terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Design Thinking, você sabe o que é?

Design Thinking é um conceito de inovação usado por grande parte das empresas que buscam soluções para problemas por meio de análise do usuário, ou seja, é uma forma de observar os produtos e/ou serviços desenhados para clientes sob o olhar do consumidor final antecipando seus desejos, otimizando tempo e evitando (ou ao menos diminuindo) problemas posteriores. É uma evolução na área de marketing que ultrapassa as ideais do design tradicional que geralmente busca pela funcionalidade, desempenho e design aceitável, padronizado e tradicional, sem experimentar novas formas, novas ideias e sem ousadia.

O criador desse conceito revolucionário foi Tim Brown, designer e CEO da IDEO e dono da famosa frase: “Quando um produto ou serviço é inovador ele causa impacto na vida das pessoas e transforma para sempre a forma dessas pessoas viverem e trabalharem”. Em 2009 ele se tornou referência pelo desenvolvimento do conceito de design thinking e colocou a empresa entra as dez mais inovadoras do mundo. Esse nome deu origem ao livro de mesmo título que vendeu milhares de exemplares no mundo inteiro, inclusive no Brasil em 2010. A partir de então, inúmeras companhias passaram a inserir o conceito na cultura da empresa.
O conceito conecta basicamente três frentes: exigência com utilidade, restrições com possibilidade e necessidade com demanda. Ele pode ser aplicado não só em produtos, que tradicionalmente é mais usado quando se pensa em design, mas também em espaços e serviços. O design thinking propõe soluções para problemas abstratos que existem no campo das ideias e conversa com diversas áreas de uma empresa como o planejamento estratégico, design de serviços, design de produto, design de interiores e branding.
O design thinking se preocupa não só com o processo de resolução e aprimoramento, mas também com as pessoas envolvidas tanto no processo quanto no recebimento, no caso dos consumidores. Ele é guiado por etapas que reúnem a coleta de informações, análises, testes e insights com um embasamento mais profundo. O passo a passo de imersão, análise e síntese, ideação até chegar em prototipação – momento em que o conceito toma forma – colocando o usuário em primeiro lugar, como protagonista. O desafio é desenvolver a capacidade de ser o cliente e ao mesmo tempo o observador, sensibilizando assim a percepção durante as etapas.



terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O que é a Sala de Aula Invertida?

A principal ideia da sala de aula invertida é que devemos pensar sobre qual é o melhor uso do tempo em classe.


Uma metodologia eficiente de ensino pode transformar o modo como o aluno encara o próprio aprendizado. A teoria construtivista, criada no início do século XX pelo psicólogo Jean Piaget e, posteriormente, desenvolvida pelo psicólogo russo Lev Vygotsky, considera que o conhecimento só é adquirido por meio de um processo elaborativo, ou seja, no processo em que o foco esteja na produção do saber feita pelo aluno. Seguindo a mesma linha, a metodologia da Sala de Aula Invertida apresenta-se como inovadora.
O que é a Sala de Aula Invertida?
A Sala de Aula Invertida ou, em inglês, Flipped Classroom, é uma metodologia de ensino que tem suas raízes no ensino híbrido e cuja ideia se fundamenta em uma participação maior do aluno na construção de seu próprio conhecimento.
Trata-se de um método originado em 2007, nos Estados Unidos, enquanto dois professores, Jonathan Bergmann e Aron Sams, gravavam aulas para alunos que faltavam às aulas. Deste episódio surgiu a metodologia que propõe uma inversão da utilização da sala de aula: se antes ela era utilizada para transmitir conhecimento – os alunos recebiam passivamente as orientações do professor – agora ela serve para solucionar dúvidas e fazer exercícios.
O conceito básico da Sala de Aula Invertida é transferir os eventos que antes eram realizados em aula para serem realizados em casa, e as atividades que antes eram feitas em casa passam a ser feitas em aula. Ou seja, o aluno assume a responsabilidade pelo estudo teórico em casa e a aula presencial serve para aplicação prática dos conceitos estudados anteriormente.
A metodologia Sala de Aula Invertida já foi testada e aprovada por universidades nos EUA como Duke, Stanford, Harvard e Massachutsetts Institute of  Technology – MIT.  Desde então esta metodologia vem se tornando tendência, sendo adotada também por algumas escolas e universidades brasileiras

