Acadêmicos da Faculdade Shalom - FASES que participaram das palestras na 2a. Semana Científica |
Na minha fala, fiz questão de destacar a importância das pessoas desenvolverem, no seu dia-a-dia, um trabalho artístico, independente do cargo que ocupem, pois auqelas que assim não se comportarem, mais ou mais tarde, estarão alijados do mercado.
Você deve estar se perguntando: por quê, trabalho artístico?
Para começarmos nossa argumentação devo destacar que que desenvolve um trabalho artístico: AMA trabalhar, trabalhar é uma dádiva de Deus.
Duas características básicas identificam um trabalho artístico:
a) concentração - no sentido de buscar a excelência, não admitindo o erro, tendo claro que acertar é humano e persistir no acerto, é qualidade.
b) disciplina - fudamental para que tudo funcione com qualidade e produtividade.
Muitas vezes se imagna que o Gestor com Pessoas é aquele que faz com que as pessoas façam as coisas, isto é, a sua função aproxima muito do que um gerente de pessoas (chefe do R. H.) faz , mas o Gestor com Pessoas, embora exerça funções de gerência, ele ultrapassa em muito essa ideia, pois não é só alguém que dirige, que leva adiante. O Gestor com Pessoas é aquele que é capaz de concertar, isto mesmo com C, como num concerto de uma orquestra, no sentido de harmonizar a pluralidade, a diversidade de competências, habilidades, capacidades e fazer com que isso eleve o objetivo, a missão, a visão que uma organização de qualquer natureza.
Por
isso, o Gestor com Pessoas é alguém que exerce liderança, sem que ele seja
exclusivamente o único líder, mas é alguém que lidera um processo de elevação
das condições de ação de um grupo de pessoas. Ele exerce sim, atividades
gerenciais, mas não se restringe a isso. Ele tem atividades pedagógicas, mas
não é só isso. Ele tem atividades de coaching, mas também não é só isso.
Na
realidade é um conjunto de situações de interfaces que fazem com que a Gestão
com Pessoas seja decisiva como diferencial competitivo das melhores
organizações.
No
fundo, a grande meta de um Gestor com Pessoas é o manejo adequado do estoque de
conhecimento que existe dentro de cada organização.
Cada
um de nós tem um determinado tipo de conhecimento que é tácito ou explicito.
O
tácito é aquele conhecimento vivencial, o explícito, vem da nossa formação
escolarizada, formal intencional, deliberada. A junção desses dois elementos, o
tácito e o explícito, na capacidade do conhecimento, compõem o estoque de
conhecimento, que é em última análise, o maior ativo que uma organização pode
ter, inclusive porque é esse o grande diferencial que nunca se tornará
commodities. Afinal de contas, processos, equipamentos, aplicativos, insumos,
tudo isso é commodities. O que não é, e esse é o grande diferencial de uma
organização, é o conhecimento que está com cada um de nós.
O
Gestor com Pessoas é aquele capaz de manejar com o conjunto esse estoque de conhecimento
de maneira a oferecer mais vigor, mais robustez, mais perenidade a uma
organização.
É
também R H, usado o sentido anterior, não negativo de Recursos Humanos, mas sem
entender e sem cair na velha armadilha, já ultrapassada, mas muita gente ainda
pensa em humanos apenas como recurso.
Um
Gestor com Pessoas é um gestor de talentos que lida com o desenvolvimento
humano, lida com a capacidade de fazer projetos nos quais ele se coloque também
como alguém a ser gerido.
Um
Gestor com Pessoas sabe que uma das medidas da inteligência de uma organização
esta na capacidade das inteligências serem parceiras umas das outras e elevarem
a condição de ação do grupo de pessoas.
Por
isso, um Gestor com Pessoas é alguém que lidera e para liderar precisa, antes
de mais nada, saber que isso é um exercício de poder.
A
tarefa do poder é SERVIR. Não é se servir. Todo poder que ao invés de servir é um
poder que se serve, esse é um poder que não serve.
Para que o Gestor com Pessoas tenha na atividade a sua autoridade como um
serviço é necessário que haja uma compreensão do coletivo.
Por
fim, o Gestor com Pessoas é alguém que sabe que a regra mais séria na vida é: UM POR TODOS E TODOS POR UM.
Os
gregos há 2500 anos usavam o termo idiotese (idiota) pessoa fechada em si, que
só olhava o próprio umbigo, que não participava da coletividade. É também da
Grécia Clássica o termo, politicô – aquele que participa da vida da comunidade.
Aí
sim, seremos pessoas diferenciadas que nos gerimos conjuntamente.
Pois, a Gestão com pessoas, é uma questão de DNA - Diferença Na Atitude.
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