A palestra de abertura foi ministrada pelo matemático e físico nuclear pela USP, Dagoberto Hajjar, com o tema: Economia, tecnologia e o impacto no mercado. Hajjar trabalhou, durante 10 anos, na Microsoft contando com grandes realizações e muito sucesso exercendo, entre outros, as atividades de Diretor de Internet, Diretor de Marketing, e Diretor de Estratégia. Recebeu, do próprio Bill Gates, o prêmio de melhor funcionário da Microsoft – sendo a primeira vez que este prêmio fora concedido para um “não-americano”.
Dagoberto Hajjar |
No encerramento do evento, com o tema: Profissão empreendedora, falou o palestrante Caco Barcellos.
Cláudio Barcellos de Barcellos |
Em Porto Alegre, o jornalista iniciou sua vida na periferia da cidade,
na Vila São José de Murialdo. Desde o início de sua formação profissional,
Barcellos demonstrava uma constante indignação com a brutalidade policial que
presenciava no local. Antes de se tornar um dos jornalistas mais conhecidos do
Brasil, ele atuou em diversas profissões como, por exemplo, taxista.
Como jornalista, iniciou seus trabalhos como repórter no jornal Folha da
Manhã, que pertencia ao grupo Caldas Júnior. Durante os anos 70, Caco
Barcellos teve uma destacada atuação na imprensa alternativa e foi um dos
fundadores da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre.
Fora isso, criou a revista Versus, publicação que tinha o objetivo de
apresentar grandes reportagens sobre o continente latino-americano.
Trabalhou como repórter para as revistas Veja e Istoé e atuou como
correspondente internacional na cidade de Nova Iorque. Neste período, que durou
seis anos, foi apresentador de um programa no canal Globo News, pertencente à
Rede Globo de Televisão. No ano de 2001, deixa os EUA para se tornar
correspondente da Globo em Londres. Barcellos ainda atuou em programas
tradicionais como o Jornal Nacional, Fantástico, Globo Repórter e, mais
recentemente, o Profissão Repórter.
Além do trabalho de repórter, Caco Barcellos também é escritor. Entre
suas obras, destaca-se o livro Rota 66. Para escrevê-lo, o jornalista passou
oito meses pesquisando, noites sem dormir e foi vítima de inúmeras ameaças por
denunciar a truculência da polícia paulistana nas periferias da cidade. Após
muita pesquisa, Barcellos identificou 4.200 delinquentes e jovens assassinados
pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Depois de lançar Rota 66, o
jornalista foi para o exterior, pois causou descontentamento em muitos coronéis
da PM.
Outra obra de destaque de Caco Barcellos foi Abusado, o Dono do Morro
Dona Marta. Neste livro, o jornalista dá enfoque ao tráfico existente nos
morros do Rio de
Janeiro, o surgimento de grandes traficantes e seu relacionamento
com a comunidade. Escrito em forma de romance, Abusado ficou por cerca de um
ano nas listas dos mais vendidos no País e é indicado como leitura obrigatória
para o vestibular de algumas das principais faculdades de Comunicação Social brasileiras.
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