quinta-feira, 13 de maio de 2021

Quando o cérebro do adolescente amadurece?

O cérebro permanece em um estado ativo de maturação durante toda a adolescência. Esse processo de maturação cerebral decorre da produção aumentada de hormônios sexuais.

    O estrogênio, a progesterona e a testosterona influenciam a mielinogênese e o desenvolvimento de alguns neurocircuitos importantes.

    Os hormônios sexuais também influenciam significativamente a alimentação e as necessidades de sono durante a puberdade. Eles também podem interferir no aprendizado, na inteligência, memória e comportamento dos adolescentes.

    Mas, quando especificamente um adolescente se torna adulto? Do ponto de vista neurobiológico, esse processo depende do desenvolvimento e maturação do córtex pré-frontal, totalmente realizado aos 25 anos, segundo o primeiro estudo das referências.

    Já no segundo estudo, uma redução no desempenho executivo foi associada à diminuição da atividade no circuito frontoparietal, implicado no controle cognitivo, e a um aumento na atividade do córtex pré-frontal ventromedial, envolvido em processos emocionais. Neste caso, os achados se mantiveram até os 21 anos.

    Em todo caso, o desenvolvimento do córtex pré-frontal é muito importante na produção de comportamentos complexos, uma vez que esta região coordena as funções executivas.

    Justamente por ainda carecer de uma rede cerebral pré-frontal madura até meados da terceira década de vida, o cérebro adolescente e do adulto jovem é mais vulnerável ao estresse ambiental, ao comportamento de risco, vício em drogas, direção prejudicada e sexo desprotegido.

 

Referências:

[1] Arain, M., Haque, M., Johal, L., Mathur, P., Nel, W., Rais, A., ... & Sharma, S. (2013). Maturation of the adolescent brain. Neuropsychiatric disease and treatment, 9, 449 e 

[2] Cohen, A. O., Breiner, K., Steinberg, L., Bonnie, R. J., Scott, E. S., Taylor-Thompson, K., ... & Casey, B. J. (2016). When is an adolescent an adult? Assessing cognitive control in emotional and nonemotional contexts. Psychological Science, 27(4), 549-562

 

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