É provável que a essa altura do ano você esteja determinando ou já tenha
definido sua estratégia para 2014. E, se você for como a maioria dos líderes,
já se apaixonou pela sua visão para o resto do ano novo – objetivos alcançados,
equipes motivadas, clientes satisfeitos e sucesso atingido.
Enquanto essa visão passa pela sua cabeça como um filme de Spielberg,
nós queremos transmitir um conselho de muito peso: “Todos tem um plano de
batalha até serem atingidos na cara.”.
A grande maioria dos líderes, 80% de acordo com um estudo recente, vão
falhar para alcançar a estratégia que determinaram às suas equipes, e na
maioria das vezes isso não acontecerá por falta de planejamento ou de visão dos
líderes.
Depois de trabalhar com milhares de líderes e equipes de todos os tipos
de indústria, escolas e agências governamentais em mais de 140 países, isso é o
que aprendemos. Seu maior desafio não é decidir o que fazer. O maior desafio é
fazer com que as pessoas executem o que você precisa no maior nível de
excelência.
Nossa experiência mostra que existem quatro razões primárias que levam
uma equipe ao erro:
1. As
equipes tem muitas metas importantes.
Basicamente, quanto mais você tenta fazer, menos você consegue. Se
atualmente você tenta executar cinco, dez ou ate mesmo 20 metas importantes de
forma diária, a realidade é que sua equipe não conseguirá focar. Por isso o seu
primeiro desafio é de focar em uma, ou no máximo duas metas importantes, ao
invés de tentar realizar todas de uma vez. Essa é a disciplina do foco.
O CEO da Ford, Alan Mulally, recentemente disse isso de uma forma
melhor: “Você não pode simplesmente ser o melhor em 97 coisas diferentes”. Foco
é um princípio natural. Os raios solares separadamente são muito fracos para
incendiar algo, mas se você focá-los com uma lente de aumento, eles queimarão
folhas de papel em segundos. O mesmo acontece com seres humanos. Quando sua
energia coletiva é focada em um grande desafio, a imensa maioria das coisas que
buscamos é conquistada.
2. As equipes esperam por
boas medidas históricas (resultados) ao invés de atuar em medidas de direção
(comportamentos).
Medidas históricas são as medidas de acompanhamento de uma meta
importante, e normalmente são as que você mais espera que aconteçam. Receita,
lucro, valor de ações e satisfação de clientes são todas medidas históricas,
ou seja, quando você receber esses números o desempenho que levou àquele
resultado já estará no passado. Por isso você está esperando. Quando você
recebe uma medida histórica você não pode mais consertá-la. É história.
Medidas de direção são bem diferentes. São medidas das coisas mais
impactantes que sua equipe deve fazer para alcançar uma meta. Na essência, elas
medem os novos comportamentos que levarão ao sucesso das medidas históricas,
mesmo que sejam comportamentos tão simples como oferecer uma amostra para
cada cliente em uma padaria, ou tão complexos como adotar padrões de montagem
de motores a jato. Essa é a disciplina de influência.
Sendo bem direto, nem todas as ações são iguais. Algumas têm mais
impacto do que outras quando você busca atingir uma meta. E são essas que você
deve identificar e atuar.
3. As equipes possuem um
placar criado para os líderes, não para os funcionários.
As pessoas atuam de forma diferente quando elas mantém um placar. A
verdade nessa afirmação é revelada quando enfatizamos algo: As pessoas atuam de
forma diferente quando elas mantém um placar. Não se trata de manter um
placar no lugar delas.
Essa é a disciplina de engajamento. O tipo de placar que levará ao maior
nível de engajamento da sua equipe será aquele desenvolvido para (e às vezes
por) seus funcionários. Esse placar é bem diferente do placar complexo que
líderes adoram criar. Ele deve ser simples, tão simples que os membros da
equipe podem dizer num piscar de olhos se estão perdendo ou ganhando.
Os maiores níveis de desempenho sempre vem de pessoas que estão
emocionalmente engajadas. E o maior nível de engajamento vem quando se sabe o
placar – ou seja, as pessoas sabem se estão acertando ou errando. Se os membros
da sua equipe não sabem se estão ganhando o jogo, eles provavelmente estão a
caminho de perder o jogo.
4. Os membros da equipe não
assumem responsabilidades com os outros.
A maioria das equipes vê prestação de contas como algo reativo e
negativo. Se você disser: “Venha me ver em uma hora, precisamos de uma sessão de
prestação de contas,” eles terão certeza de que não é algo bom.
Mas o que estamos descrevendo aqui é um tipo particular de prestação de
contas, a prestação que é criada quando uma equipe se reúne semanalmente para
responder a questão: “Nós cumprimos o que prometemos uns aos outros que
faríamos?” Quando a resposta é sim, quando os membros da equipe veem seus
parceiros cumprindo compromissos consistentemente, eles criam respeito uns
pelos outros. Eles entendem que trabalham com pessoas que podem confiar. Quando
isso ocorre, o desempenho cresce dramaticamente.
Sua equipe quer vencer. Eles querem fazer uma contribuição importante.
Mesmo assim, falta disciplina para muitos, a disciplina de foco, influência,
engajamento e responsabilidade são os pontos que formam uma equipe. Traga essas
disciplinas para a sua estratégia de 2014, e sua equipe não apenas terá a
experiência de alcançar uma meta importante, mas ela se tornará uma equipe
vencedora.
O artigo foi escrito por Chris
McChesney e Jim Huling. Chris McChesney é líder global da prática de
execução da estratégia da FranklinCovey, Jim Huling é consultor sênior da
FranklinCovey, com contribuição de Bill Moraes, líder nacional da prática de
execução da FranklinCovey Brasil . Eles escreveram juntos As 4 Disciplinas
da Execução: Garanta o foco e cumpra as metas crucialmente importantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário