O minerim e o empresário
Certo dia, um empresário viajava pelo interior de Minas.
Ao ver um peão tocando umas vacas próximo à estrada, parou para lhe fazer algumas perguntas:
- Você poderia me dar umas informações?
- Craro, sô!
- Essas vacas dão muito leite?
- Qual o sinho que sabe: as maiáda ou as marrom?
- Pode ser as malhadas.
- Dá uns 12 litro pur dia!
- E as marrons?
- Tamém uns 12 litro pur dia!
O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
- Elas comem o quê?
- Qual? As maiáda ou as marrom?
- Sei lá, pode ser as marrons!
- As marrom come pasto e sal.
- Hum! E as malhadas?
- Tamém come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
- Escuta aqui, meu amigo! Por que toda vez que eu te pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou das marrons, sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
- É que as maiáda é minha!
- E as marrons?
- Tamém!
Minerim indo para a pescaria
Os dois mineiros se encontram num ponto de ônibus para uma pescaria.
- Então cumpadi, tá animado? pergunta o primeiro.
- Eu tô, home!
- Ô cumpadi, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
- É que tô levano uma pingazinha, cumpadi.
- Pinga, cumpadi?
- Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!
- Cumpadi, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a dô.
- É... e na outra sacola, o que qui tá levano?
- É a cobra, cumpadi. Pode num tê lá...
Minerim comprando passagem
O mineirin vai a uma estação ferroviária para comprar um bilhete.
- Quero uma passage para o Esbui - solicita ao atendente.
- Não entendi; o senhor pode repetir?
- Quero uma passage para o Esbui!
- Sinto muito, senhor, não temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:
- Olha, Esbui, o home falou que prá ocê não tem passagem não!
O minerim e a pesquisadora
Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho escondido no sul de Minas
- Essa terra dá mandioca?
- Não, senhora. - responde o roceiro.
- Dá batata?
- Também não, senhora!
- Dá feijão?
- Nunca deu!
- Arroz?
- De jeito nenhum!
- Milho?
- Nem brincando!
- Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
- Ah! ... Se prantá é deferente..
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