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"Nos bastidores da Disney"- Tom Connellan |
O livro "Nos bastidores da Disney" (176 páginas), de autoria do jornalista e especialista em atendimento a clientes, Tom Connellan conta a história
de cinco executivos bem sucedidos que aceitam passar três dias na Disney em um
programa de treinamento para conhecer como a metodologia de trabalho da Disney
poderiam mudar os resultados de suas empresas.
Cada um possuía expectativas a princípio
diferentes, mas que no contexto de tornavam bastante parecidas: Bill Greenfield, era vice-presidente de um banco
importante e aceitou essa viagem, visualizando-a como uma curiosa combinação de
programas de treinamento, de benchmarking e de aperfeiçoamento. Três dias
descobrindo como a Disney faz para manter um grau tão elevado de fidelidade e
como isso poderia ajudar o seu banco a aumentar a própria fidelidade de seus
clientes. Com a indefinição do setor bancário, de corretagem e de empresas
seguradoras, os líderes financeiros passaram a trocar estrategicamente a
conquista de novos clientes pela manutenção dos clientes atuais. Para Bill,
reter a clientela era vital em um mercado cada vez mais competitivo.
Nesse contexto, o setor de entretenimento era
considerado um negócio rentável, e a Disney era considerada uma empresa um
tanto exigente em suas relações comerciais. O que impressionava Bill era a
combinação de impetuosidade comercial e generosidade para com os clientes,
trazer bons resultados para a Disney.
Carmen Rivera, vice-presidente de uma grande
empresa da área de saúde, estava viajando para aprender a metodologia utilizada
pela Disney no atendimento ao cliente, algo que julgava que sua empresa
precisava aprender. Carmen sabia que qualquer mudança importante criaria
oportunidades para aqueles que tiram proveito e queria fazer da visita a Disney
um trampolim exatamente para aplicar projetos eficientes em sua empresa.
Don Jenkins, era engenheiro e gerente de fábrica
de uma grande fornecedora de peças para a indústria automotiva. Achava que essa
viagem e tudo que a envolvia era uma grande perda de tempo, pois achava que não
poderia aprender nada com o Pateta ou o Mickey.
Judy Crawford, uma jovem líder de equipe de uma
empresa fornecedora de energia elétrica sediada na Carolina do Norte, sentiu-se
encantada com a oportunidade de visitar novamente a Disney, e sabia que não
seria apenas alegria e diversão, pois o programa de treinamento prometia dar-lhe
uma visão interna do modo como a Disney oferecia seus serviços.
Alan Zimmerman, executivo de uma empresa se
softwares e participante da Associação de Jovens Presidentes, foi convencido a
fazer a viagem por um amigo que mostrou que, em empresas de software, um
aumento de 1 por cento no índice de retenção de clientes significava um aumento
de 7 por cento nos lucros. Convencido por esses números e pelo fato de que 70
por cento dos visitantes da Disney sempre retornam, Alan concordou em viajar
até o Reino Encantado.
Esse treinamento seria ministrado por Mort
Vandeleur, antigo membro da equipe da Disneylândia e da Disneyworld que na
ocasião ajudava outras empresas a aumentar o foco sobre seus clientes.
A equipe foi batizada de “A Gangue dos
Cinco”.
Para a maioria a Disney era apenas um parque de
diversões, mas para Carmen significava um negócio rentável. Carmen era bem
sucedida graças à sua facilidade em lidar com os clientes. Tinha um tino
comercial afinado que aliado ao seu modo justo de lidar com sua equipe, fizera
dela uma das executivas mais respeitadas da empresa.
Os dois primeiros a encontrarem-se foram Carmen
e Bill que se reconheceram pelos crachás iguais.
Bill era o responsável pelos empréstimos a
pessoas jurídicas de um banco no noroeste dos Estados Unidos, trabalhava com
uma equipe especial que analisava a forma como outras empresas mantinham um
foco sobre seus clientes.
Embora tivesse dúvida sobre a seriedade do tempo
que iria passar ali estava disposto a aprender o máximo, pois para ele o sucesso
financeiro das ações da Disney provocava inveja a qualquer empresa. E Bill
sabia o valor da manutenção de seus clientes, principalmente pelos estudos
realizados pelo seu banco.
Ouvindo o exemplo da esposa, que disse que ele
precisava divertir-se mais, viu nesse treinamento a oportunidade de aprender
que a diversão era o negócio.
Logo chegaram Alan e Judy.
Judy estava empolgada com a possibilidade de
conhecer novas técnicas como as da Disney. Sentia que era uma forma
interessante de seu departamento aprimorar o contato com os clientes. Sabia
disso porque já tinha visitado a Disney três vezes, e pensava em como a Disney
conseguia ser tão boa no trato com seus clientes e fazer com que 50 a 70 mil
pessoas saíssem felizes todos os dias após de visitar seus parques.
Alan era um sujeito extrovertido, e sabia que
uma empresa prestadora de serviços de qualidade como a Disney, traria uma
grande oportunidade de aumentar a fidelidade de seus clientes.
Don foi o último a chegar e não estava nada
contente, achava que deveria empregar seu tempo em outros projetos e havia dito
isso ao seu chefe, que acreditava que a viagem ajudaria Don a descobrir como
elevar a satisfação dos clientes de sua empresa.
Todos estavam juntos quando Mort disse-lhes que
o plano para os três dias era que caminhassem, conversassem e observassem o que
acontecia e assim estariam aprendendo as sete lições aplicáveis a empresa de
cada um, tornando-as tão bem sucedidas quanto a Disney.
Começaram o primeiro dia na Confeitaria da Main
Street, e a primeira pergunta foi sobre quem são os concorrentes da Disney? Com
quem as pessoas comparavam a Disney.
Enquanto tomavam café, Carmen não aguentou e
dirigiu-se até Mort para que esse lhe dissesse quem eram os concorrentes da
Disney. Alan a surpreendeu ao dizer que qualquer um que queira lucrar sempre
pode ser considerado um concorrente, incluindo filmes, eventos, etc.
Mort complementou, que empresas como a Fedex e a
General Eletric também eram concorrentes e todos ficaram curiosos para saber
aonde ele chegaria, menos Don, que apenas franziu a testa e olhou para a
janela. Estava pensando por que seu chefe fazia tanta questão que ele visitasse
a Disney, já que sua formação era voltada para números e acreditava que a
qualidade que fazia que um produto vendesse bem ou não, e que os responsáveis
pela fidelidade da clientela era o departamento de marketing da empresa.
