quarta-feira, 31 de março de 2010

Fazer Acontecer.com.br


Fazer Acontecer.com.br, livro escrito por um dos maiores e mais talentosos nome da propaganda brasileira, o publicitário Júlio Ribeiro, bacharel em Direto pela USP, presidente da Talent, da QG Propaganda e da CO. R Projetos de Inovação.
Esse livro estava esgotado, agora foi relançado pela Saraiva em parceria com a Virgília em edião revisada e ampliada.
Um livro de fácil leitura, com capítulos curtos e bem didáticos.
O autor conta alguns segredos que podem fazer algumas campanhas serem mais bem sucedidas de que outras, tais como: 'Não é nenhuma Brastemp' e 'Bonita camisa, Fernandinho'.
Aborda visões dos clientes, como relacionar e desenvolver cases de sucesso.

Destaco a seguir, parte de um dos capítulos do livro que o considero memorável:
o capítulo 22 – Três velas pretas .....

É surpreendente o peso que a crendice e a superstição exercem no marketing.

Na concepção e no desenvolvimento dos planos de marketing é que a superstição se revela com toda intensidade. Para algumas empresas, mais importante do que obter sucesso em marketing é realizar o ritual do marketing.
Mais importante que o marketing é ter um plano de marketing; mais importante do que o conteúdo desse plano é ele ser apresentado de forma apropriada a quem de direito, na data certa.
Trabalha-se na confecção de uma encadernação convincente, uma introdução que explique a finalidade do plano, uma análise do ano anterior, uma comparação de performance entre a empresa e os concorrentes e, indefectivelmente, uma proposta de aumento de participação do produto no mercado – mesmo que esse mercado não apresente a mais remota previsão de crescimento.
Ao realizar uma pesquisa sobre as razões que levam as pessoas a poupar, todos os entrevistados declararam que poupavam para realizar algum objetivo ou para se precaver contra adversidades.
- Eu poupo para um dia poder comprar uma casa própria.
- E quanto você poupa por mês?
- Sei lá, uns 50 reais.
- Mas você tem consciência de que, poupando essa quantia, vai levar um século para comprar um apartamento de dois dormitórios?
- Eu sei, mas um dia eu chego lá.
É como se, realizando o ato de poupar, o cidadão tranquilizasse a sua consciência. Mesmo sabendo que essa quantia é pequena, quase nada, ele poupa menos pelo objetivo – que sabe que não vai alcançar – e mais pelo ato.
Dorme-se melhor assim.
Existem empresas que entram em pânico se não tiverem um plano de marketing, independentemente do fato de ser eficaz ou não como ferramenta para a consecução de seus objetivos. Terminada a apresentação, muitas vezes os planos nunca mais são abertos.
Nesse comportamento, as empresas se assemelham aos poupadores em fila. Encenam o ritual, esquecendo a finalidade.
.... Em geral, não há má intenção na elaboração dos rituais do marketing. Todos desejam sinceramente obter melhores resultados com o trabalho. Porém, na medida em que a cultura da empresa é formal, a responsabilidade de escrever um bom plano torna-se maior do que a de obter algum resultado com ele.
As equipes mais bem-sucedidas são aquelas que empregam o tempo para pensar.
Os plano valem pelas soluções que propõem, não pela forma que são apresentados.
Elas têm que ser a ferramenta de trabalho, não um documento de erudição. Estimule sue pessoal a pensar extensivamente e a escrever sinteticamente. Lembre-se de Albert Einstein. Ele explicou o universo usando apenas três letras:
E = mc²

A empresa tem que ter compromisso com as ideias e não com os planos. Se não houver o que falar, é melhor não fazer plano algum e agarrar o mercado a tapa.

Dá para perceber que trata-se de uma leitura muito palatável, com dicas interessantes e que levam a certa reflexão de práticas comuns no mercado publicitário.
Não deixem de saborear o livro do Júlio Ribeiro.

Um comentário:

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