terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Feriados em 2014


Se a equipe brasileira chegar à final, há possibilidade de outros 7 dias de jogos virarem feriados nesse ano.
Tradicionalmente, os brasileiros usufruem de nove feriados nacionais e de sete pontos facultativos por ano. Salvo quando algum desses dias cai no fim de semana. Mas o País deverá ter mais feriados este ano, por causa da Copa do Mundo, no pe’riodo de 12 de junho a 13 de julho, com jogos em 11 capitais e no Distrito Federal.
Na fase inicial do torneio estão garantidos três jogos da Seleção Brasileira de Futebol em dias úteis:
12/6 (quinta-feira), 17/6 (terça-feira) e 23/6 (segunda-feira).
Caso seja aplicada a Lei Geral da Copa e nossa seleção avance até a fase final da competição, serão mais quatro jogos, e teremos mais um jogo do Brasil em dia útil, já na fase semifinal, dia 8 ou 9 de julho.
Mas, enquanto não há definição, o calendário oficial do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que vigorou no ano passado para os servidores públicos federais e, de acordo com portaria do ministério, adaptado para 2014, são feriados nacionais as seguintes datas:

1º de janeiro - Confraternização Universal (quarta-feira)
18 de abril - Paixão de Cristo (sexta-feira)
21 de abril - Tiradentes (segunda-feira)
1º de maio - Dia do Trabalho (quinta-feira)
7 de setembro - Dia da Independência (domingo)
12 de outubro - Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil (domingo)
2 de novembro - Dia de Finados (domingo)
15 de novembro - Proclamação da República (sábado)
25 de dezembro - Natal (quinta-feira)


São considerados pontos facultativos os dias:
3 de março - segunda-feira de Carnaval
4 de março - terça-feira de Carnaval
5 de março - Cinzas (até as 14h)
19 de junho - Corpus Christi (quinta-feira)
28 de outubro - Dia do Servidor Público (terça-feira)
24 de dezembro - véspera da Natal (a partir das 14h)
31 de dezembro - véspera de Ano-Novo (a partir das 14h)


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A gestão prêt-à-porter


Apesar do vasto conhecimento acumulado em administração de empresas, muitos executivos continuam preferindo as modas.

                                                                                                                             por Thomaz Wood Jr. — publicado em 14/01/2014.

        A administração de empresas, como profissão, é centenária. Seu corpo de conhecimentos avançou consideravelmente desde a década de 1950: do marketing às finanças corporativas, da gestão de pessoas à logística, da estratégia à gestão da informação. Para qualquer questão empresarial relevante, é possível encontrar artigos, livros e manuais de boa qualidade, baseados em estudos conduzidos com rigor científico. Isso não significa que haja receitas fáceis para os problemas que afligem as empresas, mas que existe conhecimento suficiente para enriquecer as perspectivas de análise e facilitar a escolha de rotas e a tomada de decisão.
Entretanto, a partir do fim dos anos 70, um novo fenômeno veio povoar o mundo da administração, onda que chegou aos trópicos nos anos 90. A abertura de mercado, as reformas econômicas e as privatizações criaram o ambiente para sucessivas modas gerenciais. O processo é cíclico. Ideias, originais ou reembaladas, podem brotar de vários terrenos: da academia, das consultorias e das empresas. A maioria fenece na primeira infância, por não ser capaz de despertar interesse ou entusiasmo.
        Porém, algumas dessas ideias sobrevivem e passam a ser vistas como soluções. Então, um jornalista, pesquisador ou executivo atento e perspicaz escreve um livro, que misteriosamente ganha destaque em uma revista de negócios. Acendem-se os holofotes e chega a fama. O promotor da ideia ganha notoriedade e é transformado em guru. As consultorias, atentas, desenvolvem metodologias e prometem implantar a nova maravilha em sete passos certeiros. As empresas, entusiasmadas, adotam a novidade em uníssono. A mídia reflete e catalisa a onda, publicando histórias de sucesso, reais ou fictícias. Nas empresas, os novidadeiros são promovidos. As escolas incorporam o novo paradigma em seu currículo e o espalham por meio de seus cursos de educação corporativa.
Em determinado momento, o edifício começa a mostrar fissuras. A poção mágica, afinal, não é tão milagrosa como diziam. Alguns executivos começam a falar em efeitos colaterais danosos. A mídia desinteressa-se e os consultores veem sua vaca leiteira definhar. Logo surge outra novidade, desponta um novo guru e aparece um novo pacote de consultoria. Um novo ciclo toma o lugar, até que chegue sua vez de deixar o palco, para que outro e outro tomem sucessivamente a ribalta.
        O que fica? A mídia de negócios vende revistas e espaço publicitário, as editoras vendem livros, os consultores empurram seus pacotes e os gurus enriquecem. Nas empresas, os padrinhos das novas ideias são promovidos e seus asseclas ganham força. No entanto, para as organizações, depois que baixa a neblina, pouco resta.
E assim foi por duas décadas.  Não foram poucas as ondas e marolas. Quem não se lembra da qualidade total, da reengenharia, do planejamento estratégico, da gestão por objetivos, da organização matricial, da gestão do conhecimento, das melhores práticas, da cultura organizacional e das competências centrais? A lista é longa. Todas as modas gerenciais tiveram seu momento. Conheceram a ascensão, a maturidade e o declínio. Tiveram gurus e livros seminais. Prometeram mundos e fundos. Garantiam respostas para os desafios da globalização, para as ameaças dos concorrentes, para a competitividade, para  a lucratividade e para a felicidade. Quase todas terminaram esquecidas.
       O que explica a repetição desses ciclos? Primeiro,  os executivos desejarem ser vistos como homens de ação, preo­cupados em mostrar que adotam as mais novas técnicas de gestão. Segundo, porque os agentes envolvidos  faturam com as ondas e, portanto, trabalham para promovê-las. Terceiro, porque as organizações não aprendem. Elas evitam refletir sobre seus erros e gostam de celebrar façanhas inexistentes. Quarto, em razão da fascinação dos gerentes tropicais com artefatos ianques: se vêm do Norte, devem ser bons. Será?
        Felizmente, muitos executivos não respondem mais com entusiasmo às panaceias gerenciais. Melhor a eles e às empresas. Infelizmente, a postura anti-intelectual os afasta da busca de conhecimento consistente. Nos trópicos, o que separa a boa teoria da prática é, em grande parte, a inépcia e o amadorismo dos gestores. Talvez um dia se convençam definitivamente de que o management não pode ser pop, que experts não devem ser celebridades e que a gestão não pode ser prêt-à-porter.


