem mudou a história do mundo.


 "Que os mortais se regozijem por ter existido tamanho ornamento da raça humana." Este epitáfio, escrito em latim sobre o seu túmulo, na Abadia de Westminster, em Londres, dá uma ideia da importância de Isaac Newton para a ciência e a humanidade em geral. 

Considerado um dos maiores — se não, o maior — cientistas de todos os tempos, ele nasceu em 25 de dezembro de 1642, ano da morte de Galileu Galilei, em Woolsthorpe, perto de Cambridge, na Inglaterra, e morreu em 20 de março de 1727, em Kensington, no mesmo país.

Na verdade, há controvérsias sobre essas datas. Não porque elas estejam erradas, mas por causa da substituição do calendário juliano, implantado pelo imperador romano Júlio César, em 46 a.C., pelo gregoriano, instituído pelo papa Gregório XIII, em 15 de outubro de 1582. 

Em artigo publicado pelo Centro de Referência em Ensino de Física (CREF), ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o físico Fernando Lang da Silveira explica que o calendário juliano estava com problemas, pois era sabido que no final do século XVI o equinócio da primavera no Hemisfério Norte, que por este calendário deveria acontecer em 21 de março, ocorria de fato cerca de dez dias depois.

Então, a Igreja Católica patrocinou astrônomos e cientistas para elaborarem um novo calendário, mais preciso. "Entre outras importantes modificações, ele tomou por base que o ano passasse a ter 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos", diz Silveira. 

 

O ano juliano, afirma, era cerca de 11 minutos mais curto e, em consequência disso, havia acumulado uma defasagem de cerca de dez dias entre a data em que o equinócio de primavera deveria ocorrer e efetivamente acontecia um pouco antes da reforma gregoriana.

O calendário gregoriano começou na sexta-feira, 15 de outubro de 1582. O dia anterior, de acordo com a bula papal era quinta-feira, 4 de outubro.

"Portanto, os dias civis que iam de 5 a 14 de outubro simplesmente deixaram de existir em 1582 em todos os países católicos", conta Silveira, em seu texto. Ele não foi aceito, entretanto, de imediato em países com outras religiões. A Inglaterra e suas colônias, por exemplo, só o adotaram em 1752. 

Ou seja, o nascimento de Newton ocorreu quando ainda vigorava o juliano no seu país, isto é, em 25 de dezembro de 1652. Pelo gregoriano, seria 4 de janeiro de 1643 e a morte em 30 de março de 1727. 

"Portanto, ambas as datas estão corretas, dependendo do calendário que se tome por base", conclui Silveira.

 

Infância complicada

O que é certo é que Newton teve nascimento e infância complicados. Seu pai, um produtor rural analfabeto, havia morrido três meses antes de ele vir ao mundo. Além disso, o futuro físico, matemático e astrônomo nasceu prematuro, com risco de morrer em poucos dias. Sobreviveu, mas aos 2 anos foi abandonado pela mãe — que havia se casado de novo e se mudado para outra cidade —, que o deixou aos cuidados da avó até os 10 anos.

Nos primeiros anos de estudo, ele não revelou nenhum talento especial. Sua genialidade só começou a aflorar depois que se graduou na Universidade de Cambridge, em janeiro de 1665. Neste ano e no seguinte, considerados os Annus Mirabilis (anos miraculosos) de Newton, ele realizou uma série de trabalho e descobertas que revolucionaram ciências como a matemática, física, ótica e astronomia.

Mas ele continuou produzindo ao longo da vida. Nos 84 anos em que viveu, fez descobertas, criou teorias e desenvolveu métodos e ferramentas matemáticas e físicas que abriram caminho para a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, e tornaram possível a exploração espacial e várias tecnologias presentes em muitos equipamentos modernos usados hoje.

Para o astrônomo Augusto Damineli, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo (IAG-USP), a contribuição mais importante de Newton foi ter criado a primeira teoria científica da história da humanidade, a da Gravitação Universal.

"Ela tem três princípios simples, que incluem o conceito de força de atração gravitacional", explica. "A partir disso, se pode deduzir matematicamente o comportamento de corpos sujeitos à gravidade, em qualquer situação particular, desde o movimento de planetas, cujas leis haviam sido obtidas empiricamente por (Johannes) Kepler (1571-1630), a corpos que Newton jamais pensaria em aplicar sua teoria, como estrelas duplas e satélites artificiais."

O físico Othon Winter, da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), lembra que toda a área espacial se baseia na Teoria de Gravitação Universal. "Por exemplo, a órbita de qualquer satélite artificial obedece a lei da gravidade proposta por Newton", diz. "Então, tudo o que usufruímos e é dependente desses artefatos, como GPS, ligações telefônicas e transmissões de TV por eles são uma consequência direta de descobertas feitas por ele."

 

A maçã caiu?

