domingo, 13 de dezembro de 2009

Ser feliz ou ter razão?


Participei nessa quinta (10/12/2009), de uma palestra: As novas tedências para 2010, dentro do projeto Empreender, com o consultor Marco Aurélio Ferreira Vianna que é membro eleito e diretor da Academia Brasileira de Ciências da Administração(ABCA). Escolhido em pesquisa da Revista Exame como um dos dez mais importantes pensadores da Administração no Brasil. Já publicou 43 livros, sendo o último, pela Editora Saraiva: Lider Diamante - A essência do pensamento de grandes líderes brasileiros.
Abaixo o artigo: Ser feliz ou ter razão, escrito por Marco Aurélio Ferreira Vianna.

Eu tenho muito orgulho de um fato em minha vida. A grande líder, minha amiga Luiza Helena, sempre fala em suas conferências que aprendeu comigo na minhas palestras um importante conceito baseado na pergunta: “Você prefere ser feliz ou ter razão?”.
Há uma grande dicotomia (o termo mais claro esquizofrenia) no comportamento da maioria absoluta dos atores do mundo corporativo brasileiro. Em minhas palestras, quando pergunto se os ouvintes preferem ser felizes ou ter razão, todos afirmam em alto e bom som: “Quero ser feliz”. Quando faço a segunda pergunta – “As ações de sua vida são para você ser feliz ou ter razão?” – a turma literalmente estremece e se cala.
Aí eu conto uma história tragicômica de uma pessoa que dirigindo uma motocicleta foi atropelada por um caminhão que avançou o sinal (farol). Cinco segundos antes de morrer ela virou-se para um amigo, nos braços do qual estava deitada, e disse: “O caminhoneiro estava errado, eu tinha razão”.
A vida empresarial nos leva a inúmeros momentos como este. Neste instante, eu sou cruel. Se eu encontrar com um empresário que depois de sempre reclamar e colocar a culpa no outro, quebrou, eu lhe digo: “Parabéns, você tem razão! O custo Brasil, os juros escorchantes, os fiscais, a concorrência estrangeira, realmente lhe dão motivo de sobra para explicar racionalmente (com razão) a sua falência.
O paradigma, entretanto é outro. Os que querem sobreviver e crescer, e portanto serem feliz, consideram fatos negativos como “dados do problema”, e buscam as janelas de oportunidade. Claramente, optam por ser feliz, ao invés de ter razão. É sempre importante lembrar a reflexão de Levis Minzer, quando afirmou que “Quando você aponta o dedo acusando alguém, três dedos se voltam na sua direção”. Eu costumo afirmar que aqueles que ficam explicando por que não fazem, devem dar lugar aqueles que efetivamente fazem. Colocar a culpa no outro gera a passividade e o derrotismo. Nos Campos de Concentração e na Guerra do Vietnã, os primeiros a morrer eram os pessimistas. Os últimos, aqueles que procuravam as possibilidades dentro da tragédia. E você prefere ser feliz ou ter razão? Você vai agir para ser feliz ou para ter razão Esta uma boa pergunta, um pouco indigesta talvez para começarmos 2010 com os neurônios alertas.

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