segunda-feira, 3 de maio de 2010

Comercial censurado da cerveja Devassa

Atendendo ao excesso de puritanismo de um telespectador, um relator do CONAR (incrivelmente, ele não foi identificado) caprichou no exagero.
Simplesmente votou pela sustação do filme do comercial da cerveja Devassa, estrelado pela socialite americana Paris Hilton. Assim, numa canetada de fazer gosto e inveja aos áureos tempos do regime militar. pronto! Ele, um publicitário-relator metido a todo-poderoso atropela as normas do bom senso, da realidade moral vigente no país e do próprio Código sobre o qual o CONAR se funda para tirar o comercial do ar.
O argumento é que o filme é imoral. Assista o filme e faça o seu julgamento.



Qual a sua opinião?

Pra mim, excesso de puritanismo.
Hoje há no Brasil coisas muito mais imorais para nos preocuparmos (com a palavra quem assiste o BBB) do que os gestos sensuais da moça do filme.
O CONAR deveria estar mais bem sintonizado com o quadro atual do país e com o que se passa no mundo.
Está lá, no artigo 22 do Código Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária: “os anúncios não devem conter afirmações ou apresentações visuais ou auditivas que ofendam os padrões de decência que prevaleçam entre aqueles que a publicidade poderá atingir.”
Sinceramente, não vi nada no comercial da cerveja que ofenda “os padrões de decência”, seja do target específico da publicidade de cervejas, seja da população em geral sintonizada na TV nos horários destinados à exibição de filmes de bebidas alcoólicas.
Este episódio me fez lembrar de uma frase genial do Millôr, afirmando que:. "a pior tara sexual é a abstinência".
Excesso de pudor é doentio, não faz bem a ninguém e a nenhuma sociedade.

Um comentário:

  1. Como aquele caso da propaganda das Havaianas no qual uma senhora falava com a neta num restarante e mencionava sexo.
    Excesso de puritanismo e hipocrisia pura. Quantas propagandas tem teor erótico, nem sempre tão sutil quanto as pessoas gostariam de acreditar? Quando é uma 'gostosa' brasileira, ninguém reclama.
    Acho que as pessoas deveriam rever seus conceitos de 'padrões de decência'. E o CONAR que eu respeitava perde um pouco da credibilidade ao atender pedidos como esse.

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