Ao se falar de gravidade, não se pode deixar de mencionar a famosa história de que Newton teria desenvolvido sua teoria depois que uma maçã caiu em sua cabeça. Mas seria ela verdadeira?

"Há diferente versões desta história", diz o físico Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que foi eleito pela prestigiosa revista científica britânica Nature como uma das dez pessoas que mais se destacaram no mundo na área de ciência em 2019. 

De acordo com ele, o que se sabe ter acontecido é que, em 1665, houve uma eclosão da febre bubônica, que forçou Newton a retornar para a propriedade de seus pais, em Woolsthorpe. "Aparentemente, ao observar a queda de uma maçã em seu pomar, ele se questionou porque a fruta caiu diretamente para o chão e não para o lado, ou para cima", explica Galvão.

Ele acredita que se Newton fosse um homem comum, "sensato", talvez tivesse respondido a si mesmo "porque é assim que Deus determinou" (Newton era muito religioso). "Mas não, ele não era um homem comum", diz Galvão. "Perseguindo a resposta à sua indagação de forma lógica, acabou formulando sua famosa Teoria da Gravitação Universal. Mas a história de que ela caiu em sua cabeça muito provavelmente é fantasiosa."

O que é real é que Newton, simultaneamente com o filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz, mas de forma independente, desenvolveu o cálculo diferencial e integral, uma ferramenta matemática que tem aplicações que vão da construção civil às viagens espaciais. "Ela está presente em grande parte do PIB da humanidade, por meio da engenharia de construção civil, transporte (aéreo, terrestre marítimo e no vácuo) e circuitos elétricos, por exemplo", enumera Damineli. 

Segundo seu colega no IAG-USP, o também astrônomo Enos Picazzio, é impossível imaginar o que seria o mundo sem a lei de gravitação e o cálculo diferencial e integral. 

"Com o cálculo, Newton elaborou métodos analíticos simples para resolver problemas como encontrar áreas, tangentes e comprimentos de curvas, por exemplo", explica. "Essa ferramenta foi fundamental para ele ter desenvolvido suas leis de movimento dos corpos e da gravitação." 

Esses trabalhos de Newton estão no seu livro mais famoso, Princípios Matmáticos da Filosofia Natural, considerado por muitos a obra científica mais importante já publicada.

De acordo com Winter, o cálculo diferencial e integral é um ramo da matemática que é muito utilizado em dois tipos de problemas. "O diferencial é usado para cálculo de taxas de variação de grandezas, ou seja, qualquer problema que envolva movimento ou crescimento/decrescimento de alguma quantidade, como, por exemplo, como a economia evolui ao longo do tempo", explica. "No caso do integral, ele é empregado para calcular a acumulação de quantidades, como o volume de um dado material que é necessário para construir um certo equipamento."

Newton não parou por aí, no entanto. Ele também atuou na área da Ótica, pesquisando a natureza da luz e suas propriedades, como refração, difração e a decomposição da branca nas cores do arco-íris. "Com isso, descobriu, que além da luz vermelha, existe a infravermelha que os nossos olhos não veem, que nada mais é que calor", conta Picazzio. Isso o levou a mostrar outra de suas caraterísticas, a de inventor. "Sua invenção do telescópio refletor (o que usa espelho) é consequência dos seus estudos de dispersão e aberração da luz nos telescópios refratores (os que usam lentes)", explica Picazzio.

No gênio científico também existia um lado religioso e místico, no entanto, que lidava com alquimia. "Ciência e religião são incompatíveis nos seus propósitos, mas podem ser complementares sobre o ponto de vista humano", diz Picazzio. "Enquanto a primeira trata do real, procurando por meios técnicos explicar o que ocorre na natureza, a segunda pode satisfazer um aspecto humano para muita gente. Newton era religioso, assim como tantos outros cientistas, porém não foi a fé que o levou a elaborar as suas teorias científicas."

Uma prova disso, segundo ele, é que a ciência progride com trabalhos desenvolvidos tanto por religiosos como por agnósticos e ateus. "Entre eles não há choque de ideias no campo científico, mas há no campo humano", explica. "As leis da natureza atuam em todos os locais, existindo ou não humanos ou outros seres pensantes, caso eles existam. O mesmo raciocínio aplica-se à alquimia. A química que temos hoje é baseada em ciência."

Independentemente de suas crenças, não há como negar a importância de Newton para a ciência em particular e para a humanidade em geral. "De um ponto de vista mais fundamental, creio que a maior contribuição dele foi a consolidação do método científico, expandindo amplamente a metodologia iniciada por Galileu Galilei, ou seja, a formulação de modelos físicos, cujos resultados devem ser passíveis de testes experimentais e de consistência lógica", diz Galvão. 

Para a humanidade, diz o ex-diretor do Inpe, a maior contribuição de Newton talvez tenha sido a ideia de que vivemos em um universo mecânico, cuja evolução é descrita por equações matemáticas, mesmo que nem sempre com soluções exatas, e a noção de que a cada ação corresponde uma reação. "Isso fez com que o pensamento humano evoluísse de uma realidade apenas mística para uma baseada também em argumentos lógicos, contribuindo fortemente para a filosofia, teologia e outras áreas que moldaram o desenvolvimento da sociedade moderna", diz.

