quinta-feira, 25 de junho de 2009

A história das Marcas




Tudo começou em 1927, quando o tenista francês René Lacoste foi o principal responsável pela primeira vitória francesa na Taça Davis e colecionou títulos nos famosos torneios de Roland Garros, Wimbledon e Forrest Hills. Ele utilizou a figura de um crocodilo, baseado em seu apelido “Alligator”, dado pela agência de notícias Associated Press, após o tenista ter feito uma aposta com o capitão da equipe de tênis da França para Copa Davis. O técnico prometeu oferecer-lhe uma mala de crocodilo se ele ganhasse um jogo importante para a sua equipe. O público americano fixou este sobrenome que representava a tenacidade que o jogador demonstrou no terreno de tênis, não largando nunca a sua presa. O amigo Robert George desenhou então para René um crocodilo que foi bordado na jaqueta que ele usava na quadra de jogo e depois em uma camisa de mangas curtas com gola e botõezinhos que iam do pescoço ao peito. O uniforme inusitado apareceu pela primeira vez no Torneio Aberto dos Estados Unidos. Dois anos depois, ele abandonou as quadras por causa de uma tuberculose e dedicou-se totalmente aos negócios da sua marca.

Reprodução
Em 1933, juntamente com André Gillier, dono de uma das maiores fábricas francesas de roupas, começaram a produzir camisas para tênis, golfe e iatismo, lançando o primeiro catálogo da marca. A primeira camisa LACOSTE era branca, ligeiramente mais curta que suas contemporâneas, de mangas curtas e com colarinho de bordos cortados. A camisa constituiu imediatamente uma revolução junto aos jogadores de tênis da época, os quais usavam, nessa altura, durante os encontros, camisas de estilo clássico, em tecido tramado com duas teias, de mangas compridas. Rapidamente as camisetas pólo LACOSTE desbancaram as tradicionais camisas de colarinho duro, vendendo cerca de 300 mil unidades em 1939. Nesta época a empresa investiu no progresso e crescimento das vendas junto ao consumidor. Com a Segunda Guerra Mundial, a empresa interrompe a produção, retornando somente em 1946.
As exportações começaram em 1951 para a Itália, assim como a variedade de cores adicionada ao produto. No ano seguinte a marca ingressa no mercado americano. René Lacoste revolucionou o mercado de tênis ao inventar em 1963 as raquetes feitas de aço, muito superior as feitas de madeira. As raquetes eram distribuídas pela Wilson nos Estados Unidos. O modelo ganhou 46 títulos em torneios do Grand Slam entre 1966 e 1978 e foi utilizada por Jimmy Connors e Billie Jean King. Somente em 1978 os produtos da marca começam a ser distribuídos no Brasil. No ano de 1981 a empresa inaugura a primeira Boutique LACOSTE do mundo na Avenida Victor Hugo em Paris. A partir dos anos 90 a popularidade da marca LACOSTE estava em queda, até que o estilista francês Christophe Lemaire assumiu o controle criativo da empresa. Ele modernizou a marca, mantendo o estilo criado por René Lacoste, e expandiu suas lojas inaugurando em 1994 a primeira loja na China; no ano seguinte as primeiras unidades nos Estados Unidos, localizadas em Palm Beach e Bal Harbour, no estado da Flórida; lojas em Moscou e Nova York; e em 2002 inaugurou lojas em Düsseldorf, Tóquio, Orlando, Istambul e Dallas. Foi desta maneira que o “Crocodilo” da LACOSTE tornou-se famoso no mundo inteiro.
A linha do tempo
1959 - Lançamento da coleção para crianças.
1960 - Lançamento dos shorts e das camisas pólos listradas, acrescentando mais produtos ao seu catálogo.
1968 - Firmou um contrato de licenciamento com Jean Patou para fabricação da colônia LACOSTE Eau de Toilette.
1974 - René inventa o damper que será utilizado nas raquetes LACOSTE de aço. Esta peça patenteada, situada na extremidade do cabo da raquete, absorve as vibrações ao mesmo tempo melhorando a precisão e aumenta a restituição de energia.
1981 - Lançamento de uma linha de óculo solares.
1984 - Lançamento de uma nova linha de produtos de perfumaria para homens juntamente com Jean Patou.
1985 - Criação de calçados para a pratica do tênis, fabricados na França, seguida da criação de calçados para usar nos barcos, em 1986, e de calçados para outdoor em 1988.
Apresentação no Salão Náutico de Paris do barco LACOSTE 42 (o produto de maior dimensões, assinado pela marca). Desenhado pelos arquitetos americanos Stephens et Sarkman, foi construído em edição limitada.
1988 - Lançamento da raquete EQUIJET. Pela sua forma especial, esta raquete alia as vantagens do crivo pequeno às do crivo grande. O tenista Guy Forget ganhou a Copa Davis três anos mais tarde, em 1991, com esta raquete.
1993 - Assinatura de um acordo de licença com a sociedade suíça ROVENTA-HENEX para a concepção e fabrico de uma linha de relógios LACOSTE.
1995 - Criação de um novo conceito de mobiliário, para as lojas LACOSTE, pelo decorador Yves Taralon.
1999 - Lançamento do primeiro perfume feminino LACOSTE for women em setembro.
2000 - Lançamento da primeira linha de roupas íntimas masculinas.Lançamento da linha de malas, sacolas e bolsas em couro através de um acordo com a Samsonite.
2001 - Em julho, pela primeira vez na sua história, a LACOSTE decidiu desfilar em Paris, apresentando coleções masculinas para a estação Primavera-Verão.
2002 - Lançamento mundial do perfume Lacoste Pour Homme com uma campanha publicitária de grande envergadura. Desde as primeiras semanas de lançamento, perfume é um best-seller nas perfumarias do mundo inteiro.
2004 - Lançamento do perfume feminino Touch of Pink, personificada por Natasha Thomas, uma jovem cantora e modelo.
2005 - Lançamento do LACOSTE ESSENTIAL, uma fragrância que alia discrição e exuberância, frescura e conforto, classicismo e modernismo.
2007 - Lançamento de uma linha de cama-mesa-banho.

