Caso H M - Molaison morreu há pouco mais de quatro anos, sem saber que sua amnésia significou uma revolução para a neurociência.
Molaison morreu há pouco mais de quatro anos, sem saber que sua amnésia significou uma revolução para a neurociência. Mesmo depois de participar de mais de 100 experimentos cognitivos ao longo de décadas, não conseguia se lembrar disso. Os pesquisadores, porém, jamais vão esquecê-lo. Foi graças ao paciente H.M. que se começou a compreender os mecanismos de armazenamento de fatos cronológicos, nomes, objetos; enfim, da memória.
Antes de Molaison passar, em 1953, por uma cirurgia experimental que removeu uma importante região de seu cérebro, esse era um conceito abstrato. Os médicos sabiam que a memória existia, mas não tinham ideia de onde ela estava. Esquecimentos e amnésia eram tratados mais em consultórios de psicanalistas do que de neurocientistas. Ninguém desconfiava da existência de diferentes tipos de memória: uma de curto prazo, que permite decorar um número de telefone e discá-lo pouco tempo depois, para então esquecê-lo; e outra de longo prazo, pela qual fatos, nomes e habilidades adquiridas são estocados. Os cientistas muito menos podiam supor que a memória de longo prazo tem subdivisões.
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