Um livro que marcou época
na década de 50, escrito por A. E. Van Vogt, tinha o título “Voyage of the
Space Beagle” e no Brasil recebeu a tradução de Missão Inter Planetária.
Trata-se de uma antologia de histórias de ficção científica, onde o autor
descreve as viagens de uma nave espacial repleta de cientistas que atravessa o
universo em busca de planetas distantes e está sempre metida em graves
problemas. É considerado um clássico de aventuras cósmicas e serviu de base
para muitas criações posteriores do cinema e da literatura.
O personagem central dessa
obra, que inspirou muito toda a série Star Trek, era o único nexialista a bordo
e por não ser um especialista em nenhuma disciplina específica, era olhado com
certo desdém pelos demais colegas cientistas. Afinal, ninguém considerava o
Nexialismo uma ciência de fato. Não é preciso dizer que, em quase todas as
situações de perigo ou risco vital da nave e seus tripulantes, era sempre o
nexialista que surgia como herói, graças a sua habilidade de integrar
diferentes matérias ou ciências como psicologia, química e física na busca da
solução ou salvação da equipe. Único integrador processual entre vários
especialistas focados em suas respectivas disciplinas, acabava sendo responsável
pela solução final que dava sobrevida a todos e fazia a nave avançar rumo ao
futuro e aos novos desafios.
Foi nesse livro que
encontramos pela primeira vez o termo Nexialismo.
Um nexialista é um novo
padrão profissional. Um líder com a capacidade de estabelecer um novo padrão de
pensamento, substituindo o pensamento linear e condicionado que apresenta
soluções padronizadas, ou diagnósticos generalistas e superficiais, que
inviabilizam a visão do todo, por uma visão sistêmica e sinérgica, criadora de
ideias integradoras e de múltipla abordagem. Essa forma específica de
profissional decorre da capacidade de criar ou encontrar conexões entre pontos
extremos ou adversos do conjunto de conhecimentos dentro de um grupo. Nem
sempre o especialista é quem encontra a saída para problemas específicos, assim
como os generalistas também não conseguem resolver todas as equações que surgem
no dia a dia. Mas finalmente descobriu-se que, além do especialista e do
generalista, existe o profissional de perfil nexialista, aquele que nem sempre
conhece as respostas, mas sabe onde buscá-las, é capaz de conectar pessoas e
conhecimentos aparentemente não relacionados e busca encontrar nexo nas
informações.
Nos dias de hoje, um
especialista se limita a opinar sobre um tema. Os nexialistas são pessoas, em
tese, muito bem informadas e antenadas que apresentam um pouco de ordem no
caos, na confusão, no excesso de informação e de oportunidades. Profissionais
antenados e com muita informação sobre todos os instrumentos de comunicação,
mercados, públicos, concorrentes, comportamentos, hábitos e outros aspectos do
conhecimento. Apesar de não ser tão técnico a ponto de saber profundamente
sobre determinados assuntos como o perfil inteligente por exemplo, o nexialista
conhece superficialmente sobre muitos deles.
Ser um nexialista é um estado de espírito, uma filosofia de trabalho, uma mudança de gestão que cada pessoa pode fazer. Revisar as formas de pensar e acreditar que podemos nos recriar e recriar nosso trabalho todos os dias.
Resumindo…
Um nexialista é:
Simplicidade
Profundidade e estética
Conecta pessoas a resultados
Curioso
Faz as coisas simples
Diversas competências paralelas
Longe de ser um herói, o
nexialista é essencialmente alguém que consegue observar o mundo sob uma ótica
diferenciada, que estabelece parâmetros abrangentes e destrói paradigmas, pois
é inconformado e defende fervorosamente o benefício da dúvida. Alguém que
tenha, além da capacidade de encontrar respostas, a de saber onde e como
buscá-las.
Para
Longo e Tavares: “Num universo de especialização cada vez maior, nada mais
importante que se ter a visão do todo, ou seja, poder enxergar a floresta além
das árvores”.
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