terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O que é o tempo?

O que é o tempo?

Se você tentar agarrar o tempo com as mãos, ele estará sempre deslizando por entre seus dedos – Julian Barbour, físico britânico e autor de “O fim do Tempo: A próxima revolução na Física”.


INTRODUÇÃO:
Este texto busca explorar questões reflexivas acerca do tempo. Este tema foi recorrente no pensamento de inúmeros filósofos, mas na abordagem que segue, não há aprofundamento específico de nenhum pensador, trata-se, apenas de uma tentativa de desconstruir a percepção e conhecimento comum que existe sobre o assunto. 

A DIVISÃO COTIDIANA DO TEMPO E SEUS POSSÍVEIS PROBLEMAS:
Independentemente do continente em que se esteja o homem, de alguma maneira, vive em função do tempo. As pessoas costumam guiar seus cotidianos por meio de relógio. Porém, poucas destas pessoas já dedicaram-se a refletir sobre o tempo, e certamente poucas são capazes de defini-lo. E, afinal, o que é o tempo? Santo Agostinho, certa vez escreveu: “Por conseguinte, o que é o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; porém, se euro explicá-lo a quem me pergunta, então não sei”. O que a maioria das pessoas pensa/sabe, é que o tempo é uma divisão do dia em um determinado número de horas, minutos e segundos, sendo que tais medidas encontram-se postuladas por uma sincronia com o movimento dos astros que, por sua vez, demarcam dia e noite, a duração de um dia, de uma semana, de um ano, etc. Enfim, o movimento dos astros e da Terra condiciona o calendário. Esta contagem que hoje é feita, cuja base é a duração do dia em 24 horas e da hora em 60 minutos, foi uma herança dos babilônios: “Esta divisão tendo o 12 como base teve sua origem na Babilônia (os babilônicos discutiam o ano em 360 dias e o ano em 12 meses de 30 duas; a cada 6 anos eles acrescentavam um mês para retomar o percurso do sol”. (PIETTRE, 1997 p.18). Porém, o autor esclarece um fato importante: essas marcas comuns poderia ser feita de outra maneira: “Claro que a medida do tempo que nós usamos é convencional; poderíamos dividir o dia em 10 horas ou 20 horas e operar a divisão do dia, da hora, do minuto tendo 10 como base, como fazemos, aliás, para dividir os segundos”. (PIETTRE, 1997 p.18).
“Por conseguinte, o que é o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; porém, se euro explicá-lo a quem me pergunta, então não sei.” – Santo Agostinho.
Portanto, até aqui, percebe-se que o tempo que conhecemos é simplesmente baseado numa medida comum que é criada conforme certa convenção, mas que poderia ser diferente. Agora, consideremos a divisão básica que fazemos para distinguir o tempo: passado, presente e futuro. Se o tempo que nos condiciona e que estabelecemos, é mera convenção, o que seriam essas três divisões? Primeiramente, talvez devêssemos considerar que consistam em criações meramente mentais que advém da razão. Isto é: essa divisão do tempo só existe na mente humana. Por exemplo: considere a leitura deste texto. Você está lendo no presente. Este presente foi futuro e agora já se tornou passado. Só que ele também foi futuro… É praticamente um tempo uno, que ocorre de uma só vez, sendo que você vivencia o agora, mas praticamente não o sente, já que ele logo se transforma em passado. Em 1955, Einstein declarou: “A distinção entre passado, presente e futuro é uma ilusão”. Toda a natureza pode ser modifica pela passagem do tempo, mas, um pássaro, uma flor ou um cão, não sabem distinguir ou situar passado, presente e futuro. Por conseguinte, estas três etapas são projeções mentais que parecem existir somente na consciência, pois: “o passado e o futuro, rigorosamente falando, não são; um não é mais, outro não é ainda, e o instante presente já não é mais, todos existem somente para a consciência, que se lembra, antecipa e faz durar o presente”. (PIETTRE, 1997 p. 206).
Albert Einstein, com a Teoria da Relatividade, afirmou que não existe um só tempo, existem tempos diversificados e que dependem da individualidade para serem sentidos. Além disso, o tempo , para o físico, não pode ser considerado separadamente do espaço (tempo-espaço). Einstein, com esse pensamento, desconstruiu uma concepção cotidiana e até mesmo científica de que o tempo é um só.  O tempo não ocorre da mesma forma para todos, depende da perspectiva, isto é, sua passagem  é afetada diretamente pelo movimento de um indivíduo no espaço. O tempo corre mais devagar para quem se encontra em movimento, e quanto maior for este movimento, com menor velocidade o tempo passará, ou seja, o movimento desacelera a passagem do tempo. Para tentar compreender a relatividade de Einstein, consideremos um caso prático. O russo Sergei Krikalev, ficou em órbita durante 803 dias 9 horas e 39 minutos. Levou com ele um relógio atômico que estava sincronizado com outro relógio, sendo que este segundo, estava na Terra. Quanto o astronauta retornou de sua viagem, seu aparelho estava com uma medida diferente do marcador que havia ficado em nosso planeta. A diferença era de 0,02 segundo de antecipação. Isto significa que, cientificamente, Krikalev viajou para o futuro (por 0,2 segundos). Contextualizando: o tempo para ele, enquanto estava no espaço, passou de maneira diferente daqueles que estavam na Terra.