Do lado de fora viu uma menininha chorando e
logo pensou “nem todos estão satisfeitos aqui”. Todos assistiam a cena e Mort
observava a reação de cada um deles em silêncio. Havia estudado a formação
desses cinco profissionais, e achava que podia adivinhar com quem cada um
competia.
Voltaram ao assunto sobre a concorrência e Mort,
falou sobre a eficiência da concorrência e o impacto sobre prejuízos das
empresas.
Falou sobre o número de chamadas que a Disney
recebia diariamente e que essas mesmas pessoas ligam para outras companhias e
que os clientes comparam a presteza dos serviços de cada empresa que utilizam e
julgam não apenas toda a experiência, mas também o que acontece em cada
transação, comparam telefonemas, pedidos, entregas, embarques, etc.
Mort também expôs para o grupo que concorrente é
qualquer um com quem o cliente trave contato e tente comparar com a sua
empresa.
Nesse momento entregou a cada um dos cinco um
cartão com a 1ª lição: “Concorrente é qualquer empresa com a qual o cliente o
compara”.
Os seis caminharam pela Main Street observando
os convidados da Disney entrando e saindo felizes de loja em loja, de um lado
para o outro, e Bill começou a pensar sobre como todos estavam tão satisfeitos
convidados e os que estavam varrendo as ruas, servindo cachorro-quente,
limpando móveis, etc, e se o motivo disso seria a dedicação.
Carmen cutucou Bill para comentar sobre a
limpeza de tudo ali e isso ficou mais evidente quando viu um funcionário que
não parecia ser um faxineiro desviar-se do caminho para recolher um pedaço de
papel no chão e colocá-lo no lixo.
Por sugestão de Mort, dirigiram-se até o homem e
foram perguntar se ele fazia parte da equipe de limpeza. O homem disse que sim,
e quando perguntaram a ele quantas pessoas faziam parte da equipe de limpeza,
assustaram-se com a resposta: "45 mil”.
Mort observava o desenrolar da história em
silêncio, e decidiu esperar o momento mais adequado de esclarecer as
coisas.
Após um rápido passeio a gang dos cinco e Mort
voltaram à Main Street.
- Bonitos né? - perguntou Mort.
Contemplaram os postes, e sorriram sem
convicção.
Alan rompeu o breve silêncio. - Creio que
deveríamos perguntar algo sobre estes postes, não é? Qual a importância destes
postes?
Mort sorriu - estava esperando esta pergunta. Tem
relação com o segundo segredo que desejo revelar.
Ele deu a todos o segundo cartão, com a
mensagem: 2ª lição: "Fantástica atenção aos detalhes".
Sabem, as pontas mais gastas deles são retiradas
e retocadas todas as noites.
A meta é que pareça novo toda manhã.
- Você não está brincando conosco está?- Perguntou
Judy.
- Uma empresa que se preocupa com um poste
prestará essa mesma atenção a qualquer coisa que envolva o convidado, pois a
atenção aos detalhes faz parte da cultura da empresa.
Agora gostaria que vocês respondessem a uma
pergunta. A atenção aos detalhes faz parte da cultura de sua empresa?
Todos silenciaram. Alan passou a mão pelo poste.
– Se traduzo isso para o modo que tratamos nossos clientes... vou dizer o
seguinte; somos bons, mas nem tanto.
- Aposto que ninguém faz como a Disney - disse.
Judy questionou - você poderia nos dar um outro exemplo?
- É claro! - disse Mort - O lugar está repleto
deles. Vejam isto.
Viram um grande painel de Cinderela.
- Bonito não? Por diversos motivos este é um bom
exemplo de atenção aos detalhes, mas nem todos são óbvios à primeira vista.
Vejam se conseguem descobrir algum.
- Acho que descobri, uma filha da madrasta
estava verde de inveja e a outra vermelha de raiva, foi exatamente assim que o
artista pintou.
- Algumas pessoas notam estes detalhes de
imediato, outras nem notam, as pessoas veem aqui para se divertirem e de
descobrir algo novo estarão mais propensas a voltar.
As pessoas da equipe da Disneylândia acham que
isso é importante, e é por isso que atentam para os mínimos detalhes. Ninguém
dispõe de recursos ilimitados. Mas a Disney injeta recursos em qualquer coisa
que afete a experiência de seus convidados. Este é Reino Encantado, e se é para
continuar Mágico temos que prestar muita atenção aos detalhes. Minha pergunta é, se vocês soubessem que uma maior atenção a alguns detalhes aumentaria a
fidelidade dos clientes, como aplicariam esse programa em sua empresa.
Estou curioso para saber quem presta atenção aos
detalhes. – disse Bill.
- São pessoas que são chamadas de imagineering -
disse Mort.- Mas a atenção fanática aos detalhes está presente desde o início
do processo de planejamento. Antes de se construir alguma coisa eles planejam
as cores.
Agora, lembrando que estamos falando de
detalhes, o que vocês encontram aqui para ilustrar esse princípio?
Allan disse:- primeiro a vegetação aqui parece
ser da própria polinésia, e tenho a impressão que o cenário foi cuidadosamente
planejado.
Você está duplamente certo.- disse Mort.
Mort gostava de chegar cedo para ver o parque
abrir as portas aos convidados, outra pessoa teve a mesma ideia, Judy estava ali
conversando com um membro do elenco.
Mort estava conversando com uma família
apontando uma direção. Quando voltou Alan perguntou o que estava acontecendo
lá.
Estava sendo “agressivamente gentil” - Explicou
Mort - todos os membros do elenco Disney recebem orientação de parar
imediatamente o que estiverem fazendo, se possível para oferecer ajuda sempre
que virem algum convidado precisando dela. Esse é um termo oficial com que a
Disney trata um visitante: um convidado. “Ser agressivamente gentil é, por
acaso, um bom exemplo do assunto desta manhã”.
Mort deu um cartão com a seguinte frase: 3ª lição: "Todos
mostram entusiasmo".