Como funciona esta metodologia?
No ensino tradicional, as atividades de ensino são distribuídas cronologicamente da seguinte forma: inicialmente ocorre a explicação do professor em sala de aula e, depois, deve acontecer a resolução de exercícios e problemas pelos alunos em casa.
Na metodologia Sala de Aula Invertida, como o próprio nome indica, ocorre o processo inverso: os alunos estudam o conteúdo da disciplina em casa, ou seja, leem textos e aprendem por videoaulas e outros recursos tecnológicos interativos disponibilizados pelo professor.
Quando os alunos chegam na sala de aula, os primeiros minutos são destinados ao esclarecimento de dúvidas pelo professor e abordagem de temas importantes que não foram totalmente compreendidos. Posteriormente, o professor propõe a resolução de exercícios e outras atividades complementares práticas e mais extensas, concentradas no trabalho cognitivo: aplicar, analisar, avaliar e criar; e os alunos contam com o apoio de seus pares e do professor.
Então os alunos resolvem os problemas e, juntos, contribuem para uma construção coletiva do conhecimento.

Quais são seus benefícios?
As vantagens da Sala de Aula Invertida são muitas, que vão desde uma atuação diferente do professor, que agora exerce o papel de tutor, até um maior engajamento do aluno quanto aos temas estudados. Contudo, há de se destacar, pelo menos, os seguintes pontos:
1. Melhoria no aprendizado dos alunos
Segundo levantamentos realizados na Universidade de British Columbia e Harvard, nos Estados Unidos, com a metodologia Sala de Aula Invertida algumas disciplinas obtiveram um aumento de até 20% na presença e 40% na participação dos alunos. Além disso, alunos inscritos em aulas invertidas tiveram até 74% de ganho na aprendizagem.
2. Melhor gestão do tempo de estudos
Cada aluno possui um tempo diferente para compreender determinados assuntos. Os recursos tecnológicos interativos disponibilizados online pelo professor possibilitam mais flexibilidade de tempo ao aluno, pois tudo estará disponível para acesso a qualquer momento. Também será possível voltar e revisar o conteúdo quantas vezes forem necessárias, fazendo com que o aprendizado aconteça respeitando o ritmo do aluno.
3. Torna os alunos muito mais interessados
Com a Sala de Aula Invertida os alunos se tornam mais participativos, pois precisam se preparar com antecedência para as aulas e possuem diversos recursos tecnológicos interessantes para recorrer. Os alunos constroem o conhecimento de forma autônoma, gerando em si automotivação, criatividade, senso de responsabilidade e organização.
4. Melhora a relação professor e aluno
Como mediador na construção do conhecimento, o professor fortalecerá sua relação com os alunos aproveitando, de forma muito mais produtiva, o tempo em sala de aula, criando novas oportunidades de aprendizagem, tornando a aula mais envolvente, dinâmica e colaborativa.
5. Produção colaborativa
Além do compartilhamento de conteúdo realizado com antecedência pelo professor, caso a Instituição de Ensino utilize ferramentas de ensino online, os alunos também poderão produzir e compartilhar seus próprios conteúdos, aplicando assim a produção colaborativa – fundamental na metodologia Sala de Aula Invertida.

Desafios
Como o ensino tradicional está intimamente ligado à explicação do professor em sala de aula, a adoção da metodologia da Sala de Aula Invertida pode trazer à tona alguns desafios:
Os alunos podem se sentir perdidos ou desmotivados a realizarem seus estudos em casa;
Perda de autoridade do professor em sala de aula;
Mudança comportamental do aluno tanto dentro quanto fora da sala de aula;
Aumento da carga de trabalho do professor.
Para superar estes desafios é necessário que haja uma adaptação das aulas antes que elas sejam “invertidas” por completo, para que os alunos se sintam confortáveis com a ideia dessa nova metodologia e os professores tenham um planejamento de conteúdo de médio a longo prazo.
O trabalho colaborativo entre professor e aluno se torna ainda mais necessário, pois se o aluno não estudar o conteúdo em casa ou encontrar dificuldade em interagir em classe, ele pode ficar desmotivado e ter seu aprendizado prejudicado. Por isso o professor deve estar sempre atento, produzindo materiais mais intuitivos e criando aulas presenciais mais atraentes e convidativas para os alunos.