O HOMEM E O TEMPO:
O pensador alemão Martin Heidegger também explorou a ideia de que a separação temporal é uma atividade tipicamente humana. Para ele, resumidamente, tal distinção ocorre a partir do momento em que os homens reconhecem suas finitudes, pois neste momento, surge o temor da morte, e este temos irá gerar remorsos passados e angústias futuras. Mas há um problema: será que todo ser humano faz distinção entre passado, presente e futuro? Por incrível que pareça, há um contraponto. Daniel Everett, linguista norte-americano que conviveu com uma tribo indígena brasileira chamada Pirarrã, para esta tribo, apenas o presente existe e estes índios não possuem concepção de passado ou futuro. Isto nos leva a especular que a divisão do tempo, não é, necessariamente uma atividade humana, já que existe uma notável exceção. Talvez possamos concluir, portanto, que o tempo existe somente para o espírito, mas que não é um fator a priori (ao menos não se levarmos em conta o comportamento dos Pirarrã, narrado por Everette).
Resta-nos dedicar nosso “tempo” para refletir sobre estes fatos tão instigantes e que são capazes de demolir  o conhecimento comum que formulamos sobre o assunto abordado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
PIETTRE, Bernard. Filosofia e Ciência do Tempo. 1997. Editora: Edusc.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Alimentos que melhoram o funcionamento da sua memória


Seus mais variados hábitos afetam o funcionamento de sua mente e sua memória, como os hábitos do sono e descanso, ou o quanto você exercita diariamente a sua mente. Hoje vou tratar especificamente de alimentos para melhorar o funcionamento do seu cérebro e da sua memória, que você deverá incluir em sua dieta para melhorar a performance de sua mente.

1. Café

Muito tomado no Brasil, o café é rico em duas substâncias que o tornam um dos melhores alimentos para turbinar seu cérebro e sua memória: a cafeína e os antioxidantes. Essas substâncias deixam o cérebro bem mais alerta e em um estado de maior eficiência, além de auxiliar na concentração.

2. Frutas silvestres

Também chamadas de berries, a família do mirtilo, cranberry, açaí, frutas vermelhas e goji berry são excelentes frutas ricas em anti-inflamatórios e antioxidantes. Não somente isso, mas por serem fáceis de petiscar são excelentes alimentos para turbinar seu cérebro e sua memória durante o dia, sendo fácil petiscar essas frutas durante o trabalho.

3. Abacate

Rica em gorduras monoinsaturas e excelente para o nosso sistema cardiovascular, além de uma das formas mais eficazes de se combater o colesterol alto, o abacate é uma das frutas mais saudáveis, e praticamente não possui contraindicações. Auxiliando na circulação sanguínea, o abacate melhora diretamente a performance do seu cérebro.

4. Nozes e castanhas

Semelhante às frutinhas que você pode comer no seu cotidiano, as nozes e castanhas podem ser um excelente e nutricional petisco. Com a vitamina E e o ômega 3, elas previnem problemas que se pode ter no cérebro e aceleram sua performance.

5. Azeite

Os antioxidantes do azeite protegem os tecidos de seu corpo, inclusive do seu cérebro, além de melhorar a performance do seu coração e a circulação sanguínea de forma direta. Assim você nutrirá as células do cérebro e ainda protegerá seu coração, basta usar com moderação que não fará mal algum.

