A expressão “Quer que desenhe?” não surgiu à toa. Quantas vezes a gente se viu diante de situações em que palavras não foram suficientes para explicar algum assunto ou questão?
Quantas vezes a gente sente dificuldade em organizar pensamentos ou planejar pequenas ações do cotidiano?
A especialista em pensamento visual, Sunni Brown, explica que somos acostumados a associar o desenho a uma atividade anti-intelectual e seguindo esse raciocínio, “rabiscar” para muitos não poderia ser considerada uma ferramenta séria de aprendizado ou de trabalho.
Um professor não costuma ver com bons olhos um aluno que rabisca durante as aulas, por exemplo. Um chefe que “pega” um funcionário desenhando em uma reunião também não deve ficar muito satisfeito.
O curioso é: pessoas que tem o hábito de tomar notas visuais enquanto expostos a uma informação são mais propensas a retê-la. Ao contrário do que se pensa, rabiscar aumenta o foco e a atenção das pessoas em até 29%!
Para que as informações sejam de fato absorvidas e memorizadas, elas precisam passar por uma combinação de estímulos que podem ser visuais, auditivos, de leitura/escrita ou sinestésica.
Cada indivíduo estabelece ao menos duas dessas conexões com os estímulos emocionais para processar essas informações. Aquelas que utilizam da linguagem visual estabelecem as quatro conexões ao mesmo tempo!
A boa notícia é que o Visual Thinking ou Pensamento Visual é uma habilidade que pode ser (re) aprendida a qualquer tempo e por todo tipo de pessoa.
“O rabisco/desenho é uma habilidade inata do ser humano e estamos simplesmente negando a nós mesmos esse instinto." Sunni Brown
Um simples pedaço de papel hoje pode ser um recurso poderoso para quem quer compartilhar suas ideias, de forma criativa e inspiradora. Palavras e imagens, quando juntas, podem nos ajudar a pensar, lembrar, sentir, mostrar caminhos, entender, desvendar nos unir e dar sentido à vida.
Em tempos de excesso de informação, pensar visualmente se tornou algo imperativo. O Visual Thinking ou Pensamento Visual reúne um conjunto de elementos textuais e formas variadas, o que chamamos de Vocabulário Visual, para ajudar as pessoas a pensarem de forma visual, trazendo para o papel todas suas ideias em forma de técnicas simples de desenho que qualquer pessoa pode fazer.
Veja alguns exemplos de recursos abaixo que qualquer pessoa, mesmo sem saber desenhar, pode usar para explicar e contextualizar algum assunto, seja em uma reunião, em um projeto, por exemplo:
O Visual Thinking não é ilustração! Não significa substituir a palavra “carro” por um desenho de um carro. Por isso, ser um bom pensador visual não tem nada a ver com a sua capacidade de desenhar. Você pode ser um pensador visual e usar apenas palavras.
O bom pensamento visual usa a relação espacial entre os objetos para armazenar informações.
O tamanho relativo dos objetos tem significado. E os detalhes podem ser integrados em um contexto em que a holística (grande imagem) e os detalhes podem ser vistos juntos e no contexto um do outro.
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