terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Círculo da Liderança

Círculo da Liderança

 Muitas pessoas que têm dificuldade para liderar porque sua abordagem não tem uma visão de longo prazo. Tentam ganhar influência rápido demais. Liderar não é um evento do passado; é um processo contínuo que leva tempo – principalmente com os colegas. 
Se quiser ganhar influência e credibilidade com as pessoas, aprenda pôr em prática e completar o círculo de liderança com elas. 
1 – Cuidado – Tenha interesse pelas pessoas 
Pode parecer extremamente simples, mas tudo realmente começa aqui. Vocêtem de mostrar às pessoas que se preocupa com elas tendo interesse por elas. Muitos líderes são tão orientados à ação e levados pela agenda que não fazem das pessoas de fato prioridade. Se essa for a sua situação, então vocêprecisa mudá-la. 
Procure valor em cada pessoa. Ponha-se no lugar dos outros. Encontre razões para gostar delas. Vocênão terá interesse pelas pessoas se, lá no fundo, não se preocupar com coisa alguma em relação a elas. E, nesse caso, essa falha será um obstáculo à sua capacidade de liderar pessoas. 
2 – Aprendizagem – Conheça as pessoas 
Mostrar às pessoas que vocêse preocupa com elas é sempre uma boa atitude. Mas conhecer seus colegas, superiores e subordinados é um processo fundamental para exercer liderança. Faça um esforço para conhecê-las. 
Reserve um tempo para conversar com seus colegas na organização. Peça para ouvir suas histórias. Tente descobrir as melhores habilidades deles. Aprenda a apreciar suas diferenças. Peça opiniões sobre questões relacionadas ao trabalho. E, o máximo que puder, tente se pôr no lugar deles. 
3- Apreciação – Respeite as pessoas 
Temos tendência de apreciar pessoas que podem fazer as coisas que admiramos. Isso é natural. Mas se só apreciamos pessoas iguais a nós mesmos, estamos perdendo muita coisa. Devemos esforçar-nos para ver as habilidades e experiências únicas dos outros como um recurso e tentar aprender com elas. Devemos sempre esperar o melhor das pessoas e respeitá-las. 
Se você tratar seus colegas e subordinados com respeito, apreciando-os pela pessoa que eles são, então é mais provável que eles respeitem e ouçam vocêem troca. 
4- Contribuição – Agregue valor às pessoas 
Poucas coisas aumentam mais a credibilidade de líderes do que agregar valor às pessoas à volta deles. Isso se aplica sobretudo quando o líder faz isso espontaneamente, sem o estímulo de qualquer tipo de benefício direto. Quando vocêfaz todo o possível para agregar valor aos seus colegas, eles entendem que vocêrealmente quer que eles vençam sem nenhuma agenda secreta. 
Aqui estão algumas sugestões sobre como começar: 
- Não guarde para si o que vocêtem de melhor:
Nossa tend
ência natural é proteger o que é nosso, seja na área da influência, nossas idéias ou nossos recursos. Mas, ao compartilhar o que tem com o objetivo de ajudar os outros, vocêrealmente envia uma mensagem positiva às pessoas que trabalham com você
- Preencha a lacuna das pessoas:
Em vez de explorar a lacuna de outras pessoas para ficar à frente delas, por que não preencher as lacunas um do outro e ambos ficarem à frente? 
- Invista no crescimento de seus colegas:
Compartilhe seus recursos com seus líderes, colegas e subordinados. As acender a vela do outro, voce
̂não perde nada, simplesmente produz mais luz. 
- Caminhe com eles
Se quiser influenciar seus colegas e subordinados, compartilhe o que voce
̂está fazendo com eles. 
5 - Verbalização – Dê afirmação às pessoas 
Poucas coisas edificam uma pessoa como a afirmação. Ao afirmar as pessoas, você torna firme dentro delas aquilo que vê nelas. Faça isso com frequência, e a fé que se solidifica dentro delas ficará mais forte do que as dúvidas que têm com relação a si mesmas. 
Se quiser influenciar seus colegas, torne-se o melhor líder deles. Elogie seus pontos fortes, reconheça o que eles realizam, diga coisas positivas sobre eles para seu chefe e colegas. Cumprimente-os com sinceridade em todas as ocasiões e, algum dia, você poderá ter a oportunidade de influenciá-los. 
6 - Liderança – Influencie as pessoas 
Depois de dar os cinco passos anteriores – cuidado, aprendizagem, apreciação, contribuição e verbalização – agora vocêestá, finalmente, pronto para começar a liderar seus colegas. 
Alguns líderes conseguem passar rapidamente por todos os passos, enquanto outros precisam de um pouco mais de tempo para completá-los. Quando maior for seu talento natural para liderar, mais rápido será seu percurso. Mas influenciar os outros não é o fim da estrada. Se sua motivação é simplesmente fazer com que as pessoas ouçam e façam o que vocêquer, então vocêrealmente deixou de escapar uma oportunidade. Se desejar tornar-se um líder de verdade, vocêprecisa ajudar as pessoas a vencerem. 
7- Sucesso – Vença com as pessoas 
Acredito que bons líderes equilibram duas motivações importantes. A primeira é cumprir sua visão. Todos os líderes têm no íntimo um sonho, uma visão que querem ver se realizar. Para alguns ela é modesta; para outros, é grande. A segunda motivação é ver o sucesso dos outros. Grandes líderes não usam as pessoas para que possam vencer. Eles lideram pessoas para que todos possam vencer juntos. Se essa for realmente a sua motivação, vocêpode tornar-se o tipo de pessoa que os outros querem seguir – quer estejam elas ao seu lado, acima ou abaixo de vocêna hierarquia organizacional. 