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020


Esses dois produtos têm a mesma função, fornecer energia por meio de reações químicas que ocorrem dentro delas. Essas reações geram eletricidade, assim proporcionando energia.

Apesar das duas terem o mesmo objetivo, que é de fornecer energia, elas possuem diferenças de uso bem definidas.


A pilha é uma unidade, com muito menos energia, ideal para pequenos equipamentos que necessitem de eletricidade. A bateria automotiva é um conjunto de grandes pilhas, serve para energizar os automóveis. Com uma pilha comum seria impossível fazer o seu carro dar a partida, ou mesmo usar os componentes de segurança, como freio abs, farol e vidro elétrico, somente com uma bateria automotiva isso seria viável.

Outra diferença é a composição das duas, que ajuda a diferenciar inclusive pelo nome. As pilhas comuns são chamadas de alcalinas, pois utilizam os materiais zinco, hidróxido de potássio e dióxido de manganês para realizar a reação química. Já a bateria automotiva é chamada de bateria de chumbo ácido. Ela possui esse nome, pois é revestida com uma placa protetora de chumbo, sendo que, dentro dela, há ácido sulfúrico que entra em contato com todas as grandes pilhas, assim liberando energia para o veículo.



sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Arte e a Física Moderna



Os Parâmetros Curriculares Nacionais, nas Orientações Educacionais Complementares (PCN+, 2002), sugerem um ensino onde a Física apresente uma contextualização sociocultural a fim de que o "conhecimento científico e tecnológico seja compreendido como resultado de uma construção humana, inserido num processo histórico e social". Este ensinar Física deve levar ainda à compreensão das formas pelas quais a Física e a tecnologia influenciam nossa interpretação do mundo atual, condicionando formas de pensar e interagir. Por exemplo, como a relatividade ou as ideias quânticas povoam o imaginário e as manifestações culturais contemporânea. É necessário que se compreenda a Física e, de forma geral, qualquer ciência, como parte da cultura.


O texto acima é fragmento do artigo INFLUÊNCIAS DA FÍSICA MODERNA NA OBRA DE SALVADOR DALÍ (Andrade, Nascimento e Germano).

 

Salvador Dali e a Física

Contemporâneo das duas maiores revoluções científicas do início do século XX, a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica, o pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989) procurou retratar o sentimento vivido pela humanidade daquela época frente às novas formas de ver o mundo. Este trabalho procura revisitar algumas de suas obras a partir de um olhar pedagógico de forma a identificar elementos e ideias relacionados à Física Moderna presentes nas mesmas. Com esta proposta busca-se uma aproximação entre ciência e arte, ressaltando-se o entendimento da ciência como cultura humana, e pretende-se contribuir para um ensino interdisciplinar de Física Moderna no nível médio e na formação de professores.

Em 1929, junta-se em Paris ao grupo surrealista, liderado pelo antigo dadaísta André Breton. Logo, Dalí torna-se um líder do movimento surrealista e
desenvolve o seu método "paranoico-crítico". Sobre este grupo Dalí afirma:
O grupo surrealista era para mim uma espécie de placenta que me nutria e acreditava no surrealismo como nas tábuas da Lei. Assimilava
com um apetite incrível e insaciável toda a letra e o espírito do movimento, que, aliás, correspondia tão exatamente à minha natureza profunda, que cheguei a encará-lo com a maior naturalidade (DALÍ, 1976).

O Surrealismo (segundo uma definição de Apollinaire, em 1917) é uma corrente organizada, mas também produto de uma mentalidade própria da época (ARGAN, 2002). Surge a partir do Dadaísmo, concordando com muitos dos seus pressupostos, principalmente em sua fase inicial, ainda que não tenha ocorrido uma fusão entre estes dois movimentos. Também recebe influências do futurismo italiano e mesmo de correntes irracionalistas do romantismo alemão. Em 1924, o poeta e escritor André Breton (1896-1966) liderou a criação desse novo movimento e escreveu o seu primeiro manifesto. Breton também era médico psiquiatra, estudioso de Freud, cuja teoria do inconsciente abria à pesquisa uma vastíssima região da psique. No inconsciente pensa-se por imagens, e, como a arte formula imagens, é o meio mais adequado para trazer à superfície os conteúdos profundos do inconsciente. Na primeira fase da poética surrealista, definia-se, uma prática artística onde o pensamento deveria ser expresso de maneira livre, espontânea e irracional, externando os impulsos da vida interior, sem exercer sobre ele qualquer controle consciente.
No Manifesto Surrealista, André Breton associa a criação artística ao automatismo psíquico puro:
Surrealismo é o automatismo psíquico puro pelo qual se propõe expressar, verbalmente, por escrito, ou de qualquer outra maneira,
o funcionamento real do pensamento. O pensamento é ditado com ausência de qualquer outro exercício da razão, a margem de toda preocupação com estética ou moral (TELES, 1978).