Bill leu a mensagem e depois perguntou: Se você
fosse um membro do elenco, então aquilo que você fez faria parte do teu
trabalho. Será isso que mostrar entusiasmo quer dizer? Executar suas tarefas? -
Não - disse Mort - essa lição diz respeito ao modo como você executa as tarefas
no teu trabalho. Quando pegamos o monotrilho o locutor diz: você está a chegar
no lugar mais mágico do planeta. Todos os membros do elenco querem preservar
essa experiência mágica. Assim quando surge a oportunidade, cada um ajuda
ativamente o convidado. Ajudei a família dando-lhes alguma orientação, pois era
isso que precisavam para aproveitar melhor a visita e casualmente fui o
primeiro a constatar sua necessidade poderia ser o faxineiro. Quando a cultura
diz: Ajude o convidado, isso se aplica a todos, mecânicos e supervisores.
- Qual o significado de cultura?- É a maneira
pela qual a Disneyworld funciona.
- Sabe às vezes você diz nós outras eles, você
faz parte do elenco ou apenas se sente assim?
- Na verdade sinto-me membro do elenco - sorriu
Mort. – Pensem em suas empresas. Toda vez que um cliente entra em contato com
ela, você tem a chance de criar algo valioso. Aproveite bem essa oportunidade e
ganhará.
A gangue dos cinco foi para uma sala, onde tinha
mais umas trinta pessoas.
- Creio que vocês gostarão disto. Michael
Eisner, diretor-presidente e presidente do conselho da Walt Disney Company,
está hoje no parque.
- Bill não era ele? - sussurrou Carmem.
- Sim - disse Mort - o faxineiro que viram ontem,
caso tenham alguma pergunta.
-Olá para todos, é ótimo poder passar algum
tempo com vocês.
Porque um figurão como ele desperdiçaria seu
tempo com uma aula de treinamento, ou mesmo dois segundos para responder à
pergunta de Bill.
Eisner falou um pouco e depois se ofereceu para
responder perguntas.
Carmem perguntou - Ontem lhe perguntamos sobre o
número de faxineiros do parque e você nos disse quatro ou a cinco mil.
- Era eu, e creio que não me fiz entender, eu
disse 45 mil. Todos fazem parte da limpeza. A limpeza do parque é crucial, é o
que torna este lugar verdadeiramente mágico. É tão importante para nós que
todos se consideram parte da equipe de limpeza.
Isso faz parte de alguma política instituída?
Perguntou Bill.
- Não é uma regra, mas a limpeza do parque faz
parte de nossa cultura, o compromisso pode ser localizado no próprio Walt
Disney. Ele costumava levar sua filha aos parques de diversão e não conseguia
acreditar na sujeira deles. Idealizou algo sem essa atmosfera. O tipo de lugar
que um pai não hesitaria em levar seus filhos. Queremos que a mesma postura
interior seja instigada em cada novo membro do elenco, assim no traditions que
é o curso de treinamento.
A que todos comparecem contemplam uma rua de
fora com a Main street, a rua de fora é o caos.
Mas Michael - disse Carmem – se todos fazem parte
de tudo, será que às vezes as linhas hierárquicas não se confundem? Você já se
perguntou quem é que manda?
- O convidado que manda. Outro dia estava
andando pelo parque e me avisaram que eu estava sem crachá e todos deveriam
usá-lo, agradeci ao membro do elenco e logo encontrei o meu crachá e o
coloquei.
- Como você ensina as pessoas a mostrar
entusiasmo ou prestar atenção aos detalhes? – perguntou Carmem.
- Não são propriamente ensinadas são aprendidas
pelo elenco de várias maneiras exemplos é muito mais fácil aprender assim do
que se fosse um regulamento ou se fosse um cartão pregado no quadro de avisos
alertando. Ralph Waldo Emerson expressou a ideia muito mais que eu ou Mort, ele
disse: "Aquilo que você faz ressoa tão forte sobre sua cabeça que não consigo
ouvir as palavras que você pronuncia".
- E permanece? Quanto tempo dura o entusiasmo?
- Muito mais que você imagina.
- Já ouvi falar deste pó mágico da sininho, o
que significa?
- É um sentimento especial em relação a este
lugar, as pessoas fazem as mesmas coisas aqui que em outra parte do mundo, mas
a dedicação aqui é diferente, e essa dedicação é a qualidade que te acompanha
onde quer que você esteja.Você pode tirar o Marvin da Disney, mas não a Disney
do Marvin.
- Isso que chamo de grupo motivado - disse Judy
- esta organização sabe transmitir energia às pessoas.
- Bem é algo para ser analisado - disse Mort -
Muitos gerentes ficariam espantados se soubessem como seus funcionários
desconfiam do entusiasmo da gerência. Não que não estejam se esforçando. É que
não se esforçam totalmente, E isso é crítico.
- Foi interessante, não é mesmo? Fui concluindo
que Michael estava falando de bom senso, o segredo está em transformar o bom
senso em boa prática.
- Você está absolutamente certa, o importante
não é o fato de Michael catar papel. O importante é que todos tenham
entusiasmo.
Mais tarde a gang dos cinco entrou no Hall of
Presidents e encontrou reproduções dos antigos presidentes, Carmem observou que
a s roupas dos ex-presidentes eram autênticas, e perguntou se eram reproduções.
- Análise de perto e veja as costuras, são feitas
à mão.Os tecidos foram confeccionados usando velhos métodos.
- Achei que eram verdadeiros, mas isso já não
seria um exagero? – disse Carmem.
- Talvez, se isso fosse apenas um exemplo de atenção
fanática aos detalhes, e acho que estamos de acordo ao dizer que isto
ultrapassa o fanatismo. Mas isto não é o mais importante. É verdade que os
convidados não perceberão esse tipo de detalhe. Não é algo que contribuirá para
sua experiência aqui, os convidados nunca irão notar a diferença. Mas os
membros do elenco irão e isso que é importante e é a essência de nossa próxima
lição.
E entregou a todos um cartão: 4ª lição: - "Tudo mostra entusiasmo".
- Percebem que não apenas todos devem mostrar
entusiasmo, as coisas também, e embora 99% dos convidados nunca saibam sobre
essas costura especial, embora muitos membros do elenco sequer tenha visto a,
costura todos conhecem essa história. Tudo aqui mostra entusiasmo e este é
apenas um exemplo.- Outro exemplo é tinta dourada do carrossel. Cada parte
dourada é pintada com tinta de ouro de 23 kilates. Todos os membros do elenco sabem
que esta tinta é de ouro e isso é importante para eles. Quando se trata de
nossos convidados, não impomos limites naquilo que fazemos.