6. Granola

Para quem busca uma melhora para suas manhãs, a granola é uma excelente escolha para primeira refeição. Rica em nutrientes com baixo índice glicêmico, ela fortalece o cérebro e dá a energia que você precisa para acordar com capacidade elevada de raciocínio. Além disso, para quem gosta, é possível misturar a granola com o pó do cacau puro, junto ao leite.

7. Peixes

Ricos em fósforo e ômega 3, peixes como a sardinha e o salmão são excelentes para proteger a saúde do seu cérebro e coração, e também aumentar a eficiência do funcionamento deles. Seu consumo cotidiano pode até mesmo te prevenir do Alzheimer.

8. Chá verde

Semelhante ao café, o chá verde é rico em cafeína e diversos nutrientes que aceleram sua performance. Por ser um líquido, ele metaboliza bem mais rápido e não gasta a energia do organismo com essa função, o que o torna ainda mais eficiente como alimento para melhorar seu foco no cotidiano. Só não exagere durante a noite para não ter risco de sofrer com insônia.

9. Cacau

O cacau é uma rica fonte de diversos nutrientes como ferro, magnésio e fibras, além de ser uma fonte de flavonoides, que melhora a circulação sanguínea ao cérebro melhorando as funções cognitivas, seu humor e também sua memória.
Justamente por isso é um dos melhores e mais gostosos alimentos para turbinar seu cérebro e sua memória. Porém, tome muito cuidado com qual será sua fonte de cacau. Por ser muito amargo, as pessoas costumam misturar ele ao açúcar, o que não é tão bom assim para seu cérebro e memória. Aposte nos chocolates mais amargos para ter melhores efeitos.

10. Brócolis

Famosa fonte de vitamina K, esse vegetal é capaz de fortalecer a nossa capacidade cognitiva, além de melhorar muito o nosso aprendizado e raciocínio lógico. Além disso, ele é fundamental para a manutenção de nosso cérebro, permitindo manter a memória funcionando em melhor eficiência, e justamente por isso é um dos mais saudáveis alimentos para turbinar seu cérebro e sua memória.
Pequenas mudanças em seus hábitos na alimentação podem gerar grandes resultados e benefícios para seu cérebro e sua memória. Comece colocar em prática, se alimente melhor e veja acontecer com você mesmo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Por que existem os anos bissextos?


A cada quatro anos nós temos um ano com 366 dias, denominado ano bissexto, que foi criado com o objetivo de ajustar o calendário anual ao movimento de translação da Terra. No ano bissexto o mês de Fevereiro possui 29 dias, ao invés de 28, como nos outros anos.
Mas por que isso acontece?
O ano é o tempo que a Terra demora a dar uma volta em torno do sol: 365 dias e cerca de 6 horas – na verdade são 5 horas 48 minutos e 46 segundos. Essas horas acumulam-se, e então a cada quatro anos temos um dia a mais (24 horas).
Sem o ajuste o calendário ficaria defasado com o passar dos anos, alterando alguns eventos, como as estações do ano, por exemplo. Os astrônomos têm corrigido os relógios mundiais em 1 segundo em algumas passagens de ano, o que poderá dispensar uma revisão de calendário futuramente.
Como calcular o ano bissexto:
Para sabermos se um ano é bissexto, basta conferir se ele não termina em 00 e é divisível por 4. Os anos terminados em 00 serão bissextos se a divisão deles por 400 for exata, ou seja, o resultado deve ser igual a zero.
·       1500
·       Não bissexto
·       1600
·       Bissexto
·       1700
·       Não bissexto
·       1800
·       Não bissexto
·       1900
·       Não bissexto
·       2000
·       Bissexto
·       2100
·       Não bissexto



E se não houvesse a Lua?