A persistência da Memória

A Persistência da Memória talvez seja o trabalho de Salvador Dalí mais relacionado à Teoria da Relatividade. (...) Os relógios apresentam-se macios, flexíveis, maleáveis, parecendo fluir pela superfície onde estão postos. A imagem de relógios moles se repete em várias outras pinturas de Dalí, como em Relógios moles (1933), O sonho de Vênus (1939), Relógio mole no momento da primeira explosão. A desintegração da persistência da memória, Raios cósmicos ressuscitando relógios macios (1965) e Relógio macio ferido (1974). Esta fluidez ou maleabilidade dos relógios é relacionada à noção de dilatação do tempo da Teoria da Relatividade Restrita. É importante salientar que a noção de dilatação do tempo na Relatividade Restrita é uma propriedade do espaço-tempo e não um efeito no mecanismo dos relógios. Quem "amolece" é o próprio tempo, e não os relógios. 

 Outras obras de Salvador Dali que fazem referência à Relatividade Restrita ou à Física Quântica

 Relógio mole no momento da primeira explosão. Salvador Dalí (1954).




 Galátea de esferas. Salvador Dalí (1952).

 


 

  

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Vestibular da UFU 2020/02, nos dias 19 e 20/dezembro/2020


 Prova da primeira fase do vestibular da UFU – 2020/02

·       Data da realização: 19/dezembro/2020.

·       Horário: das 13h às 18h 30min  

·      Número de questões: 77 questões, sendo de cada disciplina, valendo 1 ponto cada questão, e 2 (duas) situações de Redação, 


Prova da segunda fase do vestibular da UFU – 2020/02

·       Data da realização: 20/dezembro.2020.

·       Horário: das 13h às 18h 30min

 

1.     Área de Ciências Humanas e Artes

·       Número de questões28 questões, sendo 4 de cada disciplina. 

·       Disciplinas: Filosofia, Geografia, História, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa, Literatura e Sociologia.

 

2.     Área de Ciências Sociais Aplicadas

·       Número de questões: 28 questões, sendo 4 de cada disciplina.

·       Disciplinas: Filosofia, Geografia, História, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa,                   Matemática, Sociologia. 

 

3.     Área de Ciências da Saúde

·       Número de questões: 24 questões, sendo 4 de cada disciplina. 

·       Disciplinas: Biologia, Física, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa, Matemática, Química. 

 

4.     Área de Ciências Exatas e da Terra

     ·       Número de questões: 24 questões, sendo 4 de cada disciplina. 

     ·       Disciplinas: Biologia, Física, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa, Matemática,       Química. 

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Resenha: As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança


Conquistar um lugar no mundo da liderança não é uma tarefa fácil de ser executada. Muitos gestores acreditam que sobrepor sua visão aos seus colaboradores é o que torna um líder renomado. O livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”, do autor John C. Maxwell, explica que eles estão errados.

Um líder exemplar deve caminhar junto com a sua equipe, crescendo e se desenvolvendo com ela, e as 21 leis da obra auxiliam nesse processo.

 Sobre o livro “As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança”

“As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança” (1998), do original “The 21 Irrefutable Laws of Leadership” (em Inglês), escrito por John C. Maxwell, mostra como ser um líder de sucesso através de histórias reais, seguindo 21 leis.

Esta obra, que foi considerada como um dos grandes sucessos e best-sellers de Maxwell, possui em sua nova versão 336 páginas. Ela é dividida em 21 capítulos, que são as 21 leis propriamente ditas, ou seja, em cada capítulo o autor trata de um princípio específico, tornando assim, a leitura bem objetiva.

Sobre o autor John C. Maxwell

John Maxwell, americano nascido em 1947, na cidade de Garden City, é especialista em liderança, fundador das empresas Injoy Stewardship e EQUIP, pastor e também palestrante internacional, já treinou diversos líderes de governo e executivos renomados.

Os livros de Maxwell têm mais de 19 milhões de vendas, alguns deles figurando na lista de best-sellers do The New York Times. 

Esse livro é indicado para quem?

“As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança” é ideal para todos os líderes ou aqueles que têm pretensão de ser um. 

Através da leitura, você descobrirá como um líder pensa, age e inspira pessoas ao seu redor.

 Ideias principais do livro “As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança”

·       A sua capacidade de liderança limita o seu sucesso;

·       Liderança não pode ser comprada, ela é conquistada;

·       A liderança é cultivada e você deve empenhar-se nela todos os dias;

·    Traçar um planejamento e criar seu próprio caminho são características de um bom líder;

·       O líder deve ajudar seus liderados a crescerem;

·       O líder deve manter uma relação de confiança com sua equipe;

·       O respeito não se adquire pela autoridade, muito menos pela fraqueza;

·       Você é quem você atrai, a sua equipe é o que você emana;

·       Um líder sozinho não chega a lugar algum;

·       Para um líder, o fracasso é inaceitável;

·       Quanto maior o líder, maior o sacrifício;

·       “O valor duradouro de um líder é medido pela sua sucessão.