- Quanto mais coisas conseguir embutir em seus
funcionários, Alan, mas eles se sentirão parte da sua equipe e mais forte será
a cultura de sua empresa.
- Nesse caso Mort, - disse Judy - as coisas que
não mostram entusiasmo? Será que tendem a enfraquecer a cultura? Como impedir
que surjam?
- Boa pergunta Judy. Os projetistas daqui tem
uma palavra para alguma coisa que não mostra entusiasmo: chamam-na de intrusa,
coisas que não se encaixam. Por isso até os carrinhos de pipoca não ultrapassam
de uma área para outra.
Muita energia, tempo e dinheiro foram gastos
para se chegar a esse conceito que fosse diferente de qualquer coisa no mundo.
Se tudo não levasse nessa direção, boa parte desses esforços seriam
desperdiçados. Quando os projetistas estavam montando a Liberty Tree Tavern,
Walt disse que um conceito seria essencial: quero que as pessoas entrem em um
prédio de cinco milhões para comprar um hambúrguer de cinco centavos. Afinal um
lanche é apenas um lanche, mas você pode oferecer um lugar fantástico para saboreá-lo.
- Deixe-me ver se compreendi - disse Bill -
Quando você fala em atenção aos detalhes, você quer dizer detalhes que afetam
diretamente a experiência dos visitantes no parque; mas quando diz “tudo mostra
entusiasmo” está falando de alguma coisa que afeta a experiência de modo
indireto.
- Certo, - disse Mort - pense em tudo mostra
entusiasmo em termos de alinhamento ou congruência com o seu propósito. Se você
vai falar em trabalho em equipe, por que não fazer com que as pessoas trabalhem
em equipes? Quando as pessoas começam mesmo a mostrar entusiasmo, fica fácil
perceber que as coisas também precisam mostrar entusiasmo. Assim tudo são as
mesas o boletim interno, o processo de recrutamento. Tudo isto está coerente
com a filosofia e o caráter de Disney
- Um último exemplo, quando os convidados entram
pela manhã, ouvem músicas animadas, os membros do elenco recebem os convidados
com vitalidade. À noite, porém, a música é suave; os membros do elenco agem com
tranquilidade. Essa diferença é planejada e proposital. A ideia é entrar em
sintonia com o humor do convidado. A música realça a experiência; acrescenta
algo à sensação de bem estar do convidado, faz com que deseje voltar.
Mas nenhum em cada mil tem consciência dessa
diferença musical. Faria diferença se percebessem? Provavelmente não. Afinal
quem quer entrar todo entusiasmado e encontrar um elenco relaxado e quem quer
sair cansado e encontrar membros do elenco pulando de lá para cá?
O grupo passeava enquanto Carmen meditava no que
aprendera sobre o cuidado da Disney em detalhes para satisfazer seus clientes.
Com indagações próprias, ela faz perguntas para Mort sobre feedback dos
clientes, pensando em algo completamente diferenciado para atender a demanda
sem ser completamente cansativo. Mort acalma Carmen dizendo que essas suas
perguntas seriam tema da sua próxima lição.
Don se interessa pelo assunto, pois já ouvira de
alguma forma os métodos ótimos de pesquisa de satisfação do cliente.
Após receber o questionamento de Don a respeito
das pesquisas de satisfação através de computadores, Mort reafirma que é um dos
métodos utilizados pela Disney, pois as mentes para as observações estão mais à
tona no ato em que os Super Greeters (Superanfitriões) solicitam dos
participantes.
Caso ocorra algum problema em alguma atração,
esses membros do elenco correm para satisfazer a necessidade do cliente em
fazer suas sugestões de melhoria.
Outra forma de colher informações é fazendo
entrevistas, e isso gera um resultado de 700/1400 por semana.
Para a Disney o resultado é muito importante,
pois ele se veem próximo de atingir um total de melhorias.
Carmen pergunta sobre a possível exaustão de
pesquisas, e diz que se fosse um membro do elenco, ela tornaria a pesquisa um
tanto divertida.
Mort relata que isso já é feito pela Disney,
pois nos momentos da entrevista os Superanfitriões só digitam, pois as
perguntas são formulados pelos personagens da Disney através do sistema.
Alan pensava em como implantar na sua empresa
tão séria um sistema divertido de pesquisa de satisfação.
Mort mostra que até o modo de pesquisa mostra
entusiasmo, pois há participação dos temas da Disney com as experiências dos
convidados. Daí surge no cartão a 5º lição: "Múltiplos postos de escuta", onde Mort relata
que se deve ter não somente um meio bom de escuta, mas vários.
Uma das formas de analisar melhorias, mas com a
dificuldade de turnos é estabelecer notas de zero a dez para que o próximo
turno se preocupe em sempre otimizar e apresentar melhoras tanto no ato como em
reuniões, ou tomar decisões baseados nos pensamentos e opiniões de cada membro
do elenco. Alan complementa o método com um exemplo verídico de sua
empresa.
Judy pergunta quando deve ser a hora de mudar de
produto. E isso está relacionado a valores de clientes.
Chegando a conclusão de que mais um posto de
escuta é o próprio elenco que ouvi diretamente o cliente.
Nicole que é participante do elenco há 14 anos,
dá exemplos de atitude positiva dento de sua supervisão (pó da Sininho), também
exemplos práticos de agressividade gentil (que só pode ocorrer sendo cada um,
um posto de escuta, sempre visando tornar a visita das pessoas em algo
especial) ou até mesmo suprindo necessidades constantes de clientes em
determinadas áreas.
Carmem após esse exemplo pensa que em sua
empresa havia tudo isso, menos habilidades de escuta que os membros da Disney
possuíam.
Judy demonstra na prática mais um posto de
escuta, o questionário em formato de orelhas do Mickey que era enviado após uma
vista no parque.
Alan repensa seus conceitos de questionários
empresariais para trazer mais resultados, indagando-se se de repente um
questionário em forma de cd, disquetes, teriam mais retornos.
Mort mostra que alguns postos de escuta
possibilitam melhorias quase que instantâneos, outros não, pois dependem do
tamanho de tempo de feedback.
Sendo a pesquisa telefônica a mais formal e
completa.
Para o parque, é necessário vários pontos de
vista para obter melhorias, e isso só ocorre devido os múltiplos postos de
escuta. As cartas também se tornam postos de escuta.
Cartas de convidados vão para o setor de
correspondências, segundo Mort e o departamento destina os seguimento com
honrarias e exemplos para os demais.