O planeta Terra já foi bem maior do que é hoje, até que um planeta “desgovernado”, chamado Theia, colidiu conosco. Este impacto acabou lançando parte da massa da Terra para o espaço, cujos fragmentos eventualmente formaram a nossa Lua. Pelo menos esta é a tese mais aceita na comunidade científica.
E porque devemos agradecer por este evento? Bem, além de fazer nosso planeta perder uns quilinhos, a formação da Lua foi essencial para o surgimento da vida como a conhecemos.
A Lua exerce força gravitacional sobre a Terra, atraindo e sendo atraída pela nossa massa, e, no seu movimento entorno de nós, ela acaba estabilizando o eixo do planeta na conhecida inclinação de 23,5 graus. Se não fosse por este satélite a inclinação da Terra iria variar drasticamente, como ocorre em Marte, cujo eixo varia entre 15 e 35 graus. A estabilidade do eixo é importante para que também haja estabilidade no clima, formando as estações do ano e mantendo temperaturas moderadas.
Outra função importantíssima do nosso satélite é a sua influência sobre as correntes marinhas. Conforme realiza seu movimento de translação em torno da Terra, a gravidade da Lua forma as marés, que variam de acordo com sua posição.
Se, por algum desastre, perdêssemos a Lua, o primeiro impacto seria sentido pelos animais marinhos, que evoluíram para se guiar em relação à maré. Assim como os animais noturnos, que precisam do luar para caçar a noite.
A longo prazo o impacto seria muito maior. Sem uma “âncora” como a Lua, nosso eixo iria mudar, alterando o clima em todo o planeta. Eventualmente os polos iriam desaparecer e os desertos congelar. Isto, obviamente, iria liquidar com diversas espécies. Embora alguns animais marinhos pudessem suportar melhor a mudança, já que nos oceanos as alterações climáticas demorem mais a serem sentidas.
Nossos dias também seriam menores, com apenas 15 horas, pois a Terra iria girar mais rápido sem a influência gravitacional do satélite.
Assim como em “A Máquina do Tempo” (2002), em que a Lua é destruída e, consequentemente, toda a civilização, os cientistas temem um cenário parecido: a Lua está indo embora. O astro se afasta de nós de 1 a 3 centímetros a cada ano, o que sugere que eventualmente ele irá escapar da gravidade da Terra (Calma! Serão milhares de anos até lá).

Dimensões do cérebro humano.

O cérebro humano pode operar em até 11 dimensões!

Que o cérebro é um órgão extremamente complexo do corpo humano não é novidade para ninguém. Mas o que foi descoberto sobre ele recentemente pode mudar muito a forma como o vemos. O projeto Blue Brain (cérebro azul), desenvolvido na Suíça, aponta que seria possível que o cérebro humano possa operar em até onze dimensões.
No estudo foi observada a estrutura do órgão a partir da topologia algébrica, utilizada recorrentemente pela matemática e que, como o próprio nome diz, associa estruturas algébricas a um espaço topológico para que ele possa ser analisado. Nas pesquisas para o projeto utilizou-se, também, um computador ultra avançado de modo que se pudesse construir uma visão estrutural do cérebro humano.
Dentre as descobertas, está o fato de que os neurônios formam pequenos grupos entre si, de acordo com suas afinidades.
Estes grupos, dependendo do número de neurônios, formam objetos geométricos maiores ou menores, mas todos de alta dimensão. Segundo as palavras do neurocientista Henry Markram do Instituto EFPL, foi encontrado “um mundo que nunca havíamos imaginado. Há dezenas de milhões desses objetos, mesmo numa pequena partícula do cérebro, através de sete dimensões. Em algumas redes, encontramos estruturas com até onze dimensões”.
Os avanços já feitos no estudo do cérebro humano
Embora a descoberta aqui relatada seja relativamente nova, o projeto dos cientistas suíços já existe desde 2005 e conta com uma rede de pesquisadores de vários países que se uniram para juntos embarcarem em viagem que pretende desvendar mais informações sobre o cérebro de mamíferos e, em especial, de seres humanos. Nestes 13 anos de existência avanços podem ser observados: é de autoria do Blue Brain, por exemplo, o modelo detalhado do neocórtex, nome dado às áreas mais evoluídas do córtex, que, é, por si só, a área mais evoluída de nosso cérebro.
Os problemas enfrentados pela pesquisa
O grande objetivo proposto pelo Blue Brain é construir, digitalmente, um modelo cerebral. Contudo, para a realização completa deste objetivo e conclusão do projeto faltam ainda informações importantes. Desvendar o cérebro seja em nível de estrutura ou funcionamento é tarefa árdua e requer ainda muitas pesquisas e estudos acerca do tema. Imagine o quão complexa é uma estrutura que carrega em si cerca de oitenta e seis mil milhões de neurônios! Não à toa este órgão, que nos é fundamental, é objeto de estudo de uma boa parte dos profissionais da saúde.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Acadêmicos concluintes dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da IMEPAC - Araguari