Overview: 1. Lei do limite

A primeira lei é o motivo pelo qual as pessoas alcançam mais sucesso que outras. De acordo com o autor John C. Maxwell em seu livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”, a sua capacidade de liderança limita o seu sucesso, isto é, você não pode obter sucesso acima do seu nível de liderança.

Existem pessoas que estão um passo à frente. Elas correm atrás do sucesso diariamente, a fim de expandir sua capacidade de liderança. Para essas pessoas, os obstáculos são meras barreiras a serem vencidas.

Por exemplo: no mundo do futebol, se um time acumula derrotas seguidas, o técnico do time é substituído. Isso é feito para buscar uma pessoa com um nível de liderança maior, afinal, quanto maior o grau de gerenciamento, maior o potencial da organização.

Overview: 2. Lei da influência

 Liderar é influenciar! Liderança não pode ser comprada, ela é conquistada, ou seja, líderes são verdadeiros influenciadores, capazes de persuadir pessoas à sua volta pelas suas causas e objetivos. 

Lembre-se: Mandar não é influenciar. Impor seus valores aos outros não é gerir. Segundo Maxwell, não há maneira de exigir liderança, apenas conquistá-la.

 Overview: 3. Lei do processo

 Larry Bird, jogador americano de basquete profissional, é considerado um dos melhores de todos os tempos. Bird tornou-se destaque pelos arremessos perfeitos que fazia. 

Ele treinava diariamente pela manhã, fazendo 500 arremessos todos os dias, e atualmente, se encontra no Hall da Fama da liga de basquete. 

Moral da história: 

Campeões não se tornam campeões no ringue, eles apenas são reconhecidos ali.”

A lei do processo é: aprenda todos os dias. A liderança é cultivada e você deve empenhar-se nela todos os dias, para que, assim, se torne um líder de sucesso. John Maxwell diz em sua obra “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”: 

“Para liderar amanhã, aprenda hoje.”

Overview: 4. Lei da navegação

Um líder deve estar sempre a um passo à frente das eventualidades, enxergando o acontecimento antes mesmo dele acontecer. 

Traçar um planejamento e criar seu próprio caminho são características de um bom líder. Segundo a lei da navegação, qualquer pessoa é capaz de guiar o navio, mas apenas o líder define o percurso.

Overview: 5. Lei da adição

Conforme o autor John Maxwell em “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”, a relação entre um líder e sua equipe deve ser de mútuo comprometimento e colaboração.

A lei da adição se baseia em auxiliar no crescimento de cada membro do seu time, enquanto eles engrandecem o seu projeto.

Overview: 6. Lei da base sólida

Essa lei pode ser aplicada em todos os tipos de relações.

Ela se fundamenta na confiança e está ligada à lei da influência, afinal, é muito difícil influenciar alguém sem ter uma confiança estabelecida.

Portanto, alimente a credibilidade que as pessoas têm em você. 

Overview: 7. Lei do respeito

 De acordo com o livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”, você deve respeitar e conquistar o respeito das pessoas com quem convive, seja a sua família, amigos, ou a sua equipe, estabelecendo uma relação de harmonia e gentileza com elas. 

Overview: 8. Lei da intuição

Você certamente possui intuição naquilo em que é forte. Entretanto, poucos possuem intuição sobre liderança. Avaliar tudo sob o ponto de vista do gerenciamento é uma habilidade irrefutável de quem comanda.

Segundo o autor John Maxwell, a lei da intuição baseia-se em saber o quê e quando fazer, mesmo sem ter as informações necessárias para isso.

Overview: 9. Lei do magnetismo

 Para descobrir qual tipo de líder você é, observe as características das pessoas da sua equipe.

Se você gostaria que elas tivessem qualidades diferentes, desenvolva nelas esses atributos. A lei da magnetismo diz que “você é quem você atrai”.

Overview: 10. Lei da conexão

 O livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança” explica que você deve criar laços com as pessoas. Conecte-se emocionalmente à elas, afinal, todos tendem a usar a emoção antes da razão. 

Além disso, estabelecer relações, seguindo a lei da conexão, também te ajudará com a lei do respeito, da influência e da confiança.

Overview: 11. Lei do círculo íntimo

Um líder, sozinho, não chega a lugar algum. Ele e sua equipe são um time e devem andar juntos. 

A dica do autor John Maxwell é você cercar-se de pessoas que te ajudem e incentivem a chegar onde almeja.

Overview: 12. Lei do fortalecimento

Valorize o trabalho da sua equipe. Ajude-os a conquistar sucesso e se desenvolverem profissionalmente.

