Mais do que simplesmente chefiar, liderar é fazer com que um grupo de
pessoas trabalhe em equipe e gerem os resultados desejados pela empresa,
especialmente aqueles relacionados aos objetivos e metas estratégicas.
Uma vez que a gestão está cada vez mais pautada na realização de
projetos e formação de equipes, o desafio é multiplicado. Nas equipes
homogêneas e maduras – em tese mais alinhadas em termos de objetivos e perfil
de atuação – a liderança dos seus membros para atingimento dos objetivos tem
sua própria complexidade. Considerando equipes heterogêneas, as dificuldades se
multiplicam, uma vez que os membros possuem origem, cultura, valores,
experiências e objetivos distintos. E esta faceta é a que cada vez mais
predomina com a inclusão de novos perfis profissionais e gerações no mercado de
trabalho.
Para que a empresa cumpra sua missão e atinja sua visão, o líder moderno
deve possuir essencialmente cinco habilidades:
1. Ter capacidade de conscientizar e motivar sua equipe em relação aos
objetivos, metas e resultados a serem atingidos, identificando e
potencializando a relação de tais objetivos com as expectativas e necessidades
de auto-desenvolvimento de cada integrante da equipe;
2. Trazer visão sistêmica, holística e abrangente sobre a complexidade
inerente ao contexto de negócios, propiciando uma compreensão ampla de seus
desafios e das variáveis centrais que os compõem;
3. Ter vocação para a articulação, coordenação e interação constante – não
apenas no modelo com cada integrante da equipe, atuando diretamente e estando
presente nos momentos críticos de cada atividade, desde a etapa de planejamento
até a execução, finalização e validação
4. Utilizar os principais conceitos, metodologias e frameworks de gestão de
projetos e equipes e os sistemas, funcionalidades e canais (principalmente
digitais e colaborativos) que potencializam a capacidade de gestão e controle
dos resultados e efetividade do trabalho dos integrantes da equipe e;
5. Por fim, ter a capacidade de liderar pelo exemplo – citando Gandhi – ser o
exemplo do que se quer ver no mundo, garantindo a
consistência entre seu discurso e prática, inspirando confiança e
transparência nas relações com os integrantes da equipe.
Nesse contexto, é mais do que relevante compreender que os líderes não
podem fazer as coisas sozinhos. Nenhum líder em toda a história
realizou algo sozinho. Quando se trata de alcançar desempenho superior, o líder
compreende que a colaboração é fundamental; portanto delega responsabilidades,
missões e tarefas… mas também meios, recursos e autoridade.
Líderes justos cobram de forma justa as entregas de seus liderados.
Premiam e punem de acordo com o combinado e consensado. Líderes justos
consideram uma tarefa delegada somente após o consenso do liderado sobre
prazos, condições, dificuldades e expectativas e consideram uma tarefa entregue
quando atende todos os requisitos que a qualifiquem como excelente.
Mais do que nunca, as empresas precisam de talentos que gerem valor
diferenciado e perceptível para todo o entorno de relacionamento da empresa, do
cliente e acionista ao funcionário e fornecedor. Em um cenário de escassez de
mão-de-obra qualificada, garantir que tais talentos tenham aderência tanto à cultura e valores
da empresa, quanto ao seu modelo de atuação e trabalho é tarefa crítica para
atrair, reter e potencializar a evolução de tais talentos. Está aí mais um dos
grandes desafios para o líder moderno… simples, contanto que tenha no mínimo as cinco habilidade essenciais.
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