quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Resenha do livro: 75 Negócios Verdes para começar, ganhar dinheiro e fazer diferença.


Glenn Croston é um biólogo e autor de "75 Green Businesses You Can Start to Make Money and Make a Difference" (75 Negócios Verdes para começar, ganhar dinheiro e fazer diferença).
Em seu livro, Glenn olha para a resolução dos problemas ambientais do mundo através da lente do empreendedorismo. As empresas vão de mercearias com baixa emissão carbono, contabilidade ambiental, instalação de turbinas eólicas etc.
Para Croston, existem as oportunidades de começar um negócio sustentável. Existem também inevitáveis desafios, como o marketing verde de um produto ou serviço para os consumidores que podem estar sofrendo de “fadiga verde”.
Segundo ele, todos os problemas apresentam uma variedade de oportunidades de negócios ocultos e os empresários podem construir um negócio em torno disso. Algumas das sugestões são combinações de novos negócios, que surgiram diretamente para abordar problemas ambientais, outras são apenas o “esverdeamento” de empresas convencionais.
Um exemplo seria a limpeza a seco verde. Evidentemente, já existe um grande número de lavanderias, mas limpeza verde – que não use solventes nocivos – é uma coisa relativamente nova que as pessoas estão tentando realizar.
Glenn acredita que todo negócio pode tornar-se verde. “É um pouco difícil dizer exatamente o que é e o que não é um negócio verde”. Para ele, não se trata de simplesmente traçar uma linha na areia, separando o grupo das empresas verdes de um lado e das não-verdes de outro.
É relativo e depende de onde a sua empresa está hoje em comparação ao que era antes e ao resto da sua indústria. Se você estiver melhorando significativamente e tem dados para mostrar como faz isso – para mostrar os benefícios ambientais produzidos –então este é um passo positivo. “Ninguém é perfeito ainda”, afirma ele.
“O importante é continuar a melhorar e mostrar às pessoas como você faz isso.”
O biólogo afirma que são comuns os equívocos a respeito da sustentabilidade. Muitos ainda pensam que ser verde é difícil, inconveniente ou um luxo caro. Muitas pessoas ainda acreditam que não é possível fazer a coisa certa e ainda ganhar dinheiro. Por exemplo: ainda há a idéia de que edifícios verdes são muito caros e inacessíveis. Mas há dados que afirmam que não estão mais caros em comparação às construções normais, e que realmente é possível economizar pela diminuição do desperdício de energia e aumento da produtividade.
Outro erro é a idéia de que o verde é um capricho, é uma tendência que vai passar e vamos todos voltar aos negócios usuais. As necessidades fundamentais são muito grandes e há muitos interessados apoiando o contínuo crescimento da sustentabilidade.
Mas há também as situações em que colocar-se como verde limita a empresa. As pessoas estão ficando um pouco cansadas de ouvir a palavra verde repetida tantas vezes. Ela foi utilizada em demasia e perdeu sua capacidade de comunicar uma mensagem clara, um significado.
Um dos problemas em titular-se verde é talvez limitar sua marca, em algumas mentes, a um certo nicho – um mercado menor, em vez de abri-la a um mercado mais amplo de consumidores que não se opõem à coisas verdes, mas não necessariamente classificam-se como puramente verdes - o principal mercado existente.
Então, se você se classifica como verde, que pode fazer as pessoas pensar que o verde é realmente o principal benefício do seu produto, em vez de apenas um adicional de qualidade em cima de ser um grande produto.
Essa é a chamada “fadiga verde”. As sugestões de estratégias para eliminar esse problema na comercialização de seus produtos ou serviços, é aliar ao discurso do produto alguns fatos e números sobre os benefícios ambientais criados pelo “esverdeamento” do seu negócio. Não basta dizer que você está verde, mas mostrá-lo e apoiá-lo com resultados mensuráveis.
Outra forma de combate é não ficar parado, mas melhorar cada vez mais o que está sendo feito, seu produto, seus serviços. Por exemplo, a Toyota possui o Prius (carro ecológico), mas eles não podem simplesmente continuar construindo o mesmo Prius sempre. Eles precisam continuar a trabalhar para a próxima geração, os híbridos plug-in off-road.
“As pessoas me perguntam todo o tempo: ‘Glenn, o que posso fazer? Qual é o melhor negócio para mim?’ É difícil dizer qual o negócio ideal para cada um, eles devem descobrir o seu próprio caminho.”, diz Glenn. Para ele, é importante um exame interior, pensar em que se importam, o que os move e o que melhor se encaixa à realidade de cada um.
Outra coisa importante é que, uma vez feito isso, as pessoas muitas vezes duvidam: "Bem, talvez isso não seja realmente para mim. Eu não sou um grande ambientalista." Mas realmente acredito que existam oportunidades para quase qualquer pessoa, em uma vasta gama de contextos: encanadores, professores, advogados, médicos, banqueiros, artistas, vendedores. Realmente, há algo para quem desejar juntar-se à revolução dos negócios verdes.
Juntamente com o livro, Croston desenvolveu um recurso para apoiar empresários verdes, chamado de Inicialização Verde – no www.startingupgreen.com.
A idéia é que, uma vez que as pessoas tenham começado, necessitarão de muita ajuda ao longo do caminho. Uma das grandes coisas sobre a sustentabilidade das empresas é que há tantos que acreditam tão apaixonadamente nessa solução que estão dispostos a ajudar outras pessoas que também estejam seguindo nessa direção.
Há diversos de líderes sustentáveis que já estiveram neste caminho antes. Eles sabem o que funciona e o que não funciona e estão dispostos a partilhar isso com outros jovens empreendedores. Então, há muita ajuda disponível.
O website traz idéias, cases de sucesso, dicas e contato de vários especialistas em diversos campos da sustentabilidade como finanças, marketing, RH, jurídico e áreas relacionadas.

Um comentário:

  1. Gostei de sua resenha e vou utilizá-la como texto inicial em "Origens de negócios verdes" da disciplina Modelo de Negócios da UFU - FACIP.

    att. Alzemar

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