A convite do amigo prof. Me. Emanuel Ponciano, coordenador do curso de Administração do IMEPAC - Araguari, tive a honra de conversar sobre a prova do ENADE/2018, numa Oficina que reuniu acadêmicos concluintes dos cursos de Administração e Ciências Contábeis desta conceituada IES.
Aproveito a oportunidade para parabenizar os acadêmicos pelo comprometimento com o curso e desejar-lhes SUCESSO na prova. 
Mais uma vez agradeço ao prof. Me. Emanuel Ponciano pelo convite.


Título:Oficina prática ENADE/ADM 2018.
Quando:24/10/2018.
Facilitador:Me. Alírio Nogueira
Objetivos:ampliar a compreensão da comunidade acadêmica sobre a importância do Enade; garantir um momento de diálogo sobre o Enade; orientar os estudantes sobre a avaliação; esclarecer dúvidas.

Informações importantes
Em 2018, as seguintes áreas serão avaliadas:
I - Bacharel nas áreas de: 
a) Administração; 
b) Administração Pública; 
c) Ciências Contábeis; 
d) Ciências Econômicas; 
e) Comunicação Social - Jornalismo; 
f) Comunicação Social - Publicidade e Propaganda; 
g) Design; 
h) Direito; 
i) Psicologia; 
j) Relações Internacionais; 
k) Secretariado Executivo; 
l) Serviço Social; 
m) Teologia; 
n) Turismo
II - Tecnólogos nas áreas de: 
a) Comércio Exterior; 
b) Design de Interiores; 
c) Design de Moda; 
d) Design Gráfico; 
e) Gastronomia;
 f) Gestão Comercial; 
g) Gestão da Qualidade; 
h) Gestão de Recursos Humanos;
 i) Gestão Financeira; 
j) Gestão Pública;
k) Logística; 
l) Marketing;  

m) Processos Gerenciais.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Livro: "O jeito Harvard de ser feliz"

