O Dr. Leandro Teles, neurologista da Universidade de
São Paulo (USP), explica que "o funcionamento cerebral não é linear e,
como todo sistema complexo, ele é sujeito a falhas e a imperfeições. Por isso,
cabe a cada um reconhecer na sua vida os determinantes da baixa eficiência,
tornando o sistema mais confiável".
1. Falta de sono |
1.
Falta de sono:
o hábito de dormir pouco pode atrapalhar o processo cerebral,
uma vez que é durante o sono que o cérebro consolida as memórias do dia que
passou, organiza o pensamento e exercita a criatividade (sabe os sonhos?
Então). Além disso, prepara o cérebro para as atividades do dia seguinte. Por
isso, quando dormimos mal o rendimento cai logo no dia seguinte, ocorrendo o
declínio franco da concentração, da memória e alterações intensas do humor.
2. Sedentarismo |
2. Sedentarismo:
a atividade física age no sistema nervoso central reduzindo a ansiedade,
derrubando os níveis de cortisol e adrenalina, estimulando a formação de redes
dentro do hipocampo (região responsável pela memorização) e melhorando o sono.
Ou seja, a falta dela remete aos mesmos problemas de falta de sono, que
comprometem a atividade
cerebral de semelhante maneira.
3. Rotina |
3.
Rotina: pode não
parecer óbvio, mas a rotina é um inimigo importantíssimo. Ela automatiza os
processos mentais e, dessa maneira, realizamos diversas atividades sem perceber
e deixamos de pensar, perdendo uma chance de exercitar os neurônios. Trabalhos
repetitivos, relações interpessoais que caíram na mesmice, falta de projetos,
planos, metas, tudo isso leva a uma preguiça cognitiva. Por isso sempre somos
estimulados a buscar coisas novas, desafios: para alimentar o
cérebro de vivencias intelectualmente mais interessantes.
4. Sobrecarga mental |
4.
Sobrecarga mental:
a privação de estímulos que a rotina provoca é tão prejudicial quanto a
sobrecarga de informações. O cérebro tem uma
capacidade limitada de lidar com afazeres simultâneos e se
ultrapassarmos essa capacidade, teremos consequencias: esquecimentos, desatenção
e baixa no rendimento. Portanto, faça cada coisa no seu tempo e se desconecte
do mundo ao resolver problemas importantes e específicos.
5. Ansiedade |
5.
Ansiedade:
a ansiedade cria pressão antecipatória para eventos posteriores, um
dimensionamento patológico do grau de complicação, etc. Os ansiosos são
frequentemente desatentos e cometem lapsos pois estão projetando sua mente para
o futuro e não estão focados no presente. O ideal é combater a ansiedade com medidas
comportamentais.
6. Desorganização |
6.
Desorganização:
você facilita muito o trabalho cognitivo se for uma pessoa organizada.
Trabalhar em ambientes apropriados, gerenciar o tempo, estipular prioridade,
delegar tarefas com inteligência, manter um certo padrão aonde guarda as
coisas, o jeito que destaca o que é mais relevante, manter a fácil aceso aquilo
que é usado com maior urgência ou frequência, etc. Tudo isso libera seu
cérebro para se engajar no processo cognitivo superior, como a
criatividade, raciocínio lógico, previsão de resultados, etc.
7. Vícios e alimentos |
7.
Vícios e alimentos:
reduza o consumo de álcool e nicotina e tenha cuidado com medicamentos para
tontura, náuseas, relaxantes musculares e remédios para dormir sem orientação
médica (eles podem atrapalhar todo o processo mental).
Evite o excesso de estimulantes como cafeína, pois o exagero pode até deixa-lo
ligado, mas, paradoxalmente, mais desfocado e menos produtivo. Evite excessos
alimentares, coma várias vezes ao dia e prefira alimentos de fácil digestão.
Também evite trabalhar e estudar com fome. Ou seja, evite os excessos,
quaisquer que eles sejam
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