Colaboradores da 2BW participantes do treinamento: "Ferramentas da Qualidade" |
Aproveito para parabenizar todos os participantes do evento pelo comprometimento com a Qualidade.
Meus agradecimentos à Paula Pellozo, Gerente do CD Uberlândia da B2W e ao Marden Carvalho da Qualidade do CD Uberlândia da B2W.
Meus agradecimentos à Paula Pellozo, Gerente do CD Uberlândia da B2W e ao Marden Carvalho da Qualidade do CD Uberlândia da B2W.
Segue texto a respeito do que conversamos:
METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS – MASP
1 – INTRODUÇÃO
A Metodologia de Análise e Solução de Problemas, também conhecido como
MASP, é um método de solução de problemas de origem japonesa, uma vez que
acabou sendo atribuída no Brasil a partir das décadas de 80/90.
MASP é a abreviatura usada para o método de análise e soluções de
problemas. Sendo que, é um roteiro complexo utilizado para resoluções de
problemas em empresas, tratando-se de uma metodologia para manter e controlar a
qualidade de produtos, processos ou serviços.
O MASP também é um método prescritivo, racional, estruturado e
sistemático para o desenvolvimento de um processo de melhoria contínua nas
organizações, visando solução de problemas e obtenção de resultados otimizados
com redução dos custos operacionais ou aumento do faturamento mensal/anual.
O MASP é um caminho ordenado, composto de passos pré-definidos para
identificar o problema, buscar as características que prejudicam a solução,
testar as hipóteses para encontrar qual é a causa fundamental, bloquear através
de um plano de ação efetivo, verificar efetivamente o bloqueio das causas
fundamentais, padronizar a operação e concluir o trabalho do MASP, assim
conseguindo o melhor resultado através da qualidade, produtos, processos ou
serviços buscando sempre a Melhoria Contínua.
É bom lembrar que o MASP prescreve como um problema deve ser estudado,
planejado e consequentemente resolvido e jamais como ele é resolvido.
2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 – QUALIDADE TOTAL
Para manter a qualidade de seus produtos ou serviços prestados dentro
dos padrões e especificações, dependem de vários fatores. Estes fatores
facilitam o planejamento, controle, monitoramento e a melhoria continua para o
alcance das metas. Para manter todo este processo, podem-se utilizar algumas
ferramentas e métodos nos processos produtivos e operacionais, sendo que,
existe uma metodologia estruturada que, basicamente, são utilizadas nas
organizações que buscam a qualidade de seus produtos, serviços e principalmente
nos indicadores.
2.2 – PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
O monitoramento e o gerenciamento dos processos operacionais de qualquer
organização são premissas básicas para redução de deficiência produtiva e
consequentemente a garantia de obtenção de produtos finais que atendam as
especificações pré- determinadas e expectativa do indicador de metas.
Neste aspecto, o planejamento e controle da qualidade consistem na
utilização de ferramentas e metodologia específicas do programa de qualidade,
tendo elas como objetivo a manutenção e continuidade da conformidade dos
processos operacionais.
Qualquer organização procura estar dentro dos padrões de qualidade e
conformidade dos seus processos produtivos e processos operacionais, assim
coloca de certa forma uma estrutura interna para realizar o Planejamento da
Qualidade, sendo que, as características desta qualidade possam ser agregadas
ao produto ou até mesmo ao serviço de cada etapa internamente dentro da
empresa, de maneira a assegurar e garantir os seus principais indicadores.
Portanto, o planejamento da qualidade consta de alguns estágios:
Determinação das necessidades e/ou exigências dos clientes;
Tradução
destas necessidades numa linguagem da empresa;
Desenvolvimento de um produto e
processo que satisfaça a estas necessidades;
Otimização das características do
produto de tal forma a atender simultaneamente às necessidades da organização e
da qualidade;
Prova de que o processo poderá produzir o produto em condições de
operação com qualidade e conformidade; e
Transferência do processo à operação.
Estes estágios circulam dentro do Ciclo do PDCA, pois em qualquer
organização durante o seu Planejamento da Qualidade deve-se identificar os seus
clientes internos em potencial, determinando quais são as suas necessidades,
levando posteriormente estas demandas para a linha de produção para produzir em
escala industrial, desenvolvendo um melhor produto para satisfazer as
necessidades da cadeia do processo produtivo e posteriormente estar à busca da
melhoria continua, otimizando e melhorando as características do produto de
forma que atenda os custos operacionais de qualquer empresa.
2.3 – QUALIDADE NOS PROCESSOS
Após o planejamento e o controle da qualidade tem-se a necessidade de
realizar o que foi planejado, evitando as possíveis hipóteses / causas que
estão prejudicando toda a cadeia do processo produtivo e processo operacional.
O processo de uma organização é definido como um conjunto de hipóteses /
causas que tem o objetivo de produzir um efeito que leva ao objetivo final do
processo, que é promover a satisfação de todos os indicadores e metas internas,
assim atendendo de forma global os objetivos da organização.
Estes objetivos possuem algumas características que podem ser citadas:
Todo processo interno tem o seu produto e um cliente interno;
Todo
processo é operado por um empregado, desta forma, cada um dentro da organização
tem a sua responsabilidade com o seu produto interno;
Cada processo para
produzir um produto com qualidade possui um fornecedor interno e como consequência
um cliente interno.
Portanto, cada processo produtivo e processo operacional precisa
conhecer quem necessariamente são seus fornecedores, quais são os produtos e/ou
serviços para determinarem os seus clientes internos para atender e atingir
seus indicadores.
2.4 – HIPÓTESES / CAUSAS PREJUDICIAIS AOS PROCESSOS
Hipóteses são suposições que orientam uma investigação por antecipar
características prováveis do objeto investigado e que vale, quer pela
confirmação das características, quer pelo encontro de novos caminhos de
investigação, a fim de que estas hipóteses analisadas possam ser confirmadas e
transformadas em causas fundamentais prejudiciais a qualquer processo produtivo
e operacional.
Além de causas fundamentais, existem as causas especiais dentro de
qualquer processo, que após planejamento, controle e execução do que foram
planejadas, algumas causas especiais aparecem prejudicando a cadeia dos
processos produtivos e operacionais, assim sendo, estas causas especiais são
aquelas que, ao agir dentro do processo leva a ter um resultado que está
completamente diferente do seu resultado ideal no dia-a-dia.
Com isto, estas causas especiais, quando atinjam os processos da
organização pode deslocar o nível de qualidade de seus produtos e/ou serviços,
prejudicando a cadeia de todo o processo produtivo da empresa ou até mesmo
deixando de atender um indicador de metas fundamental para atingir seus
objetivos.
2.5 – METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DA QUALIDADE TOTAL
A fim da manutenção e evolução contínua da qualidade, dos processos
produtivos e consequentemente redução dos custos operacionais e atendimento às
expectativas dos indicadores, são utilizadas metodologias e técnicas de
Qualidade Total, conhecidas como ferramentas e/ou metodologias:
Ciclo PDCA;
Ferramentas Básicas para a Qualidade;
Metodologia / Análise
de Solução de Problema (MASP).
2.5.1 – CICLO PDCA - CICLO DE A MELHORIA CONTÍNUA
O Ciclo PDCA é uma metodologia estruturada de Gestão pela Qualidade, que
representa o caminho a ser seguido a fim de que as falhas nos processos ou as
metas não atendidas possam ser atingidas novamente.
Desta forma, cada etapa do PDCA pode-se usar às conhecidas Ferramentas
Básicas para a Qualidade, com isto, rodando este ciclo podemos coletar dados,
medir resultados e até mesmo comparar com a meta.
Quando “roda-se” o Ciclo PDCA emprega-se as Ferramentas Básicas para a
Qualidade e a Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP apropriados
para o processamento destes números coletados anteriormente, assim sendo,
permitirá a tomada de decisão mais confiável, com possibilidade de trazer os
resultados positivos quando aplicados corretamente.