* Texto extraído do livro: Liderança 360de John C. Maxwell. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Resenha do livro: Supercérebro

Supercérebro - Como expandir o poder transformador da sua mente
Editora: Alaúde
Ano: 2018 – 344 páginas
Deepak Chopra é indiano, formado em medicina pela Universidade de Nova Deli. Radicado nos EUA especializou-se em endocrinologia. Autor de mais de uma vintena de livros, publicado e reverenciado na Europa e América Latina, vem popularizando em nosso meio, a milenar medicina Ayurveda, corpo/mente e espiritualidade.
Rudolph E. Tanzi, por outro lado, é um famoso neurologista, professor da Universidade Harvard, coautor de pesquisas importantes relativas ao mal de Alzheimer, além de autor de obras científicas importantes em sua área.

Deepra Chopra e Rudolph E. Tanzi

A união de um cientista ocidental com um médico oriental gerou essa belíssima obra, SUPERCÉREBRO, em que o leitor aprende "Como expandir o poder transformador de sua mente".
São 344 páginas de agradável leitura, em que vamos escoimando mitos, limpando limitantes crenças, agregando novas vivencias criativas. Aprendemos a liderar nosso cérebro. Transformando o cérebro básico em um supercérebro. Aprendemos a solidariedade, a amar e ser amado. A transformar sonhos em metas, e metas em ecológicas realizações.

Você sabe qual é a diferença entre mente e cérebro? 
É o cérebro ou a mente quem comanda os nossos pensamentos? 
Podemos reprogramar o nosso cérebro? 
As respostas a estas questões são conhecidas pelo leitor de Supercérebro (Super Brain, 2012), pelo famoso médico e escritor Deepak Chopra. O livro, uma abordagem inédita sobre a relação mente e cérebro, junta a perspectiva espiritual à comprovação científica. Para tal, Deepak convidou para escrever a quatro mãos, Rudolph E. Tanzi, neurocientista, há mais de trinta anos estuda a genética das doenças neurológicas, sendo um dos mais importantes especialistas em Alzheimer do mundo.
“O supercérebro tem a ver com deter o controle sobre o que o cérebro faz”. E como é feito esse controle? Tudo o que vemos, ouvimos, tocamos, degustamos e cheiramos não teria nenhuma dessas qualidades sem o cérebro, portanto, é fundamental não transmitirmos sensações de stress (quer através de visualizações, sentimentos negativos, etc.) para o cérebro; pois todas essas sensações são “detectadas” e “redirecionadas” para o corpo na forma de bem ou mal-estares (que podem impulsionar doenças). Depois, “o corpo é que paga”.  O cérebro espelha a realidade que cada pessoa faz: “A sua mente é o cavaleiro; o seu cérebro é o cavalo.” 
Ter um supercérebro, como os autores salientam, requer muito treino, mas com persistência e vontade podemos garantir equilíbrio e mais qualidade de vida. Em Supercérebro são desmistificados alguns dos escotomas que “aprisionam” o indivíduo de se libertar de medos; mitos sobre o cérebro, como a falsa crença de que os neurônios não se regeneram; e algumas soluções eficazes, para, por exemplo, problemas de excesso de peso. Segundo os autores, as pessoas ficam obesas não pelo que elas alimentam o seu corpo, mas pelo que alimentam as suas mentes: “O seu peso está todo na sua cabeça.” 
A medida que avançamos na leitura do livro, vemos que mente, cérebro e corpo funcionam indelevelmente juntos, em processo.
Escrito para um público amplo, em linguagem simples, quanto bastante técnica, Supercérebro (já na sua 2.ª edição) apresenta conclusões científicas que comprovam a possibilidade de se abandonar crenças e valores limitadores e tóxicos para o nosso cérebro, e em consequência, para a nossa saúde física e mental. 
A máxima do livro: “Use o seu cérebro, não deixe que ele o use a si.”