Já ouviu falar de Henry Ford? Ele é um dos fundadores da Ford Motor Company.

Segundo Maxwell em sua obra “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”:

 “Henry Ford era tão apaixonado por seu Modelo T que nunca quis melhorá-lo [...] quando um grupo de seus projetistas o surpreendeu dando a ele um protótipo de um modelo melhorado, Ford, furioso, arrancou as portas das dobradiças e destruiu o carro com as próprias mãos.”

Somente anos depois, Ford cedeu à sugestão da sua equipe em fazer melhorias no modelo do carro. Entretanto, seu novo protótipo possuía uma enorme desvantagem tecnológica em relação aos seus concorrentes, pois eles buscaram melhorar continuamente. 

Overview: 13. Lei da imagem

Como líder, você deve agir para ganhar visibilidade:

“As pessoas fazem o que elas veem.”

Dessa forma, seus liderados irão replicar as suas ações, ou seja, seu sucesso caminha junto com o da sua equipe. 

Overview: 14. Lei da aquisição

A luta pela independência da Índia foi sofrida e demorada, mas Gandhi teve o apoio dos indianos, e com determinação, conseguiu a liberdade do país. Ao apoiarem Gandhi, as pessoas adotaram sua visão e conseguiram torná-la realidade.

Esse, então, é o fundamento da lei da aquisição abordada por John Maxwell em seu livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”: 

“O líder descobre o sonho e, depois, as pessoas. As pessoas descobrem o líder e, depois, o sonho.”

Overview: 15. Lei da vitória

 O fracasso é inaceitável. Líderes encaram os obstáculos incansavelmente, até que a única saída seja a vitória. 

Vencer, vencer e vencer, essa é a lei da vitória.

Overview: 16. Lei do grande impulso

O autor John Maxwell explica em sua obra “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança” que o impulso é o melhor amigo de um líder, e que um líder sem impulso é um líder morto, consequentemente, a organização também. 

Pode parecer que não, mas estes pensamentos impulsivos são decisivos entre vencer e perder.

Overview: 17. Lei das prioridades

Quais das suas atividades são essenciais? Você as prioriza? 

Normalmente, as pessoas têm uma certa resistência em traçar suas prioridades, mas um líder sabe como dar importância às suas funções e responsabilizar-se por elas.

O princípio de Pareto é uma ótima ferramenta que pode te auxiliar a seguir a lei das prioridades. Ele consiste no fundamento de que 80% dos resultados vêm de 20% das causas. 

Overview: 18. Lei do sacrifício

Para exemplificar essa lei, vamos lhe contar a história de um indivíduo que mudou o mundo: Martin Luther King Jr. 

Os acontecimentos se iniciaram quando uma mulher, Rosa Parks, negou-se a ceder seu assento no ônibus para uma pessoa branca.

Junto com a comunidade afro-americana, King liderou um boicote ao sistema, a fim de mudá-lo. Ele conseguiu grandes feitos na causa dos direitos civis, mas começou a pagar alto por essas mudanças. No fim, ele sacrificou tudo que tinha.

A lei do sacrifício estabelecida por John Maxwell se baseia nisto: quanto maior o líder, maior o sacrifício.

Overview: 19. Lei do momento

Essa lei consiste em fazer as coisas certas no momento certo. 

O livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança” enfatiza que agir corretamente na hora errada pode ser inconveniente, e tomar a atitude errada na circunstância imprópria certamente te induzirá ao fracasso.

Overview: 20. Lei do crescimento explosivo

De acordo com o autor John Maxwell em seu livro “As 21 Irrefutáveis Leis Da Liderança”, para que você tenha um crescimento exponencial, basta você seguir essa lei. 

Se quiser aumentar seus resultados, lidere; se quiser multiplicá-los, lidere os líderes.

Overview: 21. Lei do legado

Pelo que você quer ser lembrado? Qual imagem você deseja deixar na memória das pessoas? 

John Maxwell afirma:

 “O valor duradouro de um líder é medido pela sua sucessão.” O legado deve ser capaz de levar seus valores e princípios adiante.

 O que outros autores dizem a respeito?

 No recomendado “Everybody Matters”, os autores Bob Chapman e Raj Sisodia exploram como os verdadeiros líderes devem continuamente estudar para se desenvolver e desenvolver aqueles ao seu redor, para que se tornem também excelentes líderes que acreditam e valorizam as pessoas.

Além disso, os colaboradores devem ser encorajados a inovar e experimentar coisas novas, mesmo que falhem. Isso faz com que eles percebam que os gestores têm plena confiança no seu potencial e no seu trabalho. No livro, essa prática é denominada “liberdade responsável”.

Para John C. Maxwell, autor de “O Livro de Ouro da Liderança”, os melhores líderes são aqueles que sabem ouvir. Ouvintes sabem o que está acontecendo porque são atentos. Eles aprendem melhor que os outros porque absorvem de vários lugares.