Essas honrarias demonstram outro segredo do
sucesso da Disney, a 6ª lição: "Recompensa, Reconhecimento e Comemoração".
A carta enviada pela Carmen torna-se exemplo
para a 6º lição, pois ela mesmo nunca se esqueceu do nome do membro do elenco
no qual a ajudou-a.
Para isso Mort retoma a ideia dando um exemplo
na prática simulando um mini teatro com a participação dos membros do grupo
referente à carta de Carmen.
Mort como ator-supervisor honra Murphy (o membro
do elenco que ajudou Carmem) e o torna de exemplo para os demais, indagando que
pessoas como Carmen utiliza todas as suas economias, tempo, etc para ter
experiências alegres na Disney e nada pode fazer acontecer o contrário. A carta
seria fixada no mural para servir de motivação e exemplo para os demais.
Carmen relatou que sua empresa deveria fazer ao
contrário do que vinha fazendo, pois premiações só eram feitas para a área de
vendas e os outros funcionários não recebiam suas devidas honras por mérito
próprio.
Mort mostra como isso é diferente na Disney,
pois lá gerentes fazem cartões de reconhecimento de fanatismo pelo serviço ao
convidado e os presenteia devido ao desempenho dos membros do elenco, sendo a
recompensa um sorteio para ganhar prêmios todo mês com participações especiais.
Mort diz que há critérios a serem seguidos para
a distribuição desses cartões, mas que isso depende do grau de responsabilidade
e área de cada membro. Para serviços e trabalho em equipe. Para serviços o
primeiro é estabelecer contatos diretos e sorrir, o segundo é superar as
expectativas dos convidados e buscar contatos com eles, o terceiro é fazer com
que a qualidade do serviço sempre seja excelente, o quarto é dar boas vindas a
todos e a qualquer convidado e o quinto é manter um padrão pessoal de qualidade
em seu trabalho. Para trabalho, o primeiro é superar o cumprimento do dever, o
segundo é demonstrar forte iniciativa, o terceiro é comunicar-se agressivamente
com os convidados e membros do elenco e o quarto é preservar a experiência
mágica do convidado.
Esses princípios saem de um treinamento
intensivo “Tradições”. Mort segue com outros exemplos e diz que não é tão fácil
assim conseguir uma indicação dessas. Há também outros tipos de programas
motivadores, como o Espírito Disney.
Os feedbacks são intensivos. E normalmente as
observações positivas são mais apresentadas que as negativas.
Mort mostra exemplos para o entendimento de
feedback positivo e negativo e a importância do positivo ser mais acentuado que
o negativo. Porém identifica a ausência de feedback como uma terrível sensação
e posição.
Alan coloca sua posição, referente à atenuação
de feedback negativo na sua empresa e Carmen iguala-se a ele indicando sua
deficiência em exercitar o um feedback negativo para três positivos.
Mort exemplifica um método eficaz para atenuação
de feedbacks positivos, como moedas nos bolsos a serem passadas para o outro a
cada posição positiva do colaborador e cliente. O efeito é notado após 30 dias,
pois pessoas demoram em torno de 21 dias para se adaptarem a um novo processo.
Não considerando qualquer coisa como ponto positivo, mas sim pontos em que
satisfaçam os clientes.
Judy mostra sua facilidade em dar feedbacks
positivos para qualquer coisa, porém Mort leva o critério de imeditiação e
especificação.
Don discorda, mas logo é calado com um exemplo
sábio de Mort, que colocou o funcionário como um ser humano necessitado de
renda econômica e psicológica.
Mort para explicar o maior valor entre renda
econômica e psicológica, garimpa dois membros do elenco e logo encontra David
que compara a indagação com água e comida. A água é como o salário e a comida é
como valores psicológicos, um não sobrevive sem o outro.
Mas uma pergunta tentadora surgiu da boca de
Alan, a respeito das derrotas da Disney em Paris. Para Mort, a Disney arriscou
para ter experiência novas, para render mais dinheiro ou para ter sucesso a
longo prazo.
Alan relata sobre o fracasso do parque em
Virginia, e Mort rebate dizendo que às vezes empresas cometem erros de
localização geográfica de seus postos e produtos.
Todos faziam coisas de acordo com suas
necessidades na manhã do terceiro dia. Mort pensava na melhor maneira de apresentar o
último segredo.
Começou os ensinamentos mostrando a importância
de cada membro no grupo e apresentou-lhes a 7ª lição: "Todas as pxssoas são
importantxs", deixando claro que cada pessoa é necessária, pois alguém precisa
dela para realizar outras coisas.
Carmen quer utilizar o texto em sua empresa, com
finalidade de mostrar a todos suas importâncias individuais. Alan também quer
incluir uma versão desse texto nas suas conversas com os funcionários, mas com
a estratégia de entregar primeiro os folhetos para quebrar barreiras.
Mort esclarece que essa técnica é muito eficaz
quando aplicadas em equipes que possuem diferenças gritantes.
Alan reconhece que precisa elogiar trabalhos em
sua empresa, e derrubar “paredes” que contribuem para o mau funcionamento dos
processos assim como pensa Judy.
Bill adora a ideia, mas gostaria de implantar a
mesma com a ajuda de sua presidência, respeitando assim o nível hierárquico
organizacional.
Don, não sabe como utilizar o cartão em sua empresa.
Mort relata sobre os 7 segredos da Disney, logo
após ele propõe que a gangue pense individualmente em um segredo que não foi
compreendido perfeitamente para assim buscar informações no Magic Kingdom, eles
teriam livre acesso para todas informações e deveriam voltar com uma lista de
medidas que eles tomariam em suas empresas e como os 7 segredos funcionavam na
Disney com exemplos vistos no passeio, sendo que deveriam se reunir às 14h para comparar as anotações.