Entenda a verdadeira relação entre felicidade e sucesso e compreenda como as interações positivas que mantemos em nossa vida são mais importantes que dinheiro e conquistas materiais.
Um livro que me chamou atenção ultimamente foi: “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, de Shawn Achor. O autor é consultor e pesquisador americano, ex-professor na prestigiosa Universidade de Harvard, onde pesquisou por muitos anos a relação entre felicidade e sucesso. Achor é um seguidor da psicologia positiva.
Sua palestra no TED: “O segredo feliz para trabalhar melhor” é uma das mais populares, com mais de sete milhões de visualizações, e a pesquisa de Shawn sobre a felicidade foi publicada no “Harvard Business Review” e em outras revistas científicas.
Normalmente, pensamos no sucesso como se ele fosse o planeta Terra e a felicidade fosse a Lua. Ou seja, tendemos a acreditar que a felicidade “gravita” em torno do sucesso, com base na crença de que a felicidade é o que vem imediatamente após o sucesso. Pensando assim, primeiro devemos trabalhar duro para ter sucesso, e aí, então, seremos felizes por causa daquilo que conseguimos e alcançamos com o nosso trabalho.
Mas Shawn Achor acredita que essa relação é exatamente oposta, o que significa dizer que a felicidade é a Terra, e o sucesso, a Lua, pois é o sucesso que “gravita” em torno da felicidade. É a felicidade que nos levará a ter sucesso em tudo aquilo que fazemos, e não o contrário. Podemos ter sucesso e sermos infelizes, e os exemplos que comprovam isso nós vemos a toda hora. No entanto, se estivermos felizes, tenderemos a ser mais bem-sucedidos.
Mas, se o sucesso não nos leva à felicidade, como devemos fazer para alcançá-la? Segundo Achor, o grande segredo está nas interações que temos com as outras pessoas e, para provar a sua teoria, ele se utiliza de uma ferramenta conhecida como Linha de Losada.
A Linha de Losada é uma ferramenta extraordinária que tem o poder de impactar seus relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais.
Marcial Losada, psicólogo e cientista, desenvolveu uma metodologia científica em que atesta que pessoas de alta performance elogiam baseando-se em uma métrica.  Ele defende que, para conservar relacionamentos humanos de qualidade, é preciso manter três interações positivas contra uma negativa. É como se as três positivas neutralizassem aquela negativa.
Em outras palavras, os indivíduos e grupos que vivem acima de uma proporção de três interações positivas (como um louvor ou um sorriso) por um negativo (como uma queixa ou algum sinal de desprezo) tendem a “florescer”. Abaixo dessa relação, a tendência é “desaparecer”.
As interações positivas e negativas podem acontecer de várias maneiras. Algumas formas possíveis são: interações orais, elogios escritos ou feedback positivo, expressões gestuais (por exemplo, um polegar para cima) e interação corporal (por exemplo, um toque no ombro).
Os indivíduos acima da linha Losada tendem a ser significativamente mais felizes e produtivos. Não só serão propensos a trabalhar mais e melhor, como serão mais inovadores e criativos. O resultado disso é que eles tendem a ser mais bem-sucedidos.
De acordo com Achor, a proporção ideal é de 6 para 1. Os benefícios dessa razão são maiores quando vivemos em ambientes nos quais as interações positivas são seis vezes mais positivas do que as negativas. Ter essa relação de interação nos tornará capazes de produzir mais e melhor.
Achor ressalta que muitos de nós vivemos em meio a relacionamentos com indivíduos e grupos que estão longe da proporção de 6 a 1 ou da Linha de Losada (3 a 1). O que é bastante lamentável. A falta de interações positivas é um hábito social muito forte que é condicionado pela nossa cultura. O autor argumenta que devemos fazer um esforço para aumentar as interações positivas e diminuir as negativas, ao interagir com as pessoas com as quais nos relacionamos e / ou os grupos dos quais fazemos parte. Isso será bom não só para a nossa felicidade e sucesso, mas para aumentar o bem-estar geral daqueles que nos rodeiam.
A análise que Achor faz como resultado de seus estudos encontra fundamento em outra pesquisa também desenvolvida em Harvard, a Harvard Study of Adult Development, um projeto de pesquisa que, desde 1938, acompanhou de perto e examinou a vida de mais de 700 homens e, em alguns casos, seus cônjuges. O estudo revelou alguns fatores surpreendentes que determinam o que faz as pessoas envelhecerem de forma feliz e saudável, ou solitárias e em declínio mental.
O trabalho contraria as pesquisas que mostram que a maioria dos jovens adultos acredita que a obtenção de riqueza e fama são chaves para uma vida feliz, pois confirma que o mais importante para se envelhecer bem e viver uma vida longa e feliz não é a quantidade de dinheiro que você acumula ou a notoriedade que você recebe, mas sim, a força de seus relacionamentos com familiares, amigos e cônjuges.
“Nós publicamos nossas descobertas em periódicos acadêmicos que a maioria das pessoas não lê”, disse Robert Waldinger, professor clínico de psiquiatria na Harvard Medical School. “Mas nós realmente queríamos que as pessoas soubessem que esse estudo existe e que tem sido realizado por 75 anos. Nós fomos financiados pelo governo há tantos anos, e é importante que mais pessoas saibam disso além de acadêmicos”, ele afirma.