Como implementar esta metodologia ativa?
Sabemos que toda novidade, num primeiro momento, pode causar resistência e estranheza. Sendo assim, é necessário muito planejamento e argumentação para que, tanto a Instituição de Ensino quanto alunos, pais e ou responsáveis, apoiem a ideia. Pode não haver adesão integral imediata, porém isso não impede a implantação gradativa da metodologia, desde que bem contextualizada.
A qualificação dos professores é imprescindível na Sala de Aula Invertida, pois eles são os responsáveis por definir e produzir o conteúdo que será disponibilizado online e também por traçar as estratégias que serão utilizadas durante a aula presencial.
É importante que os conteúdos online sejam simples, objetivos e dinâmicos, para que possam prender a atenção do aluno e fazer com que ele queira prosseguir até o final da lição. O professor deve estar atento ao desenvolvimento das turmas para poder atualizar ou reinventar o conteúdo sempre que precisar.

Recursos de apoio à aula
Se para um professor é difícil prender a atenção do aluno por muito tempo estando todos em uma mesma sala de aula, imagine a dificuldade que é para prender a atenção do aluno estando longe dele! Por isso alguns recursos podem contribuir para que o professor obtenha sucesso na aplicação da Sala de Aula Invertida. Seguem abaixo alguns exemplos:
  • Vídeos e videoaulas: recomenda-se vídeos de 5 a 7 minutos de duração no máximo;
  • Gamificação (jogos): são excelentes recursos desde que estejam inseridos no contexto da aula;
  • Textos e artigos: disponibilizados em forma de arquivos online ou impressos são indispensáveis;
  • Quizzes: devem ser usados para avaliar o aluno de forma interativa;
  • Slides: apresentações com slides explicativos e, muitas vezes, animados são didáticas e apropriadas;
  • Áudio em podcasts: muito útil para o professor deixar dicas de estudos para os alunos.

Ferramentas de apoio
A união da tecnologia educacional e atividades de aprendizagem oferece aos professores diversas ferramentas que facilitam a produção de conteúdo, enriquecem as aulas, auxiliam na gestão das atividades e no desempenho do aluno. A seguir, listamos algumas ferramentas importantes que dão sustentação à metodologia Sala de Aula Invertida:
·      ERP Educacional integrado ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA);
  • Compartilhamento de Arquivos em Nuvem, de preferência pelo AVA;
  • Disponibilização de vídeos didáticos, de preferência pelo AVA;
  • Disponibilização de questionários, de preferência pelo AVA;
  • Criação de fóruns, de preferência pelo AVA;
  • Disponibilização de bibliotecas digitais, blogs e sites, de preferência referenciados a partir do AVA.
Neste ponto vale destacar o ORION – ERP Educacional Completo e Totalmente Integrado. Ele auxilia em toda a gestão acadêmica da Instituição de Ensino e possui integração nativa com o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) mais famoso do mundo – o Moodle. No ORION é possível que o professor elabore seu plano de ensino e planeje suas aulas prevendo tanto conteúdo para aplicação nas aulas presenciais quanto conteúdo de apoio ao aprendizado que são compartilhados para os alunos estudarem em casa.
Como ferramenta de apoio, deve-se destacar também a importância de Business Analytics aplicados à Educação, tal como o BA2Edu. Ela permite não só o monitoramento do desempenho acadêmico do aluno, como também pode sugerir unidades de aprendizagem utilizando o conceito de Adaptive Learning.
Para concluir, consideramos a Metodologia de Ensino denominada Sala de Aula Invertida como inovadora, na medida em que reorganiza a relação entre professor e aluno e entre o processo de ensino e aprendizagem, estimulando a construção coletiva do conhecimento. Sua implementação poderá trazer resultados positivos para alunos, professores e para a sua Instituição de Ensino.


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