A Teoria
dos Dois Fatores foi desenvolvida pelo americano Frederick Herzberg (1923 – 2000), sendo
publicada em 1968, no seu livro “A Motivação para Trabalhar” (The Motivation
to Work).
Tal teoria teve por base entrevistas realizadas com diversos
profissionais da área industrial de Pittsburgh. Seu objetivo era identificar os
fatores que causavam a satisfação e a insatisfação dos empregados no ambiente
de trabalho. Para isso, questionou os entrevistados sobre o que os agradava e
os desagradava nas empresas em que trabalhavam.
Frederick Herzberg |
Herzberg,
então, dividiu estes relatos em dois fatores: motivacionais (os que
agradavam) e higiênicos (os que desagradavam).
Diferentemente de Abraham Maslow, que estudou a satisfação das necessidades das pessoas em diversos campos de sua vida, Herzberg procurou estudar o comportamento e a motivação das pessoas dentro das empresas, especificamente.
Diferentemente de Abraham Maslow, que estudou a satisfação das necessidades das pessoas em diversos campos de sua vida, Herzberg procurou estudar o comportamento e a motivação das pessoas dentro das empresas, especificamente.
Nesta
teoria, os fatores higiênicos são aqueles necessários para evitar que
o funcionário fique insatisfeito em seu trabalho, porém, eles não são capazes
de fazer com que ele se sinta completamente satisfeito. Para o autor, o oposto
de satisfação não é a insatisfação, mas nenhuma satisfação. Bem como, o oposto
de insatisfação não é a satisfação, mas sim nenhuma insatisfação.
Para
facilitar o entendimento, confira a seguir a definição dos dois fatores de
Herzberg:
Fatores higiênicos
Dizem
respeito às condições físicas do ambiente de trabalho, salário, benefícios
sociais, políticas da organização, clima organizacional, oportunidades de
crescimento, etc. Segundo Herzberg, estes fatores são suficientes apenas para
evitar que as pessoas fiquem desmotivadas. A ausência desmotiva, mas a presença
não é elemento motivador. São chamados fatores insatisfacientes, também
conhecidos como extrínsecos ou ambientais.
Fatores Motivacionais
Referem-se
ao conteúdo do cargo, às tarefas e às atividades relacionadas com o cargo em
si. Incluem liberdade de decidir como executar o trabalho, uso pleno
de habilidades pessoais, responsabilidade total pelo trabalho, definição
de metas e objetivos relacionados ao trabalho e auto-avaliação de desempenho.
São chamados fatores satisfacientes. A presença produz motivação, enquanto a
ausência não produz satisfação. Também chamados de intrínsecos.
Vejam
o quadro abaixo, que resume bem o que vimos até agora:
Fatores que levam à insatisfação
|
Fatores que levam à satisfação
|
Política
da Empresa
|
Crescimento
|
Condições
do ambiente de Trabalho
|
Desenvolvimento
|
Relacionamento
com outros funcionários
|
Responsabilidade
|
Segurança
|
Reconhecimento
|
Salário
|
Realização
|
Ao
final do estudo, Frederick Herzberg concluiu que os fatores que levavam à
insatisfação profissional nada tinham a ver com aqueles que influenciavam na
produção de satisfação dos trabalhadores. Assim, o autor percebeu que os
fatores que causavam a satisfação dos trabalhadores estava relacionado ao seu
trabalho, à tarefa desempenhada, sua natureza, responsabilidade, promoção etc.
Herzberg
constatou, também, que os fatores que causam a insatisfação dos empregados são
puramente ambientais, que não dizem respeito à tarefa desempenhada. São
relacionados à natureza das relações interpessoais, condições do ambiente de
trabalho, salário etc.
Esta teoria permite inúmeros outros estudos
semelhantes. Com certeza, foi um marco na avaliação da satisfação e motivação
dos trabalhadores no ambiente de trabalho.
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