A Administração possui diversas áreas de atuação, e nelas podemos
encontrar muitos assuntos que são pouco tratados pelos profissionais da área. E
nestes assuntos, encontramos muitos termos que não temos a menor ideia do que
significa ou de como se aplica em Administração, não é mesmo? E um destes
termos pouco comentados, mas nem por isso desinteressantes, é a Adhocracia.
A Adhocracia é um termo criado por Alvin Tofler e
popularizado por Robert Waterman, no livro “Adhocracy – The Power to
Change“. É um termo utilizado na Teoria das Organizações, que estabelece
modelos de gestão de empresas baseadas em projetos não-permanentes. É caracterizada
pela utilização de grupos e equipes multidisciplinares, que cooperam entre si
para o atingimento de um determinado objetivo.
Em outras palavras, Adhocracia é um sistema temporário, variável e
adaptativo, que está relacionado com o estabelecimento de um grupo de pessoas,
com habilidades, profissões e conhecimentos diferentes, porém complementares,
que são reunidas para resolver determinados tipos de problemas organizacionais.
Alguns pensadores da Administração a consideram uma boa opção à tradicional e
já estabelecida departamentalização.
Segundo Chiavenato, em seu livro “Teoria Geral da Administração, a
Adhocracia significa uma estrutura flexível capaz de amoldar-se contínua e
rapidamente às condições ambientais em mutação.
O seu caráter temporário e emergencial teve como inspiração principal o
modelo das forças-tarefas utilizadas pelos militares para o enfrentamento de
situações urgentes, de forma rápida e objetiva. Assim, a
Adhocracia representa um modelo que é o oposto da burocracia. Uma
vez que a burocracia tem uma ênfase maior na rigidez dos processos,
enquanto a Adhocracia preza pela simplificação
dos processos para solução rápida de problemas urgentes.
Características da Adhocracia
As principais características de uma organização adhocrática que merecem
destaque, são:
Equipes de trabalho autônomas, temporárias e multidisciplinares;
Estrutura organizacional orgânica;
Pouca formalização dos processos e maior liberdade de trabalho;
Forte presença da especialização do trabalho na formação;
Coordenação e controle efetuados pelas próprias equipes e grupos de
trabalho;
Elevado grau de descentralização;
Certa dificuldade na comunicação formal e na definição de papéis.
Este é um modelo que deverá ser cada vez mais utilizado pela empresas,
uma vez que as mudanças estão acontecendo com uma velocidade impressionante no
mundo organizacional. Fazendo com que os gestores precisem resolver problemas
urgentes da forma mais eficaz possível, sendo inovadores, criativos e pioneiros
na solução de problemas corriqueiros. E de preferência, com agilidade nos
processos e na tomada de decisão, prezando sempre pela pouca burocracia
organizacional.
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