FIGURA 1 – Ciclo do PDCA
FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA
2.5.2 – FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE
Os problemas de qualidade aparecem sob a forma de perdas e a maioria
delas deve-se a alguns poucos tipos de defeitos que pode ser atribuído a alguma
hipótese, assim sendo, as ferramentas da qualidade podem ser utilizadas nestes
processos produtivos e processos operacionais, sendo que, as Ferramentas
Básicas para a Qualidade, são as mais utilizadas para o planejamento, controle,
monitoramento e melhoria continua da qualidade, nas quais, são divididas em 11
ferramentas compostas tipicamente de gráficos, tabelas, diagramas e fluxos, uma
vez que são sete ferramentas fundamentais e quatro ferramentas auxiliares:
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressao_artigo/1731
Página 3 de 6 - IETEC Categoria 16/03/17 12)35
FIGURA 2 – Ferramentas Básicas para a Qualidade FONTE: RODRIGUES (2013)
Com a utilização destas ferramentas deve-se evitar o diagnóstico e a
solução baseados somente em opiniões, tentativas e erros incompletos ou não
sistematizados. Assim, é preciso utilizar uma ferramenta diferente para
auxiliar no conjunto de dados em que se baseia em testar e confirmar as
hipóteses:
FIGURA 3 – Teste de Hipótese FONTE:
RODRIGUES (2013)
2.5.3 – METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMA - MASP
Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP (figura 4) é o método que estrutura os outros dois modelos de qualidade, ou seja: Ciclo do PDCA; e Ferramentas Básicas da Qualidade. Esta Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP é um método japonês que passa por sete fases estruturadas dentro do Ciclo do PDCA que pode ser demonstrado e entendido conforme abaixo:
Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP (figura 4) é o método que estrutura os outros dois modelos de qualidade, ou seja: Ciclo do PDCA; e Ferramentas Básicas da Qualidade. Esta Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP é um método japonês que passa por sete fases estruturadas dentro do Ciclo do PDCA que pode ser demonstrado e entendido conforme abaixo:
Esta metodologia pode ser aplicada em qualquer nível considerado,
existindo a possibilidade de se variar sequências e combinações de passos, que
podem ser necessários na análise e solução de cada problema.
Nesta Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP é fundamental
adotar um processo unificado ao lado do uso sistemático das Ferramentas Básicas
para a Qualidade (figura 2) e o registro de solução dos problemas de forma
padronizada. Estes procedimentos garantem uniformidade no tratamento,
facilidade de participação dos colaboradores em qualquer fase do
desenvolvimento e da solução, assegurando referência para o tratamento de
problemas futuros e manutenção da memória tecnológica dos processos produtivos
ou operacionais.
A figura a seguir mostra claramente quais as ferramentas que podem ser
utilizadas na estruturação da Metodologia de Análise e Solução de Problema –
MASP (item 2.5.3), uma vez que, utilizando o Planejamento da Qualidade (item
2.2), o estudo correto das Hipóteses / Causas Prejudiciais ao Processo (item
2.4), utilização correta das Ferramentas Básicas da Qualidade (item 2.5.2),
desta forma, os ganhos em produtividade e financeiro podem estar na casa dos
milhões de reais.
FONTE: RODRIGUES (2013)
3 – CONCLUSÃO
Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP não é um método
mágico de solução de problema, porém quando bem planejado e estruturado poderá
trazer grandes resultados positivos para toda e qualquer organização.
É extremamente importante, ao utilizar a Metodologia de Análise e
Solução de Problema – MASP, estar ciente de que devemos seguir corretamente
todas as etapas deste método.
Para toda e qualquer organização que queira usar
o MASP é fundamental ter disciplina, ser metódico, planejar bem cada etapa,
dedicar-se ao máximo possível e principalmente ter compromisso e
comprometimento com o método, pois quando sistematicamente bem utilizadas estas
etapas o sucesso com a Metodologia de Análise e Solução de Problema – MASP
poderá ser de muita valia.
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOFRÁFICAS
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC controle da qualidade total: no estilo
japonês.8.ed.Nova Lima: Indg. 2004.
CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da rotina: do trabalho do
dia-adia. Rio de Janeiro: Bloch Editores. 1994.
CAMPOS, Vicente Falconi. Qualidade total: padronização de empresas.Rio
de Janeiro: Record. 1992. RODRIGUES, Jorge Luiz Bernardes Rodrigues. Arquivos
pessoais. 2013.
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