Além disso, bons ouvintes têm a capacidade de enxergar melhor os pontos fortes e fracos das outras pessoas. 

Para finalizar, o livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” traz uma série de ensinamentos sobre como se destacar nas relações pessoais. Tal leitura é recomendada para aprofundar-se na lei nº 6, a lei da base sólida, que defende a importância de obter a confiança das pessoas para, assim, influência-lás. 

Mas como posso aplicar isso na minha vida?

·       Comprometa-se em melhorar continuamente. O líder que não se adequa às mudanças constantes do mundo fica para trás;

·       Não imponha sua liderança em cima dos outros; você deve criar laços com sua equipe para que eles te respeitem, admirem e confiem em você;

·       Conviva com pessoas que somam às suas conquistas. Um líder não alcança o sucesso sozinho;

·       Esteja sempre um passo à frente dos acontecimentos. Você deve traçar todas as possibilidades de um evento futuro devido a uma tomada de decisão do passado;

·       Engaje seus membros para que eles possam ser líderes de exemplo, assim como você!

 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Controle do tempo nas provas do ENEM


 Como você já deve percebido que, assim como os conteúdos disciplinares, o tempo que você dedica à resolução de cada questão também possui extrema importância para o seu sucesso no Enem. Isso porque o exame conta com um grande número de questões. Por sua vez, a maioria das questões tem textos de grande extensão, apresentando um pequeno parágrafo de contextualização. Desta maneira, além do cansaço, é fundamental controlar o tempo durante a realização do exame, já que uma questão a menos respondida pode significar uma vaga em uma universidade do seu sonho. 

 

Quanto tempo dedicar na resolução de cada questão?

Para calcularmos o tempo disponível para cada questão, primeiro temos que levar em conta quantas questões tem em cada dia, assim como o tempo total disponível. O primeiro dia será teremos além da prova de redação, 45 questões de Linguagens e suas Tecnologias e 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias, com duração total de 5 horas e meia. Reservando uma hora para escrever e passar a limpo a Redação, que é suficiente caso você esteja devidamente preparado, restam 4 horas e meia, ou 270 minutos. Dividindo pelas 90 questões, você tem 3 minutos, em média, para ler, interpretar e resolver cada questão!

Entretanto, lembre-se de que o cálculo do tempo foi realizado sem contar com o preenchimento da folha de resposta. Desta forma, considerando que você gaste cerca de 20 segundos por questão preenchendo-a, sobram 2 minutos e 40 segundos para resolver de fato a questão!

Já no segundo dia de aplicação do Enem, o exame é composto por 45 questões de Matemática e suas Tecnologias e 45 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com um tempo total de 5 horas. Desta forma, reservando 30 minutos para o preenchimento da folha de resposta, você poderá utilizar 3 minutos para resolver cada questão!

 

Como se preparar para essa maratona? 

Treinando!

Parece muito pouco tempo para resolução, não é mesmo? Já faz tempo que o Enem funciona desta forma, o que permite aos alunos realizarem uma preparação focada neste modelo de prova. A melhor forma de preparar-se para o Enem é treinando, seja através de provas anteriores ou de simulados. Além disso, em algumas questões você certamente utilizará menos tempo do que o designado, podendo realocar o tempo que sobra para aquelas questões mais complexas! O mais importante é que somente com o treino você alcançará os resultados desejados na prova do Enem, uma vez que a cada ano a prova torna-se mais elaborada!

 

O piloto herói

Fernando Murilo de Lima e Silva

 