Judy revisou os cartões que Mort havia dado, a
lição 1 (concorrente é qualquer empresa com a qual o cliente o compara) era um
conceito novo para ela, porém fazia lógica, mas não gostava de ter a Disney
como concorrente, mas decidiu que iria repassar a seus colegas, a segunda
(fantástica atenção as detalhes) foi a lição que a mais deixou intrigada, pois
achava enorme o comprometimento dos membros com os detalhes, assim como seu
chefe que pensava em execução e atenção nos perigos que surgem dos detalhes
(Judy compreendeu, mas seu coração não recebeu a mensagem por inteiro, a
terceira (todos mostram entusiasmo) achava que em sua empresa pouca coisa
mostrava entusiasmo, a quarta (tudo mostra entusiasmo) ela acreditava muito
nessa lição, embora seu presidente não a colocava muito em prática, desejando
assim que seu presidente ouvisse um pouco da lição de Mort, mas a lição 5 e 6
ela gostava, a quinta (múltiplos postos de escuta). Judy pensava que ela e sua
equipe eram as únicas responsáveis. pela manutenção da fidelidade, mas se
soubessem de observações de outros setores, provavelmente teriam mais sucesso,
a sexta ( recompensa, reconhecimento, e comemoração) de todas, era que Judy
mais gostava, pois ela os fazia muito bem ( Mark é mencionada como uma
funcionária que foi ajudada com bilhetinhos de incentivo dados por Judy), a
sétima ( todas as pxessoas são importantxs) a deixou confusa, pois era também
muito boa e por isso não sabia para onde correr, por isso pensou e pensou e
chegou a conclusão de que iria fazer suas anotações de acordo com o item atenção
as detalhes, embora isso não a entusiasmava muito.
Don passeava tranquilo aliviado por estar longe
de Mort, acreditava em poucas coisas que ele falava, e algumas palavras faziam
sentido, muitas não, segundo seu conceito, pois na sua empresa tudo que era
novo desabava com o tempo, principalmente conceitos como aqueles.
Don sentou e começou a pensar para exercitar o
aprendizado, chegou a conclusão de que ele mesmo não apresentava entusiasmo,
mas ficou intrigado pelos membros demonstrarem tanto sem deixar o índice cair,
pensava ele que alguma coisa diferente e oculta acontecia. Sentou e quis ter
agradáveis 6 horas sem ficar nervoso.
Ouvir os outros e responder sempre as questões
por mais inocente que ela possa ser é sempre essencial para que possamos manter
os nossos clientes sempre fiéis a nós, dando-lhes a devida atenção, e sempre
ouvindo sua opinião, que pode vir a ser muito importante, pois sua opinião pode
mudar algumas coisas que não estão saindo bem dentro do atendimento ao cliente,
onde isso poderia prejudicar a empresa em um tempo futuro. Portanto, ouvir o
cliente é sempre fundamental para que a empresa possa crescer e “bater” seus
concorrentes.
Outro ponto muito interessante da Disney é
considerar cada funcionário como “membro do elenco”, pois esse é um grande
incentivo para que aquele “membro” possa fazer seu trabalho com muita alegria e
entusiasmo, todas as empresas deveriam adotar esse método, dando bonificações,
pondo fotos de melhor funcionário do mês, pois um funcionário motivado pode
gerar muitos lucros para a empresa, fazendo com que ela cresça cada vez mais.
Para que isso aconteça os funcionários devem ser sempre escolhidos a dedo, para
que futuramente não deem prejuízos.
“É mais importante conquistar os clientes que
contam do que contar os clientes que conquistou”. Para que isto aconteça é
essencial uma atenção aos detalhes, por mais que estes sejam imperceptíveis, um
exemplo muito interessante foi quando Carmen disse dos detalhes no Hall of
Presidents onde Franklin D. Roosevelt tem suas pernas com aparelhos por causa
de sua paralisia, mas este detalhe estava totalmente escondido por debaixo de
suas calças, mas foi uma atenção muito grande, por mais que quase ninguém fosse
reparar isso a Disney tomou os cuidados precisos para que seus visitantes fiquem
cada vez mais encantados e assim conquistados.
Agora é a vez de Alan disse Mort, a vez de
contar a lição que aprendeu. Alan levantou-se diante o grupo, esperava um
convidado conferencista, porém ainda não tinha chegado e começou a sua história
pessoal e uma observação que fez.
Contava de seu sobrinho que tinha aulas na
faculdade de computação e que o seu professor fazia com que os alunos
trabalhassem em equipe ao fazer um trabalho que ajudava, significantemente ao
comportamento e disciplina de casa um em relação ao grupo. Tanto que empresas
de região disputavam os seus alunos por saberem trabalhar em equipe. Um
pensando no trabalho do outro e que fez a diferença no seu sobrinho, pois,
antes era um aluno displicente e que naquela época após ter aulas com esse
professor demonstrava esforços e dedicação para com a matéria.
Alan passava agora a desejar fazer o mesmo em
sua empresa, nos treinamentos de vendas, juntar o pessoal de campo com vendas
internas. Assim ele vai ver que realizar um trabalho como em sala de aula onde
em mesas redondas, círculos, expunham os alunos a trabalharem em equipe e
cooperação fazendo se sentirem melhores e emprenhados a um bom trabalho
alcançado.
Falava que a idéia era sensacional e que ao
chegar de viagem compraria uma mesa redonda para colocar na sala de reunião que
tem com seus fornecedor e clientes.
Após concluir seu convidado chegou. Alan
levantou-se e foi até o convidado como se o estivesse procurando.
Judy pensou que ele estava brincando.
O nome de seu convidado era Randy Dent e
sentaram-se. Conversando Alan informou que o conhecera em seu passeio quando
passara pela Main Street, depois de várias voltas por lá e observando um
detalhe que não tinha visto das outras vezes reparou na história da vida de
Walt Disney e após isso se sentou no banco onde estava Randy e começaram a
conversar. Randy sabia que Alan era um convidado especial e foi então que Alan
contou o motivo por estar lá e descobriu também que ele já fizera parte da
equipe de comunicação da Disney, durante a construção da EPCOT. E uma história
que contou que lhe atraiu a ponto de convidá-lo para recontar a história a seus
amigos para que pudessem ouvir.
Foi quando Randy falava de seus momentos antes
da inauguração da Walt Disneyworld que foi dia 01 de outubro de 1971 e dia 01
de outubro de 1982 foi o EPCOT. Informara que as pessoas que trabalhavam nisso
não eram contratadas pela Disney e sim por empreiteiras e subempreiteiras, a
Disney queria fazer com que todos se sentissem parte da família, e por ser um
trabalho muito árduo e naquela época ser o maior projeto.
Paravam um domingo no mês e que significaria
muito, pois as obras não podiam parar para um piquenique onde reunia a todos.
Onde os operários traziam suas esposas, filhos,
família para mostrar a eles o seu trabalho que ficassem orgulhosos ao saberem
do projeto tudo sobre isso e que fruto de seus trabalhos e dedicação.