domingo, 12 de janeiro de 2014

A profetisa da Administração


Mary Parker Follet: a profetisa da Administração

        Nascida no fim do século 19, Mary Parker Follet (1868 - 1933) foi uma revolucionária e suas ideias construíram alguns pilares da Administração que inspiram teorias utilizadas até hoje.
       Imagine um pesquisador que tem ideias inovadoras em uma realidade que está vários passos aquém de sua linha de pensamento. Nesse caso, é provável que seja difícil para este pesquisador se fazer ouvir, receber crédito e conseguir avançar nas análises sobre sua teoria. Ele ainda corre o risco de ser silenciado e até ridicularizado pela sociedade que dificilmente compreenderia suas propostas. E se, na realidade, esse pesquisador fosse uma mulher e sua época fosse dominada por homens? Pois é, o tempo foi uma das barreiras para a difusão das ideias da estudiosa Mary Parker Follet, que já no início da década de 1920 forneceu as mais valiosas contribuições à Administração.
       Considerada por Peter Drucker a "profeta do gerenciamento", Follet foi pioneira ao introduzir o conceito de circularidade na interação entre seres humanos. Ela explicava que no comportamento circular existem, em uma discussão aberta, a confrontação e o jogo livre na exposição de ideias. Há a integração das diferenças, ao invés de haver dominação de uma ideia sobre as outras ou a concessão das partes na busca por uma ideia comum a todos. Ou seja, surgindo um conflito em um grupo, as soluções devem ser encontradas somente com a participação de todas as partes, não por meio de uma “psicologia de adaptação”, mas de uma “psicologia de invenção”.
        No entanto, a dinâmica circular, que pode sugerir um círculo virtuoso e positivo, que leva à criatividade e ao desenvolvimento, também pode criar um círculo vicioso e negativo, levando à esterilidade e à desagregação.
       No momento em que um membro do grupo toma posição frente aos demais, os outros também tomarão uma posição em relação a ele. A hipótese do círculo de desenvolvimento que segue a espiral positiva prevê que o comportamento socialmente integrador em uma pessoa tende a induzir um comportamento análogo nos outros. Instaura-se, assim, um clima favorável que, de acordo com Domenico De Masi, “multiplica e enriquece a troca de informações em todos os níveis, elimina as ameaças e os medos, potencializa a coragem de tentar e errar, atrai do exterior os melhores cérebros, protege os participantes com personalidades mais fracas e os ajuda a permanecer no grupo, determina a sintonia e a ‘extensão de onda’ comum, graças às quais é mais fácil colher as mais sutis intuições, que frequentemente se revelam resolutivas”.
       Precursora da Escola de Relação Humanas, Mary Parker Follet desenvolveu conceitos que foram redescobertos por estudiosos da Administração anos mais tarde. Apesar disso, poucos ouviram falar da pesquisadora pois, como afirmou Peter Drucker, nos anos 1930 e 1940, suas ideias, conceitos e preceitos desenvolvidos foram rejeitados. Seus ensinamentos eram incompreensíveis naquela realidade, em que a sociedade estava dominada por uma crença profunda na luta de classes. Patrões e empregados em eterna posição antagônica.
       Follet foi uma visionária que desenvolveu um pensamento extremamente atual, que é base para o gerenciamento colocado em prática no dia-a-dia das empresas. Ela faleceu em 1933 sem ter o devido reconhecimento, mas suas pesquisas e constatações foram revolucionárias, fundamentais e até hoje fazem história na Administração.

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