quinta-feira, 8 de abril de 2010

Palestra: "A vida é muito curta para apequená-la"



Aconteceu no Centro de Convenções do Center Shopping, dia 30 de março,no Projeto Curtir é viver - Diga sim à vida, a palestra: "A vida é muito curta para apequená-la", com o filósofo, Mestre, Doutor em Educação e professor da PUC/SP, Mário Sergio Cortella.
Com a simpatia e o bom humor que lhe são peculiares, ele levou a audiência a refletir sobre a tão preocupante “hora da morte” e sobre ética nas relações, entre outros aspectos.
Tendo dado uma visão geral do panorama da mudança na história e no pensamento humano, Cortella aplicou suas ideias ao ambiente das organizações. Ele propôs a reflexão: “Mudança é tragédia ou drama?”
Tragédia tem a ver com o inevitável, pois é obra dos deuses, segundo a concepção grega. Ela sempre termina com uma fatalidade. Drama é o que é passível de intervenção. “Temos de pensar nossa situação não como fatal, mas como dramática”, exortou.
A tragédia, porém, traz uma grande vantagem: exime-nos da responsabilidade. Pensamos “o mercado é assim, não há o que fazer” ou “faço o que posso”. “Os ventos do mercado mundial batem para lá e para cá. Você pode não controlar os ventos, mas pode redirecionar as velas”, alerta.
Uma empresa pode evoluir. A própria noção de competência é temporal. Hoje, ninguém mais é competente de maneira completa. “A competência, num mundo de mudança veloz, também é coletiva. Não está mais apoiada em um indivíduo e sim num grupo de indivíduos. Assim, minha competência acaba quando acaba a do outro.”
Nesse sentido, há que imperar dois princípios nas empresas: quem sabe, reparte; quem não sabe, procura. “Só é bom ensinante quem é bom aprendente. Se isso acontecer, você terá o fortalecimento da condição coletiva da competência”, explicou.
Rememorando Beda, um monge do oitavo século, Cortella afirmou que existem três caminhos para o sucesso neste mundo em que evolução ainda significa desaparecimento:
• Ensinar o que se sabe, isto é, ter generosidade mental.
• Ter coerência ética.
• Ter humildade intelectual.
Dentro da temática do aprendizado, o palestrante observou que o pior perigo em nossa época é envelhecermos. “Afastem-se de gente velha, que acha que só ela sabe, e aproxime-se de gente idosa, que foi capaz de se renovar”, aconselha. Existem empresas que envelhecem e, hoje, a velocidade de apodrecimento é maior.
Cortella lembra que, em nome da reengenharia, há alguns anos, muitas empresas dispensaram os idosos de seus quadros e contrataram jovens de 25 anos. Liberaram, assim, seu estoque de competências. Hoje, estão chamando os idosos de volta, sob o título de “consultores”. “Gente não envelhece como um fogão. Gente nasce não-pronta e vai se fazendo”, arremata.
Confira na foto, feita após o evento, eu, Mário Sergio Cortella e minha esposa, Maria Leonor (Lolô):

2 comentários:

  1. Olá, Professor!
    Sou mto fã do Mário Sérgio, já estive em algumas palestras dele e não me canso de ouvi-lo. Gostaria mto de ter estado nesta mas como foi durante a semana ficou difícil.
    Fiquei mto feliz de saber, por vc, o conteúdo da fala dele.
    Um grande abraço,
    Raphaela

    ResponderExcluir
  2. Professor Mário Sergio Cortella, quero agradecer por você conseguir de forma tão única num mundo em que todos são imitações, de transformar o complicado em simples.

    ResponderExcluir

BUSCA PERSONALIZADA

Busca personalizada