Fizeram isso durante todos os meses para as
famílias verem a obra crescer e os operários pudessem observar o que estavam
criando. Tanto Randy e seus amigos criaram um jornal semanal com fotos de
operários, nome deles e cidade natal em baixo, no jornal saia em torno de 20,
30 fotos por edição no total de 400, 500 fotos por mês durante um ano e meio,
publicações sobre a aflição os projetos, o andamento da obra e muito outras
coisas.
Não eram operários da Disney, não eram
contratados dela, não era responsáveis por eles, mas queira sempre que eles se
sentissem parte deles, uma família. Tanto que depois na inauguração partes
deles estavam lá.
Outras histórias que contou foi de um projetista
que estava incomodado com o projeto no fundo do restaurante onde havia cabos
pendurados no teto e que enrolavam a medida que subiam e desciam vários
engenheiros ficavam aborrecidos por não saber mais o que fazer, foi quando um
operário varrendo a serragem deu a sua opinião por já ter trabalhado com isso e
que deu certo e Nunis agradeceu, não foi orgulhoso informando que sabia o que
fazia, deu créditos a boa idéia do rapaz.
Após a ultima história de Randy, Alan agradeceu
e voltou-se para os demais. Imagina que se Nunis pode utilizar a idéia do
outro, ele também podia utilizar a história de Randy. Ele passou o resto do
tempo caminhando e pensando na empresa, no modo como trabalhava, como
comercializava e distribuía seus produtos.
Falou: “Somos uma empresa de Software muito boa,
por sinal. Mas temos a tendência de pensar em qualidade como algo relacionado
com o aspecto material. Fazia tudo, mas, nunca pensava como a Disney fez com
EPCOT. E se aplicasse esse conceito, seriam melhores ainda”.
Aprendeu que qualidade não desrespeito apenas a
possibilidade limitada e sim ilimitada e que ao chegar em sua empresa irá
contar que Randy lhe contou e tentará mudar o modo de ver e pensar de todos de
que trabalha.
Agora sendo a vez de Don... começou...
Ele faz uma confissão, em forma que não ficou
muito contente, pois tinha muito trabalho para a fazer e que acabara deixando
por insistência do patrão. Não disse que não gostou, mas pensara que aquela
manhã era um desperdiço de tempo e decidiu conferir uma coisa e depois tentar
encaixar outras.
Quiz saber porque Mort não deixou Carmen dizer
sobre Wilderness Lodge e foi atrás, mais Mort falou que esperava alguém curioso
para fazer a pesquisa por si só, e foi o que Don fez.
Foi atrás de dois membros de elenco que estava
no hotel para perguntar se sabiam de algo relacionado a resposta, disseram que
não. E informaram que todos os temas estavam de acordo com os parques nacionais
do oeste dos EUA.
Depois, dois outros membros se reuniram no
saguão junto com os outros membros e fazendo debate, afirmava Don que tudo se
encaixava no tema, foi quando ele disse que não tinha tempo de responder as
perguntar de Mickey e sem entender uma moça lhe puxou para a lareira de pedras
onde ficam Mickey’s ocultos. E mostra a ele o contorno da cabeça e das orelhas
de Mickey ao lado direito das pedras avermelhadas.
E começaram a tagarelar e informaram a Don
outros lugares que se encontravam Mickey’s ocultos, e ele tudo anotava.
Segundo os membros, esses Mickey’s, começaram
com uma piada interna entre os imagenheiros, onde se pode perceber ao procurar.
E ganha quem achar mais. Alan perguntou se além desses a outros no Winderness
Lodge.
E ele perguntou se Alan joga golfe. Disse sim e
informou que no sexto buraco, a um Mickey oculto como em outras partes do
parque.
Don pegou suas anotações e foi informando muitos
outros locais, onde pode se encontrar a orelha de Mickey, como o filme do REI
LEÃO ou no EPCOT, no pavilhão da Noruega ou no mural que está o imagenheiro que
projetou o pavilhão o Mickey com a orelha.
Carmem pediu a lista de Don para impressionar o
seu filho, e ele disse que irá mandar via fax devido a sua letra que nem ao
menos consegue entender, e faz um comentário, diz que ainda não conseguiu
encontrar um significado por não estar sendo atento aos detalhes como Mort
havia dito.
Falam que ás vezes uma triagem, cuidar primeiro
das emergências e deixar que os detalhes aguardem. Foi quando percorreu mais
duas atrações, sentou e comeu um cachorro-quente, e via as pessoas
exageradamente felizes passarem. Viu a menina ruiva que tinha visto em seu
primeiro dia, lembrou que aquela vez ela estava chorando, mais nesse momento
ela estava alegre, usando um óculos do Mickey e um enorme chapéu do Pateta, com
orelhas caídas que nem dava para reconhecer. No mesmo instante foi até
conversar com sua família, seu nome era Nancy, que perguntou o que havia
acontecido, e contaram que ela estava na fila para pegar o autógrafo do Capitão
Gancho e em sua vez ele saiu correndo, pois iria aproximar o outro capitão
Gancho para substituir. Mas não foi o que aconteceu, ela ficou chateada, pois
ele não deu.
Explicações e seu pai foi tirar satisfações com
o membro do elenco, e ele pediu desculpas e queria reverter a situação. E mais
tarde no quarto da menina, havia um boneco de Peter Pan e uma carta que dizia
para não ficar assim, pois as vezes o capitão Gancho também o magoa, mas para
ela voltar a visitá-los e no final diz ser seu amigo.
Ficou impressionado com a eficiência, outro caso
foi quando uma mulher estava com um sorvete de casquinha nas mãos conversando
com sua amiga. E passando uma gaivota o derrubou. Um membro viu e logo passou a
moça na frente da fila para que ela não ficasse sem o sorvete ou magoada.
Percebeu a rapidez e a eficiência e se perguntou
como fazem isso?
Conheceu mais do assunto e que se chama
Service-Recovery (recuperação de serviços), ninguém sai de lá desencantado,
todos se desdobram até ter a situação sobre controle.
É vital para manter a fidelidade dos convidados
e ajudar a manter a dedicação dos membros do elenco.
