segunda-feira, 27 de julho de 2009
A revolução no mercado de impressoras
Vem aí mais uma revolução no mercado de informática: é a popularização da impressora em três dimensões. Nelas, não há papel. Tudo é feito em plástico ou gesso.
Baia de São Francisco, Califórnia, capital mundial da alta tecnologia, sede da empresa que lidera o mercado de programas para projetos de engenharia e desenho industrial, com milhões de usuários espalhados pelo planeta.
Com esta ferramenta, é criada boa parte do futuro. Toda máquina começa em um projeto feito em computador, como uma motocicleta desenhada com a ajuda de um programa que permite visualizar cada peça em três dimensões.
Esta é a primeira moto inteiramente fabricada em uma impressora em 3D. São mais de 300 peças de plástico feitas em uma máquina, compondo uma réplica perfeita da moto, que só falta funcionar.
Testar objetos de consumo é um dos usos mais comuns dessas impressoras dentro das indústrias. E o motivo é a economia. "É quase um quarto do que custaria em relação a uma maquete feita a mão. Então a impressão em 3D permite, de um jeito barato, ter um protótipo que o comprador pode olhar, andar em volta, e sentir o que gosta e o que não gosta", explica Melissa Thomas, engenheira da Autodesk.
A maior fabricante das impressoras 3D fica em Minneapolis no meio oeste norte-americano. O preço está cada vez menor. "Oito anos atrás nós tínhamos um preço de US$ 30 mil e era um produto revolucionário. Em fevereiro lançamos um produto pela metade do preço", conta Jon Cobb, Vice-presidente da Startays.
A impressora funciona assim. São colocados dois cartuchos, um com o material de molde, um fio de um plástico especial chamado ABS, outro com o material de suporte.
O plástico sai do cartucho e entra pela máquina até 'chegar à cabeça' onde é aquecido a uma temperatura de 120ºC. A impressora tem duas cabeças que depositam o suporte e o molde em camadas muito finas: a espessura é de um décimo de um fio de cabelo, não dá para ver a olho nu.
O inventor destas impressoras é o presidente da empresa, o engenheiro Scott Crumb. Quando ele criou essa tecnologia, há 20 anos não imaginava que elas um dia fossem chegar ao consumo de massas.
Segundo ele, vem aí às máquinas auto-replicantes, que fabricam cópias de si mesmas. "A máquina constrói a próxima máquina. Com a última que colocamos no mercado conseguimos fazer 32 partes da própria impressora. Portanto não é difícil prever que máquinas vão construir máquinas inteiras".
Personagens com roupas próprias, até tatuagens, a máquina de alta resolução permite reproduzir pequenos detalhes. Em breve, do mesmo jeito que hoje em dia a gente imprime com um clique um documento escrito no computador, vai ser possível fabricar com as impressoras em 3D, como num passe de mágica, qualquer objeto criado no mundo virtual. Desaparecerá a fronteira entre a realidade e a fantasia.
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