Histórico
Os parques tecnológicos surgiram de forma espontânea ou não oficialmente programada. A experiência pioneira e de maior sucesso foi a articulação entre o conhecimento científico e a pesquisa desenvolvida na Universidade de Stanford, na Califórnia, e o esforço de adaptação desse conhecimento à geração de novas tecnologias, iniciada a partir do final da década de 1940. Essas iniciativas deram origem a vários empreendimentos de sucesso, especialmente nos segmentos da micro-eletrônica e seus desdobramentos, das quais nasceu o chamado “Vale do Silício”. O entendimento de que a articulação entre a pesquisa acadêmico-universitária e as iniciativas empresariais potencializavam o desenvolvimento tecnológico, indicaram a criação de sistemas institucionais planejados para tal fim, nascendo a idéia dos parques tecnológicos, os quais foram generalizados a partir da década de 1960. O formato institucional e os objetivos variaram no tempo e segundo as especificidades nacionais, dando origem a diferentes denominações, sendo as mais conhecidas: cidade científica, cidade tecnológica, parque científico, parque de pesquisa, parque tecnológico, incubadoras.
Alguns países ingressaram de forma entusiasta nessas iniciativas, como foi o caso japonês de criação oficial de vinte e cinco tecnópolis, em 1971, e da criação de algumas cidades científicas (Tsukuba, no Japão, Taedok, na Coréia do Sul, Akademgorodok, na União Soviética, entre outros). Como qualquer experiência generalizada de forma acrítica, houve sucessos e fracassos. No final da década de 1980 já se contabilizava a existência de mais de 100 parques e incubadoras nos Estados Unidos, 60 no Reino Unido e um grande número nos demais países da Europa.
Mais recentemente, o reforço da tese central do papel da inovação no desenvolvimento nacional e local enfatizou a necessidade da criação de suporte institucional através de distintas formas dos chamados “sistemas regionais de inovação”, especialmente na Europa, com vistas a potencializar o desenvolvimento regional e aproveitar os incentivos e financiamentos da União Européia.
A América Latina assimilou as experiências internacionais, ingressando na era dos parques tecnológicos e das incubadoras. O Brasil é um país que despertou tardiamente para a inovação tecnológica. Apesar de possuir uma boa capacidade de gerar conhecimento, não foi capaz de produzir, concomitantemente, uma política eficaz de seu uso. Este tipo de empreendimento está em processo de consolidação através de estratégias de desenvolvimento de aptidões regionais, centradas na articulação entre instituições de ensino superior, poder público e organizações (estatais e privadas) em áreas de potencial tecnológico. Atualmente o Brasil conta com 11 parques tecnológicos implementados e 11 em fase de implantação.
O que é?Parques Tecnológicos são ambientes de inovação. Como tal, são instrumentos implantados em países desenvolvidos e em desenvolvimento para dinamizar economias regionais e nacionais, agregando-lhes conteúdo de conhecimento e tornando-as mais competitivas no cenário internacional, gerando empregos de qualidade e bem-estar social. Um parque tecnológico pode ser definido como uma organização urbana em uma área geográfica construída e delimitada voltada para empreendimentos em atividades do conhecimento. Compreendem atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a produção de bens e serviços baseados na ciência. Em termos organizacionais é constituído por uma parceria de quatro tipos de instituições:
Do ponto de vista territorial o parque deve ser entendido como uma iniciativa de criação de uma área planificada urbana de desenvolvimento. Em geral, abrigam as empresas que se graduam na incubadora até que elas possam se deslocar para espaços mais amplos, numa fase de pós-incubação. Atribuições Um parque tecnológico possui em geral as seguintes atribuições, que variam de importância em função do perfil diferenciado dos parques:
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quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Parques Tecnológicos
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