terça-feira, 21 de junho de 2016

O paradoxo de Stockdale e a Liderança

Excesso de otimismo pode matar: o paradoxo de Stockdale

Almirante James Stockdale

Você sabe o que é o Paradoxo de Stockdale?
Ao reler um excelente livro de gestão, “Good to Great”, de Jim Collins, recordei este conceito. O paradoxo de Stockdale pode transmitir uma mensagem inspiradora e motivacional, para quem se quer manter ligado à excelência. E pode ser relacionado com a atual situação empresarial no Brasil.
Este paradoxo, refere-se à história do almirante James Stockdale, militar americano, prisioneiro durante a guerra do Vietnã. Sobreviveu ao seu encarceramento nas mais impensáveis condições durante 8 anos, tendo mais tarde partilhado as suas reflexões. Baseado na sua experiência, Jim Collins desenvolveu a crença que o que distingue as pessoas bem sucedidas não é a presença ou a ausência de problemas, mas sim a forma como lidam com essa realidade.
O segredo está em manter a esperança no sucesso independentemente dos desafios e ao mesmo tempo, encarar os fatos mais brutais da realidade, sejam eles quais forem.
As equipes de gestão têm se confrontado, por um lado com os desafiantes fatos da realidade empresarial brasileira atual; e por outro, com a necessidade de tomar medidas que as permitam manter-se num ótimo desempenho e garantir que se valorizem as suas potencialidades.
Os líderes focados na excelência consideram esta regra psicológica, de esperança no sucesso versus análise dos fatos brutais da realidade, na vida da organização. Por isso estão focados em:
• Desenvolver uma atitude de confiança para com os colaboradores;
• Desenvolver a capacidade de encarar os fatos e lidar com eles sem otimismo;
• Consciencializar que mais importante que motivar pessoas é não as desmotivar, e uma      das principais formas de isso acontecer é ignorando a realidade.

Outra estratégia de sucesso usada por James Stockdale, foi a envolvência dos seus companheiros de cela, questionando-os e partilhando com eles ideias e sugestões. Transpondo para as nossas empresas, significaria investir numa cultura de envolvência e escuta ativa dos colaboradores e na partilha dos reais indicadores da organização.
Para tal:
• A comunicação deve ser liderada por perguntas;
• Haver total abertura para diálogo e debate de ideias e opiniões dos intervenientes;
• Fazer diagnóstico da realidade sem censuras nem julgamentos;
• Ter alertas para toda a informação que possa ser pertinente.

Aprendizado
As pessoas costumam fazer propaganda do otimismo como sendo panaceia para todos nossos males. Há que ser otimista, a todo custo. Enfrentar os desafios da vida com otimismo é o apropriado. Vendem livros de autoajuda para, supostamente, fortalecer nosso otimismo. Inclusive existe até farmacopeia relacionada a favor deste. Mas o otimismo nem sempre é bom. Além de fazer-nos parecer muito ingênuos, em determinadas circunstâncias pode até matar, como demonstra o paradoxo de Stockdale.



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