A famosa camisa pólo

A história da Lacoste

A famosa camisa pólo LACOSTE, um verdadeiro ícone da marca, tem um preço médio de cerca € 65 na Europa, US$ 75 nos Estados Unidos e R$ 180 no Brasil. O seu custo deve-se ao processo de fabricação: são usados mais de 20 km de fio de algodão para cada camisa e o processo de tingimento leva mais de 12 horas para ser completado. Uma das maiores evoluções da camisa pólo foi o modelo pique strech, uma mescla formada por 94% de algodão e 6% de elastano. O tecido diferenciado proporciona mais conforto, leveza e uma real liberdade de movimentos a camisa pólo LACOSTE. O material possibilita também uma maior criatividade e permite conceber uma linha mais atual. Atualmente as camisas pólos são vendidas em mais de 60 cores.


Os dados
Origem: França
Fundação: 1933
Fundador: René Lacoste
Sede mundial: Paris
Proprietário da marca: Lacoste Family (65%)
Capital aberto: Não
Chairman: Michel Lacoste
Faturamento: € 1.5 bilhões (2007)
Lojas: 996
Presença global: + 110 países
Lojas no Brasil: 51
Segmento: Roupas e acessórios
Principais produtos: Roupas e acessórios esportivos
Ícones: Crocodilo de seu logotipo e suas camisas pólos
Slogan: Un peu d'air sur terre.
Website: www.lacoste.com
A marca no mundo
A marca está presente em mais de 110 países ao redor do mundo, contando com 996 lojas próprias e tendo seus produtos vendidos em mais de 2.000 pontos de vendas que incluem lojas licenciadas, lojas de departamentos e grandes magazines.
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Você sabia?
Todos os anos, cerca de 50 milhões de itens são vendidos sob o nome LACOSTE.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Turma da pós-graduação em Gestão Estratégica e Negócios da Faculdade SESPA de Patos de Minas

Nos dias 20 e 21 de junho, ministrei aulas do módulo de Gestão de Marketing para a Turma do curso de Gestão Estratégica e Negócios da Faculdade SESPA de Patos de Minas. Meus agradecimentos à coordenadora da pós profª Iris Barcelos, à secretária Daliana e aos acadêmicos pelo carinho e atenção a mim dispensados.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Semiótica ou Semiologia

Quantos pontos pretos que você visualiza na figura abaixo?

Semiótica: os símbolos à nossa volta.

Estuda a correspondência entre signos e símbolos e seu papel na atribuição de significado.

Para ajudar na compreensão do modo como os consumidores interpretam os significados dos símbolos, alguns profissionais de marketing estão se voltando para o campo de estudo da semiótica. Ela é importante para compreender o comportamento do consumidor quanto ao uso de produtos para expressar identidades sociais. Os produtos têm significados aprendidos, e confiamos nos profissionais de marketing para nos ajudar a entender quais são esses significados.

"A propaganda serve como um tipo de dicionário de cultura do consumo; seus verbetes são os produtos, e suas definições são significados culturais"

A partir da pesquisa da semiótica, toda mensagem de marketing tem três componentes:



OBJETO - produto que é foco da mensagem;
SIGNO - imagem sensorial que representa os significados pretendidos do objeto e
TRADUÇÃO - significado derivado.

De acordo com o especialista em Semiótica Charles Sanders Peirce, os signos são relacionados a objetos de uma das três formas: podem se assemelhar a objetos, estar conectados a eles ou ser convencionalmente ligados a eles.