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Livro: Inteligência Espiritual


 Dá para misturar espiritualidade e riqueza? 
A consultora americana Dana Zohar diz que sim. E que isso é bom e ajuda a melhorar a motivação e a produtividade nas empresas.

No livro QS Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado “Ponto de Deus” no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: “A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”.
Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para o português. QS Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

O que é inteligência espiritual?
É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.
De que modo essas pesquisas confirmam as ideias sobre a terceira inteligência?
Os cientistas descobriram que temos um “Ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?
É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Por que somente agora o mundo corporativo se preocupa com isso?
O mundo dos negócios atravessa uma crise de sustentabilidade. Suas atitudes e práticas atuais, centradas apenas em dinheiro, estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos finitos, criando desigualdade global, conduzindo a uma crise de liderança nas empresas e destruindo a saúde e o moral das pessoas que trabalham ou cujas vidas são afetadas por elas. Espiritualidade nos negócios significa simplesmente trabalhar com um sentido mais profundo de significado e propósito na comunidade e no mundo, tendo uma perspectiva mais ampla, inspirando seus funcionários. Nós não sabemos mais o que é realmente a vida. Não sabemos qual é o jogo que jogamos nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do estresse na vida moderna e também das doenças.

Como se pode detectar os sintomas dessa crise na vida corporativa?
Desde o surgimento do capitalismo, há 200 anos, tudo que importa no mundo dos negócios é o lucro imediato. Isso criou uma cultura corporativa destituída de significado e de valores mais profundos. Nós apenas queremos mais dinheiro. Mas para quê? Para quem? Trabalhamos para consumir. É uma vida sem sentido. Isso afeta o moral, tanto dos dirigentes quanto dos empregados, sua produtividade e criatividade. E também afasta dos negócios preocupações mais amplas com o meio ambiente, a comunidade, o planeta e a sustentabilidade. O mundo corporativo é um monstro que se autodestrói porque lhe falta uma estrutura mais ampla de significado, valores e propósitos fundamentais. Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual.

Como é o líder espiritualmente inteligente?
É um líder inspirado pelo desejo de servir, uma pessoa responsável por trazer visão e valores mais altos aos demais e por lhes mostrar como usá-los. É uma pessoa que inspira as outras. Gente como o Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi. No mundo dos negócios, Richard Branson, da Virgin, é um líder espiritualmente inteligente. Ele está muito preocupado com o meio ambiente e a comunidade. É muito espontâneo, tem visão e valores, tem perspectivas amplas.

Como se pode desenvolver a inteligência espiritual?
Tomando consciência das dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes e trabalhando para desenvolvê-las. Procurando mais o porquê e as conexões entre as coisas, trazendo para a superfície as suposições que fazemos sobre o sentido delas, tornando-nos mais reflexivos, assumindo responsabilidades, sendo honestos conosco mesmos e mais corajosos. Tornando-nos conscientes de onde estamos, quais são nossas motivações mais profundas. Identificando e eliminando obstáculos. Examinando as numerosas possibilidades, comprometendo-nos com um caminho e permanecendo conscientes de que são muitos os caminhos.

De que forma as pessoas espiritualmente inteligentes podem beneficiar as corporações?
As pessoas com QS elevado querem sempre fazer mais do que se espera delas. Algo para além da empresa. Quem trabalha unicamente por dinheiro não faz o melhor que pode. Nas empresas em que se busca desenvolver espiritualmente os funcionários, a produtividade aumenta porque eles ficam mais motivados, mais criativos e menos estressados. As pessoas dão tudo de si quando se procura um objetivo mais elevado. Se as organizações derem espaço para as pessoas fazerem algo mais, se souberem desenvolver em cada indivíduo sua inteligência espiritual, terão mais resultados e mais rapidamente.

O capitalismo como se conhece hoje está com os dias contados, mas que um novo capitalismo está nascendo. Como ficam as empresas com essa nova perspectiva?
Está surgindo um novo tipo de empresa. É uma empresa responsável. No novo capitalismo sobreviverão as companhias que têm visão de longo prazo, que se preocupam com o planeta, em desenvolver as pessoas que nelas trabalham. Que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde.

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