quarta-feira, 2 de junho de 2021

Diferença entre as emoções e os sentimentos.


 Geralmente, as pessoas acreditam que emoção e sentimento são a mesma coisa. Uma espécie de sinônimo. No dicionário, as duas palavras até encontram significados muito próximos. Mas, na realidade, são as emoções que dão origem aos sentimentos. Enquanto as primeiras se referem a uma reação instintiva, uma resposta neural para os estímulos externos, tal como o choro ou o riso, os sentimentos, em geral, refletem como a gente se sente frente a uma emoção. São duradouros e muitas vezes fáceis de esconder. Se um está ligado ao corpo, ao exterior, o outro faz parte do universo da mente, do interior.

Segundo o neurocientista português António Damásio, a emoção é um programa de ações, um conjunto das respostas motoras que o cérebro faz aparecer no corpo como resposta a algum evento. “É uma espécie de concerto de ações. Não tem nada a ver com o que se passa na mente”, explicou ele, em entrevista à Revista Galileu. De acordo com os estudos de Damásio, existe uma cadeia complexa de acontecimentos no organismo que começa na emoção e termina no sentimento. Uma parte do processo se torna pública (emoção) e outra sempre se mantém privada (sentimento). “As emoções ocorrem no teatro do corpo. Os sentimentos ocorrem no teatro da mente”, afirma. 

A relação muitas vezes envolve centésimos de segundos. É fácil perceber a emoção quando o coração acelera, os músculos se contraem ou o ar parece faltar dos pulmões, por exemplo. “Você pode me ver tendo uma emoção, não vê tudo, mas vê uma parte. Pode ver o que se passa na minha cara, a pele pode mudar, os movimentos que eu faço. Mas o sentimento você não pode ver”, explica.

Os sentimentos são aquelas sensações que vão lá no fundo e que, se você não quiser, ninguém jamais vai saber. Quem passa por uma profunda tristeza, por exemplo, pode perfeitamente comportar-se como se estivesse alegre, pode até tentar enganar a si mesmo. Não é das questões mais fáceis e requer uma dose absurda de energia, mas é possível. A dor e o prazer são ingredientes essenciais dos sentimentos. E para controlar diferentes sentimentos, há sistemas cerebrais diferentes. 

Quando um bebê sorri, grita ou chora, ele está expressando uma comunicação, uma emoção, em busca de uma resposta adequada à necessidade daquele momento. Medo, raiva, tristeza ou alegria, por exemplo. Falar dos sentimentos é sempre um dos caminhos para se autoconhecer. Eles fazem parte de processos duradouros, menos tempestivos.


Desenvolva sua Inteligência Emocional

Emoções classificadas como básicas por Eric Berne - medo, raiva, tristeza, alegria e afeto - fazem parte do desenvolvimento e contribuem diretamente para a sobrevivência do ser humano. Quando bem direcionadas, servem para impulsionar e proteger a pessoa de diversas situações do dia a dia.

Todos os seres humanos têm a possibilidade de melhorar e desenvolver seus sentimentos. 

Mas, como reconhecer a natureza destas emoções? 

Através da Inteligência Emocional. Esta poderosa habilidade nada mais é que a capacidade de entender e gerenciar as emoções. Com a Inteligência Emocional é possível compreender com maior eficácia os próprios sentimentos e até mesmo aqueles que surgem nas pessoas que nos cercam.

A Inteligência Emocional pode ser desenvolvida, treinada e aprimorada por meio da construção de novos hábitos, novas formas de pensar e se comportar.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BUSCA PERSONALIZADA

Busca personalizada