Um ícone é em signo que se assemelha ao produto de alguma maneira ( por exemplo: o cavalinho rompante da Ferrari).

Um índice é um signo que está conectado a um produto, pois ambos compartilham alguma propriedade (como o pinheiro dos produtos de limpeza.

Um símbolo é um signo que se relaciona com o produto por meio de associações convencionais ou consensuais (o jacaré da Lacoste oferece a associação convencional com a tenacidade que demonstrava seu fundador René Lacoste, no terreno de tênis, não largando nunca a presa!).

Muito tempo, reflexão e dinheiro são investidos na criação de nomes e logomarca que comuniquem claramente a imagem de um produto. Por exemplo: a Nissan Xterra combinou a palavra "terreno" com a letra X, que muitos jovens associam a esportes radicais, para dar ao nome da marca uma sensação de vangarda off-road.

A forma como o consumidor percebe é determinante no processo de decisão de compra, regendo as relações entre o indivíduo e o mundo.

Para que o objeto atraia a atenção do indivíduo é necessário observar algumas características: intensidade; tamanho; forma; cor; mobilidade; contraste e localização.

As informações recebidas são processadas em dois níveis:
sensação (recepção) e
interpretação (dar significado as sensações recebidas).

A utilização de cores como elementos visuais para estimular a percepção e traduzir significado é um importante recurso na publicidade e propaganda, por sua capacidade de influenciar diretamente as emoções e as atitudes do consumidor:
 vermelho-claro (vivo): alegria;
 vermelho-escuro: depressão;
 rosa-pálido: feminilidade;
 rosa-forte: frivolidade;
 laranja-claro: limpeza;
 laranja-escuro: desolação;
 amarelo-claro: nitidez;
 amarelo-escuro: apelo aos sentidos;
 violeta: opressão;
 verde-claro: frescor;
 verde-escuro: decadência;
 azul-claro: tranqüilidade;
 azul-escuro: depressão;
 azul-violáceo: repouso e
 azul-marinho: profundidade.

As cores mais recomendadas para as embalagens:
 café: marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho;
 chocolate: marrom-claro ou vermelho-alaranjado;
 leite: azul em vários tons, as vezes com toques de vermelho;
 gorduras vegetais: verde-claro ou amarelo não muito forte;
 doces: vermelho alaranjado;
 frutas e compotas: fundo vermelho, as vezes com toque de amarelo;
 massas alimentícias: produto em transparência, com toque
de vermelho; amarelo –ouro e às vezes com toques azuis;
 chá-mate: vermelho, branco e marrom;
 queijos: azul claro, vermelho e branco, amarelo claro;
 sorvetes: laranja, azul-claro, amarelo-ouro;
 óleos e azeites: verde, vermelho e toques de azul;
 iogurte: branco e azul;
 cerveja: amarelo-ouro, vermelho e branco;
 ceras: tons de marrom e branco;
 detergentes: rosa, azul-turquesa, azul, cinza esverdeado,
branco azulado;
 inseticidas: amarelo e preto, verde escuro;
 cosméticos: azul pastel, rosa e amarelo-ouro;
 perfumes: roxo, amarelo ouro e prateado;
 bronzeadores:laranja e vermelho;

Bibliografia sobre Semiótica:

SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. 1 ed., São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

NÖTH, Winfried. A semiótica no século XX. Coleção E, volume 5. São Paulo: Annablume, 1996.

PEIRCE, Charles Sanders. Estudos coligidos. Tradução: A. M. D'Oliveira. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SANTAELLA, Lucia & NÖTH, Winfried. Imagem - cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 1997.

HIPPÓLYTO, Fernando. Operações psicológicas: Abordagem semiótica da comunicação na guerra moderna. Natal: UnP, 2007.

SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos. 1 ed., São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Imagens preciosas

Inicio essa série, com o trabalho do fotógrafo e ex-surfista, Clark Little(39 anos), que se dedica a fotografar do interior das ondas.
Há dois anos, ele vive da venda dessas obras de arte.
Confira outras preciosidades no site:
http://www.clarklittlephotography.com/gallery/




Aprecie outras fotos em que os fotógrafos fizeram uso adequado do conceito japonês, just-in-time:










Para mim a mais preciosa de todas,a foto de minha neta Beatriz:

domingo, 7 de junho de 2009

Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing e Pessoas da Faculdade do Triângulo Mineiro - Ituiutaba M.G.

No dia 06 de junho, estive na F.T.M - Faculdade do Triângulo Mineiro, em Ituiutaba, M. G., ministrando o módulo Marketing de Serviços, no curso de pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing e Pessoas.
Quero registrar aqui, meus agradecimentos ao coordenador da pós da FTM, profº. José Nilson e a toda turma que me surpreendeu positivamente, pelo comprometimento com o curso.
Obrigado a todos pela forma calorosa que me receberam.

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