O estudo começou em Boston na década de 1930 com dois grupos muito diferentes de jovens.
Em um caso, uma equipe de pesquisadores decidiu rastrear os estudantes universitários de Harvard até a idade adulta para ver quais fatores desempenharam papéis importantes em seu crescimento e sucesso. O estudo recrutou 268 estudantes de segundo ano de Harvard e os acompanhou de perto, com entrevistas frequentes e exames de saúde. Nos últimos anos, o estudo também incorporou exames cerebrais, tiragem de sangue e entrevistas com cônjuges.
Em torno da mesma época em que o estudo começou, um professor da Faculdade de Direito de Harvard, chamado Sheldon Glueck, começou a estudar homens jovens de alguns dos bairros mais pobres de Boston, incluindo 456 que conseguiram evitar a delinquência, apesar de terem vindo de casas problemáticas. Eventualmente, os dois grupos foram mesclados em um estudo.
Ao longo das décadas, os homens que participaram do estudo atuaram em todos os setores da vida. Eles se tornaram advogados, médicos, empresários e – no caso de um estudante de Harvard chamado John F. Kennedy – presidente dos Estados Unidos. Outros trilharam caminhos diferentes: alguns se tornaram alcoólatras, tiveram carreiras decepcionantes ou afundaram em doenças mentais. Aqueles que permanecem vivos hoje estão na casa dos 90 anos.
Ao longo dos anos, o estudo produziu muitas descobertas notáveis. Ele mostrou, por exemplo, que, para envelhecer fisicamente, a única coisa mais importante que você poderia fazer era evitar fumar. Descobriu que os liberais tinham vida sexual mais longa e mais ativa do que os conservadores. Descobriu que o álcool foi a principal causa de divórcio entre os homens, e que o abuso de álcool frequentemente antecedeu a depressão (e não o contrário).
O estudo passou por vários diretores. O Dr. Waldinger, que assumiu o trabalho em 2003, é o quarto. Ele expandiu o estudo para que ele se não se concentrasse apenas nos homens, mas também em suas esposas e filhos. Os pesquisadores começaram a gravar os casais em suas casas, estudando suas interações e entrevistando-os, separadamente, sobre quase todas as facetas de suas vidas.
Como os pesquisadores analisaram os fatores que, ao longo dos anos, influenciaram fortemente a saúde e o bem-estar, eles descobriram que as relações com os amigos, e especialmente com os cônjuges, eram importantes. As pessoas com relações mais fortes foram protegidas contra doenças crônicas, doenças mentais e declínio da memória – mesmo que essas relações tivessem muitos altos e baixos.
“Esses bons relacionamentos não precisam ser suaves o tempo todo”, disse o Dr. Waldinger. “Alguns de nossos casais de octogenários poderiam brigar dia após dia. Mas, enquanto eles sentiam que podiam realmente contar com o outro, quando as coisas ficassem difíceis, todo o quadro deles era mais favorável.”
O Dr. Waldinger encontrou um padrão semelhante entre os relacionamentos fora do lar. As pessoas que procuraram substituir antigos colegas de trabalho por novos amigos, depois de se aposentar, foram mais felizes e saudáveis do que aqueles que deixaram o trabalho e colocaram menos ênfase na manutenção de redes sociais fortes.
“Uma e outra vez nesses 75 anos”, disse o Dr. Waldinger, “nosso estudo mostrou que as pessoas que melhoraram foram as que se apoiaram em relacionamentos com a família, com amigos e com a comunidade.”
Dr. Waldinger reconheceu que a pesquisa mostrou uma correlação, não necessariamente causalidade. Outra possibilidade é que as pessoas que estão mais saudáveis, fazem e mantêm relacionamentos, enquanto aquelas que estão mais doentes, gradualmente se tornam mais isoladas socialmente ou acabam em relacionamentos ruins. Mas ele disse que, por ter seguido os assuntos por muitas décadas e comparando o estado da saúde e os relacionamentos dos pesquisados desde o início, se sente bastante confiante em afirmar que fortes laços sociais são um papel causal na saúde em longo prazo e no bem-estar.
Sendo assim, quais as ações concretas que ele recomenda? “As possibilidades são infinitas”, disse ele. “Algo tão simples como substituir o tempo na tela com o tempo das pessoas, ou animar um relacionamento obsoleto, fazendo algo novo juntos, longas caminhadas ou noites especiais. Ligue para o membro da família com quem você não fala há anos – porque essas rixas familiares muito comuns causam um impacto terrível nas pessoas que guardam rancores.”
Devemos cotidianamente praticar a gratidão em nossas vidas e em nossas relações interpessoais.  E, se a gente parar para pensar e se atentar, há tantas coisas bacanas que nos acontecem e às quais deveríamos dar mais valor e sermos mais gratos! 
Já pensou em anotar as coisas boas que lhe aconteceram ao longo do dia e depois compartilhar com sua família? 
Ou ainda, ter o hábito de mandar mensagem de texto, a fim de valorizar e agradecer às pessoas que o ajudaram? 
Essas são as tais interações positivas que Achor destaca como fundamentais para a felicidade e que são tão simples de serem realizadas.



Este livro não discute apenas como ser mais feliz, trata de nos ensinar a colher os frutos de uma atitude mental mais positiva que proporcione efeitos extraordinários no nosso trabalho e na nossa vida, sendo leitura obrigatória para todos aqueles que buscam a excelência em um mundo onde a carga de trabalho, o estresse e o negativismo estão cada vez maiores.

BUSCA PERSONALIZADA

Busca personalizada