Palestra: "O empreendedor - Empreender como opção de carreira

Na foto, a minha esquerda, o autor Ronald Jean Gegen, a coordenadora do curso de Gestão da Informação da UFU, Dra. Márcia Freire de Oliveira e o coordenador do curso de Administração da UFU, Dr. João Bento de Oliveira Filho.
A convite do amigo e promotor universitário da Editora Pearson, Edson Carvalho, participei, nessa quarta-feira (16/09/2010), no auditório B do Bloco 5-O da Universidade Federal de Uberlândia de uma palestra sobre Empreendedorismo com o consagrado autor suíço, Ronald Jean Degen.
Engenheiro pela Escola Mauá - S.P., pós-graduado em automação pela Politécnica de Zurique, Mestre em Administração e Pesquisa Operacional pela Universidade de Michigan de Ann Arbor.
Como ex-professor da FGV – Fundação Getúlio Vargas de São Paulo introduziu, em 1980, o curso de empreendedorismo. O sucesso desse curso foi tamanho entre os estudantes que o motivou a escrever o best seller: O empreendedor – Empreender como opção de carreira, pela Editora Pearson – Prentice Hall, atualmente na sua 12ª edição.
O palestrante iniciou a sua fala citando o economista austríaco e influente cientista político Joseph A. Schumpeter (1883-1950) que ensinava: “ O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa que é o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista.”
Interessante que na leitura do livro de Schumpeter: Capitalismo, socialismo e democracia (1942) tem-se a impressão que o autor defende o socialismo. Na realidade o que ele pretendia era atrair a atenção dos jovens socialistas para as falhas desse sistema. Daí ele popularizou a famosa expressão ‘destruição criativa’ como o processo pelo qual a tradicional forma de fazer as coisas é continuamente destruída de forma endógena e substituída por novas formas. Para Schumpeter , a inovação o progresso tecnológico de um país são promovidos pelos empreendedores.
Juntando as idéias de David McClelland, Joseph A. Schumpeter e George Bernard Shaw (1854-1950), o palestrante Ronald Jean Degen, descreveu o empreendedor bem sucedido como:
a) alguém que não se conforma com produtos e serviços disponíveis no mercado e procura melhorá-los. É o inconformismo de Shaw;
b) alguém que, por meio de novos produtos e serviços procura superar os existente no mercado. É o agente do processo de ‘destruição criativa’ de Schumpeter;
c) alguém que não se intimida com as empresas estabelecidas e as desafia com o seu novo jeito de fazer as coisas. É a necessidade de realizar de McClelland.
Finalizando sua fala, ele mostrou porque a maioria das pessoas não faz, ou não consegue fazer, a opção de ser empreendedor, elencando para tal, duas razões principais:
a) não ter a necessidade de realizar um negócio próprio ou não ser motivado por ganhar muito dinheiro;
b) não estar disposto a pagar o preço pessoal para iniciar um negócio próprio.