Mort pergunta a Don qual a lição que tira de seu
passeio e que usará em sua empresa, organizando suas anotações. Don disse que
basicamente foi apenas uma gincana a procura de fatos isolados e costumes
estranhos. E lembra de mais um coisa que aconteceu, no banco onde estava
sentado aproximaram dele um casal. A moça estava amarrando os sapatos e
conversavam sobre a limpeza do parque e sobre o número de funcionários. Ele
disse: “Deve ser uns 300”. E ela: “400, 500 funcionários”. E Don não resistindo
respondeu que tinham 45 mil. Ficaram espantados, mas depois explicou o motivo e
o modo pelo qual sabia disso.
E o sujeito compara outras empresas com a
dedicação da Disney e queria que todas fossem assim, pois ai seria um cliente
mais satisfeito.
Don lembra-se do que disse seu professor técnico
de futebol americano do ginásio. Que não basta ter vontade, estar interessado
em monte de coisa é preciso ter paixão do que 40 meramente interessados. E
naquela sexta-feira à noite, ganharam por 35X6 e foi um dos melhores campeonatos
que já teve. Percebeu o porque pensou em seu treinador, foi porque viu a paixão
nos membros dos elencos quando tentaram ajudá-lo a procurar os Mickey’s
ocultos. Mesmo não entendendo o que ele falava mais mostravam entusiasmo e
dedicação. Mort perguntou mais uma vez, como Don iria aplicar isso em sua
empresa.
Don pensou, e disse ter controle de qualidade,
de observar os números diariamente. São apaixonados, mas não eram apaixonados
pelos clientes desta forma, e que faz a grande diferença. A tinta a ouro, o
mural, o curso tradições. Para ele não fazia diferença, mas para a Disney é a
magia e a alegria e o que de fato serviria para a sua empresa, é a qualidade
que qualquer empresa precisa para transformar a paixão pela experiência total
de cada cliente nesse amor incondicional.
Judy sorriu e apertou a mão do Don e disse a ele
que sabia que ele conseguiria e Carmem fez uma única anotação em seu bloco: “
Uma pessoa dotada de paixão, é melhor do que 40 meramente interessados.”
Ela sorriu, pensou em Don.
Crítica
O livro “Nos bastidores da Disney” de Tom
Connellan, mostra através da história de cinco executivos como as empresas podem,
seguindo os preceitos da maior empresa de entretenimento do mundo, aumentar a
lucratividade, colocando seu foco nos clientes.
Acreditamos que todos os conceitos são
simplistas e muitas vezes óbvios e por isso fazem tanto sucesso. Hoje em dia
busca-se ferramentas mais avançadas, treinamento, desenvolvimento de novos
produtos, e outras formas de atrair clientes e algumas vezes esquece-se do
verdadeiro sentido das organizações: a satisfação e manutenção desses clientes.
Algumas empresas cometem erros graves
simplesmente porque não encaram todo o mercado como concorrência, e não
procuram ouvir seus clientes, conhecer como as outras empresas atuam (algumas,
se fazem isso preocupam-se apenas com as que desenvolvem o mesmo produto), e
por esses motivos não conseguem fidelizar seu diferencial.
Podemos dizer que ouvir os outros e responder
sempre as questões por mais inocente que ela possa ser é sempre essencial para
que possamos manter os nossos clientes sempre fieis a nós, dando-lhes a devida
atenção, e sempre ouvindo sua opinião, que pode vir a ser muito importante,
pois sua opinião pode mudar algumas coisas que não estão saindo bem dentro do atendimento
ao cliente, onde isso poderia prejudicar a empresa em um tempo futuro.
Portanto, ouvir o cliente é sempre fundamental para que a empresa possa crescer
e “bater” seus concorrentes.
Outro ponto muito interessante da Disney é
considerar cada funcionário como “membro do elenco”, pois esse é um grande
incentivo para que aquele “membro” possa fazer seu trabalho com muita alegria e
entusiasmo, todas as empresas deveriam adotar esse método, dando bonificações,
pondo fotos de melhor funcionário do mês, pois um funcionário motivado pode
gerar muitos lucros para a empresa, fazendo com que ela cresça cada vez mais.
Para que isso aconteça os funcionários devem ser sempre escolhidos a dedo, para
que futuramente não deem prejuízos. A preocupação com o cliente interno
(colaboradores), é outro fator de grande diferencial para as empresas, pois
através deles é que a empresa de torna mais competitiva ou não. São os
funcionários, ou melhor, clientes internos a grande força de fidelização de
qualquer organização. Na nossa opinião, uma empresa que tem dificuldades para
atender eficazmente seu público interno já possui uma grande desvantagem
competitiva.
O grande potencial é estar na pele de seus
clientes e perceber o melhor a ser feito, portanto não basta ter paixão é preciso
muito mais. É estar envolvido de corpo e alma pela satisfação de seu elenco.
Para isso o feedback é importantíssimo, ainda
que seja negativo, pois só assim saberemos onde estão as deficiências da
empresa, pois afetam diretamente a lucratividade.
Quando há um problema relacionado a
organização/cliente, este deve ser resolvido o mais rápido possível.
Os múltiplos meios de escuta são essenciais,
pois o mesmo abrange o todo organizacional e ajuda de forma considerável a
satisfazer as necessidades de fala do cliente que pode estar contente ou não,
porém as pesquisas devem ser feitas o mais simples e pequeno possível, para não
atingir o ápice de exaustão recíproca. Cada empresa deve desenvolver seus
múltiplos postos de escuta.
Concordamos que para ótimos trabalhos devem
haver recompensas, reconhecimento e muita comemoração, mas todos dosadamente
empregados, para que não haja excesso.
Também apoiamos que da mesma maneira individual
de cada empresa desenvolver postos de escuta, assim deve ser feito com
recompensas, reconhecimento e comemoração, podendo também variar de
departamento para departamento.
Por se tratar de ser humano, é muito importante
que a empresa entenda termos psicológicos, levando em consideração que mais
feedbacks positivos pode elevar a autoestima e a produtividade, que
consequentemente deverá produzir recompensas, reconhecimento e comemorações por
meio da empresa.
Mas quando acontece de erros virem a tona,
deve-se encarar de forma natural e procurar de forma estável correr em busca de
melhorias continuas.
O mais necessário dentro de uma organização é
mostrar a importância de cada um, não levando somente em consideração a busca
intensiva de lucratividade, mas sim de grandes realizações pessoais dos
colaboradores. A produção e a satisfação devem andar juntas para assim alcançar
sucesso empresarial.