Tudo corria bem no voo *VASP 375 no dia 29/09/1988*, saiu de Porto Velho, Rondônia, e fez escala em Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, de onde ele voaria para o Rio de Janeiro, aeroporto do Galeão, seu destino final.
Mas as coisas não aconteceram exatamente assim.
Decolando de Belo Horizonte, um passageiro se levantou e, armado com um revolver calibre .32, iniciou o sequestro da aeronave.
O passageiro, Raimundo Nonato Alves da Conceição, estava com raiva da política econômica brasileira, dos rumos do país, e por isso resolveu se vingar.
A vingança pretendida:
Sequestrar um avião e jogá-lo contra o Palácio do Planalto, bem no local onde fica o gabinete do Presidente.
Com isso, Raimundo pretendia matar aquele que ele considerava o grande vilão da história: Jose Sarney.
Pode parecer piada, mas a coisa foi feia.
Exigindo que a porta da cabine fosse aberta, Raimundo atirou em um comissário.
Com a porta ainda trancada, Raimundo começou a atirar contra a cabine (as portas ainda não eram blindadas).
Um tiro acertou o piloto reserva na perna, fraturando-a.
O outro, acertou o painel.
Diante do risco que representava aquele homem atirando a esmo dentro de uma aeronave em pleno voo, o piloto abriu a porta e Raimundo anunciou seu plano, que representava a morte dos 98 passageiros e 7 tripulantes, fora possíveis vítimas em terra.
O piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, conseguiu avisar sobre o sequestro, acionando, o transponder da aeronave, o código que indica interferência ilícita.
Também conseguiu informar a torre de comando acerca dos planos envolvendo a Palácio do Planalto.
Nesse momento, a 1ª vítima fatal do sequestro.
Quando a torre responde ao piloto, foi o co-piloto, Salvador Evangelista, quem fez menção de responder.
Provavelmente, um movimento brusco foi interpretado como reação.
O co-piloto foi morto na hora com um tiro na nuca.
Com dois colegas baleados, um colega morto, surge o sangue frio e a perspicácia do grande herói dessa história: o piloto Fernando.
Ele percebeu que morrer seria inevitável, então começou um perigoso processo de convencimento com o sequestrador em busca de uma improvável solução.
Durante todo esse período, o Voo VASP 375 era seguido de perto por caças Mirage da FA, que tinham ordens de abater o voo, sacrificando os passageiros, caso surgissem indicações de que a aeronave seria usada contra algum prédio da capital.
Nesse ponto, o sequestrador toma outra decisão: exigiu que rumassem para São Paulo, provavelmente em busca de outro alvo.
O piloto Fernando novamente argumentou que o avião não tinha combustível para tanto.
Sugeriu então um pouso no Santa Genoveva, em Goiânia.
Enquanto a discussão se dava entre os dois, o piloto Fernando, disfarçadamente, rumou para Goiânia, afastando o avião de Brasília, cheia de potenciais alvos.
Por fim, diante da recusa de pousar em Goiânia, e das ameaças que só faziam crescer, o piloto tomou mais uma decisão.
Primeiro, ele tirou o avião do piloto automático e fez uma manobra chamada tonneau (manobra em que o avião dá uma volta completa ao redor de seu eixo).
Ele pretendia, com isso, fazer o sequestrador cair e, assim, tomar a arma dele, mas isso não deu certo.
Depois, ele partiu para a cartada final: o parafuso, manobra em que o avião perde a sustentação e cai de bico, girando as asas como um pião.
A ideia do piloto era descer 9 mil pés durante a manobra, fazer o sequestrador cair e imediatamente efetuar o pouso em Goiânia.
Anos depois, Fernando falou:
"Eu pensei, como vou morrer mesmo, vou arriscar. Parti para o tudo ou nada. Já que vou morrer, vou morrer brigando porque, pelo visto, ele não ia me deixar pousar.”
Fernando conseguiu fazer cair o sequestrador e pousar com tranquilidade.
Mas ele logo se recuperou e seguiu com o sequestro.
Era perto de 13h45 quando o pouso ocorreu.
Em terra, as negociações continuaram. O aeroporto foi cercado por agentes do EB e da PF, que quase invadiram a aeronave, mas foi, novamente, o piloto Fernando quem deu rumo às coisas.
Ele convenceu o sequestrador a pedir um avião menor, com bastante combustível, e com essa 2ª aeronave, ir em busca de sua vingança.
O sequestrador aceitou, mas exigiu que Fernando seguisse pilotando, o que o piloto aceitou.
Sua vida em trocar de 103 sobreviventes.
Todos os feridos foram atendidos em hospitais de Goiânia.
Nessa nova negociação, o sequestrador foi baleado pela equipe especial da Polícia Federal.
Fernando, o piloto reserva e o comissário baleado não corriam risco de morte.
Nem o sequestrador, nas informações prestadas pelo hospital. Misteriosamente, 3 dias depois, Raimundo Nonato morreu de forma estranha, segundo consta, foi vítima de anemia falsiforme.
No fim, o piloto Fernando, grande herói do sequestro, conseguiu salvar 104 vidas e evitou que tivéssemos um 11 de setembro muito antes das Torres Gêmeas.
Por seu feito, foi condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, a mais alta distinção honorífica do Comando da Aeronáutica.
Contudo, nunca recebeu qualquer palavra de agradecimento do Presidente Sarney, que se quedou calado acerca do sequestro.
_“Ele nunca me dirigiu a palavra. Nunca me agradeceu. Mas não tenho mágoa. Estou tranquilo com minha consciência e sei que fiz meu papel”_
E, até hoje, as manobras que o piloto Fernando efetuou naquele 29/09/1988 não são reconhecidas pela Boeing, que afirma categoricamente SER IMPOSSÍVEL FAZÊ-LAS EM UM BOEING 737-317.
O capitão Fernando provou serem possíveis.
É que esse herói pouco conhecido, o piloto Fernando, morreu ontem, em Búzios, aos 76 anos de idade.
Morreu com o crédito enorme de ter salvado 104 vidas e de ter agido, quando muitos não fariam nada.
Por isso, essa singela homenagem.
Que o comandante Fernando vá em paz, e que fique sua lição de altruísmo, em tempos tão duros de egoísmo e individualismo.

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